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17 líderes sociais foram mortos desde acordo com Farc na Colômbia

A última vítima foi o líder de restituição de terras Porfirio Jaramillo, morto no sábado passado no município de Turbo

Farc: entidade está denunciando os homicídios reiteradamente (Luis Robayo/AFP/AFP)

Farc: entidade está denunciando os homicídios reiteradamente (Luis Robayo/AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 31 de janeiro de 2017 às 09h35.

Pelo menos 17 líderes sociais foram assassinados nos últimos dois meses, quando se aprovou o acordo de paz com a guerrilha das Farc - informou o governo nesta segunda-feira (30).

"Já são 17 os líderes sociais assassinados desde 1º de dezembro, data na qual o Congresso da República referendou o Acordo de Paz", relatou a Unidade para as Vítimas, em um comunicado.

"Estamos sumamente preocupados com a ocorrência desses fatos, porque a verdade é que estão massacrando os líderes sociais", disse o o diretor desse órgão, Alan Jara, citado no texto.

A última vítima foi o líder de restituição de terras Porfirio Jaramillo, morto no sábado passado no município de Turbo, departamento de Antioaquia, quando quatro homens armados foram à sua casa e levaram-no à força em uma moto.

Na madrugada de domingo, a Polícia encontrou o corpo de Jaramillo na área rural de Turbo. Ele reivindicava a devolução de um terreno à Unidade de Restituição de Terras (URT).

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) denunciaram, reiteradas vezes, esses casos de homicídio.

O medo das Farc de que a entrega de armas e a reinserção dos guerrilheiros à vida civil gere violência e morte remete ao extermínio da União Patriótica (UP), após o frustrado processo de paz do presidente Belisário Betancur, em 1984.

Na época, cerca de 3.000 membros desse movimento político de influência comunista, entre eles dois candidatos à Presidência, foram assassinados por paramilitares com a conivência de forças do governo.

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