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155 sobreviveram a naufrágio em Lampedusa, diz Acnur

O número de sobreviventes do naufrágio de uma embarcação ontem no litoral da Lampedusa, na Itália, é de 155 pessoas, segundo organismo da ONU

Sobreviventes de naufrágio em Lampedusa, na Itália: entre os sobreviventes há seis mulheres e 40 jovens (Antonio Parrinello/Reuters)

Sobreviventes de naufrágio em Lampedusa, na Itália: entre os sobreviventes há seis mulheres e 40 jovens (Antonio Parrinello/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2013 às 09h11.

Genebra - O número de sobreviventes do naufrágio de uma embarcação ontem no litoral da Lampedusa, na Itália, é de 155 pessoas, segundo informou nesta sexta-feira o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

Todos os sobreviventes procedem da Eritréia, exceto um tunisiano que "aparentemente" organizou a travessia dos imigrantes e estava no comando do barco, disse a porta-voz do Acnur, Melissa Flemming,

Entre os sobreviventes há seis mulheres e 40 jovens, entre 14 e 17 anos, que viajavam sozinhos na embarcação que partiu da Líbia para a costa italiana.

Todos eles estão "exaustos" e "em estado de choque", segundo as informações do Acnur.

O ministro do Interior italiano, Angelino Alfano, anunciou hoje que 111 corpos foram resgatados do mar, mas advertiu que o número não é definitivo, já que há dezenas de corpos presos na estrutura da embarcação.

Segundo a porta-voz do Acnur, as vítimas fatais ou não sabiam nadar ou ficaram presas na embarcação, que estava "abarrotada de gente".

Os sobreviventes foram levados para um abrigo na ilha. O local já aloja mil imigrantes que chegaram na costa italiana nas últimas semanas.


Durante o a jornada de hoje, a equipe do Acnur que trabalha no local se reunirá com os sobreviventes para ajudá-los no processo de solicitação de asilo.

"Enviamos equipes adicionais nesta manhã de Roma para agilizar o processo e também há psicólogos da Cruz Vermelha para atender as vítimas", disse Melissa.

Segundo os depoimentos dos sobreviventes, o barco partiu da Líbia há treze dias com 500 pessoas a bordo.

"Nos contaram que, quando o motor da embarcação parou, vários navios pesqueiros passaram sem prestar socorro, por isso decidiram atear fogo em roupas e cobertores para que o barco fosse avistado com mais facilidade", relatou a porta-voz.

Por causa das chamas, a embarcação foi vista por um navio com turistas que deu o alarme que permitiu que a guarda-costeira italiano iniciasse o resgate.

Cerca de 20.000 pessoas procedentes do continente africano morreram desde 1993 ao tentar chegar na Europa pelo mar, segundo os dados da Organização Mundial das Migrações.

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