15 previsões sobre o futuro da religião no mundo
Um estudo produzido pelo Pew Research Center traçou um panorama sobre como será os próximos cem anos das maiores religiões. Confira
Gabriela Ruic
Publicado em 22 de maio de 2015 às 07h08.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h42.
São Paulo – Um estudo do Pew Research Center, uma organização que conduz pesquisas independentes sobre diferentes temas e em escala global, procurou traçar um panorama sobre as religiões no mundo nos próximos cem anos. Para tanto, “ The Future of World Religions: Population Growth Projections ” contou com a ajuda de especialistas para investigar projeções demográficas de grupos religiosos (como budistas , cristãos , hindus , judeus , muçulmanos , além de religiões associadas a costumes tribais e também os chamados de “não filiados”, que incluem ateus e agnósticos) a partir de suas distribuições geográficas, taxas de fertilidade e mortalidade e padrões migratórios. Mas o Pew Research Center alerta: todas estimativas são baseadas em tendências atuais e levam em conta indivíduos se designam especificamente como parte de uma ou outra religião. “Agora, o que significa ser cristão, muçulmano ou judeu irá variar de pessoa para pessoa, de país para país e de década para década”. E como estará o mundo da religião nas próximas décadas? Confira nas imagens.
A quantidade de muçulmanos no mundo irá quase que se equiparar ao número de cristãos (2,8 bilhões contra 2,9 bilhões) e 10% de toda a população europeia seguirá está religião.
Juntos, muçulmanos e cristãos vão corresponder a 69% da população mundial.
Quatro em cada 10 cristãos do mundo vão viver na África subsaariana.
Já entre os hindus, o número de seguidores deve crescer 34% até 2050, atingindo a marca de 1,4 bilhão de pessoas.
A quantidade de judeus deve crescer apenas 16% nas próximas décadas. A expectativa é que o número de seguidores desta religião seja de pouco mais de 16 milhões.
O número de pessoas sem filiação religiosa deve cair. Segundo a análise, 16% das pessoas do planeta hoje se descrevem como ateias, agnósticas ou dizem não se identificar com nenhuma religião. Em 35 anos, este grupo corresponderá a 13% da população mundial.
Esta população de não filiados estará majoritariamente concentrada em países com baixas taxas de fertilidade, como na Europa ocidental, América do Norte, China e Japão.
Nos EUA, por exemplo, este grupo crescerá dos atuais 16% para 26% em 2050. Já na Europa, estas pessoas vão corresponder a 23% da população de todo o continente.
É o cristianismo a religião que será a mais impactada pela perda de fieis. De acordo com a entidade, 40 milhões de pessoas se tornarão cristãs, mas 106 milhões de pessoas deixarão de seguir esta fé.
O grupo de não filiados ganhará 96 milhões de pessoas, enquanto que 36 milhões de indivíduos passarão a se designar como fiel de alguma religião;
Cinco países (França, Macedônia, Nova Zelândia, Bósnia-Herzegovina e Holanda) deixarão de ter os cristãos como maioria. Em 2050, a maioria das pessoas na França não terão uma religião específica e o mesmo acontecerá na Nova Zelândia e na Holanda. Já na Bósnia-Herzegovina e na Macedônia, a maior parte das pessoas será muçulmana.
O país com o maior número de cristãos será os Estados Unidos, seguido do Brasil e da Nigéria.
Islamismo e cristianismo vão empatar: 32% da população do mundo será muçulmana e 32% será cristã.
Os muçulmanos desbancarão os cristãos e se tornarão a maior religião do planeta. O islamismo estará presente na vida de 35% das pessoas.