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100.000 fogem de enchentes no Brasil, Paraguai e Argentina

O "El Niño" deste ano, que causa extremos climáticos, é o pior em mais de 15 anos, segundo a agência climática da ONU

Enchentes: O "El Niño" deste ano, que causa extremos climáticos, é o pior em mais de 15 anos, segundo a agência climática da ONU (Cristina Índio/ABr)
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Da Redação

Publicado em 27 de dezembro de 2015 às 09h32.

Mais de 100.000 pessoas tiveram que ser retiradas de suas casas nas áreas da fronteira entre Paraguai , Uruguai , Brasil e Argentina por causa de enchentes, após fortes chuvas de verão trazidas pelo El Niño, afirmaram autoridades neste sábado.

No país mais afetado, o Paraguai, por volta de 90.000 pessoas na área em volta da capital Assunção tiveram que ser retiradas, disse o serviço municipal de emergência. Muitos são de famílias pobres vivendo em condições de habitação precárias ao longo das margens do rio Paraguai.

O governo paraguaio declarou estado de emergência em Assunção e sete regiões do país para liberar os fundos necessários para ajudar os afetados.

Em Alberdi, aproximadamente 120 quilômetros ao sul de Assunção, o governo recomendou que 7.000 famílias que vivem ao longo das margens do Rio Paraguai fossem retiradas.

Mais de 9.000 pessoas no Uruguai também tiveram que deixar suas casas para trás, de acordo com o serviço nacional de emergência, que disse prever que os níveis de água se mantenham estáveis por vários dias antes de diminuírem.

"A enchente é causada pelo fenômeno climático El Niño", disse o chefe do serviço de emergência do Uruguai, Fernando Traversa. "Sabíamos que ele causaria os impactos mais fortes no final da primavera, começo do verão... mas não poderíamos saber o quão grave seria".

O "El Niño" deste ano, que causa extremos climáticos, é o pior em mais de 15 anos, segundo disse a agência climática da ONU, a Organização Meteorológica Mundial (WMO), no mês passado.

"Secas severas e enchentes devastadoras que aconteceram nas regiões tropicais e sub-tropicais têm as marcas desse El Niño, que é o mais forte em 15 anos", disse o chefe da WMO, Michael Jarraud, em um comunicado.

No norte da Argentina, por volta de 20.000 pessoas tiveram que abandonar as suas casas, informou o governo no sábado.

"Teremos alguns meses complicados, as consequências serão sérias", disse Ricardo Colombi, governador da região de Corrientes, depois de sobrevoar as áreas mais afetadas com o chefe do gabinete federal Marcos Pena.

Pena disse que ajuda do governo federal já estava a caminho e que o novo presidente, Mauricio Macri, empossado no começo deste mês, pretende priorizar o investimento em infraestrutura para que esse tipo de enchente não ocorra novamente.

"A Argentina tem um grande problema de infraestrutura", disse.

DILMA SOBREVOA REGIÃO A presidente Dilma Rousseff sobrevoou as áreas na fronteira da Argentina e do Uruguai na manhã deste sábado. A Defesa Civil do Rio Grande do Sul disse que 1.795 pessoas ficaram sem casa depois que 38 cidades foram afetadas pelas fortes chuvas.

Dilma afirmou que o governo vai trabalhar em três eixos para minimizar os estragos das cheias provocadas pela chuva no RS: o resgate das famílias atingidas, o processo de restauração das cidades e das vias, e a retirada das pessoas das áreas de risco de forma permanente.

"Nós não queremos que as pessoas voltem para o lugar em que estavam antes e que foram objeto do alagamento", declarou ela após sobrevoar as áreas atingidas na região de Uruguaiana e na Fronteira Oeste. A presidente disse ainda que o governo vai trabalhar na liberação do saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) a todas as pessoas afetadas, e ressaltou a importância do trabalho conjunto entre os governos federal, estadual e municipal.

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Mais de 100.000 pessoas tiveram que ser retiradas de suas casas nas áreas da fronteira entre Paraguai , Uruguai , Brasil e Argentina por causa de enchentes, após fortes chuvas de verão trazidas pelo El Niño, afirmaram autoridades neste sábado.

No país mais afetado, o Paraguai, por volta de 90.000 pessoas na área em volta da capital Assunção tiveram que ser retiradas, disse o serviço municipal de emergência. Muitos são de famílias pobres vivendo em condições de habitação precárias ao longo das margens do rio Paraguai.

O governo paraguaio declarou estado de emergência em Assunção e sete regiões do país para liberar os fundos necessários para ajudar os afetados.

Em Alberdi, aproximadamente 120 quilômetros ao sul de Assunção, o governo recomendou que 7.000 famílias que vivem ao longo das margens do Rio Paraguai fossem retiradas.

Mais de 9.000 pessoas no Uruguai também tiveram que deixar suas casas para trás, de acordo com o serviço nacional de emergência, que disse prever que os níveis de água se mantenham estáveis por vários dias antes de diminuírem.

"A enchente é causada pelo fenômeno climático El Niño", disse o chefe do serviço de emergência do Uruguai, Fernando Traversa. "Sabíamos que ele causaria os impactos mais fortes no final da primavera, começo do verão... mas não poderíamos saber o quão grave seria".

O "El Niño" deste ano, que causa extremos climáticos, é o pior em mais de 15 anos, segundo disse a agência climática da ONU, a Organização Meteorológica Mundial (WMO), no mês passado.

"Secas severas e enchentes devastadoras que aconteceram nas regiões tropicais e sub-tropicais têm as marcas desse El Niño, que é o mais forte em 15 anos", disse o chefe da WMO, Michael Jarraud, em um comunicado.

No norte da Argentina, por volta de 20.000 pessoas tiveram que abandonar as suas casas, informou o governo no sábado.

"Teremos alguns meses complicados, as consequências serão sérias", disse Ricardo Colombi, governador da região de Corrientes, depois de sobrevoar as áreas mais afetadas com o chefe do gabinete federal Marcos Pena.

Pena disse que ajuda do governo federal já estava a caminho e que o novo presidente, Mauricio Macri, empossado no começo deste mês, pretende priorizar o investimento em infraestrutura para que esse tipo de enchente não ocorra novamente.

"A Argentina tem um grande problema de infraestrutura", disse.

DILMA SOBREVOA REGIÃO A presidente Dilma Rousseff sobrevoou as áreas na fronteira da Argentina e do Uruguai na manhã deste sábado. A Defesa Civil do Rio Grande do Sul disse que 1.795 pessoas ficaram sem casa depois que 38 cidades foram afetadas pelas fortes chuvas.

Dilma afirmou que o governo vai trabalhar em três eixos para minimizar os estragos das cheias provocadas pela chuva no RS: o resgate das famílias atingidas, o processo de restauração das cidades e das vias, e a retirada das pessoas das áreas de risco de forma permanente.

"Nós não queremos que as pessoas voltem para o lugar em que estavam antes e que foram objeto do alagamento", declarou ela após sobrevoar as áreas atingidas na região de Uruguaiana e na Fronteira Oeste. A presidente disse ainda que o governo vai trabalhar na liberação do saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) a todas as pessoas afetadas, e ressaltou a importância do trabalho conjunto entre os governos federal, estadual e municipal.

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