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1 mil civis foram mortos em confronto, diz oposição angolana

Não houve comentários de grupos independentes sobre o possível número de mortos, enquanto autoridades do governo e da polícia se recusaram a comentar


	Bandeira de Angola: o governo de Angola denunciou como organização ilegal o grupo religioso de mais de 3 mil membros
 (Simon Dawson/Bloomberg)

Bandeira de Angola: o governo de Angola denunciou como organização ilegal o grupo religioso de mais de 3 mil membros (Simon Dawson/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2015 às 12h39.

Luanda - O partido da oposição da Angola, Unita, informou nesta segunda-feira que mais de mil civis foram mortos quando a polícia angolana entrou em confronto com membros de uma seita cristã na semana passada, mais que os 13 relatados pela polícia.

Não houve comentários de grupos independentes sobre o possível número de mortos, enquanto autoridades do governo e da polícia se recusaram a comentar por telefone nesta segunda-feira.

A Reuters não conseguiu verificar o número de mortos, uma vez que a área do incidente foi isolada, tornando difícil a conversa com testemunhas e autoridades ao vivo.

O governo de Angola denunciou como organização ilegal o grupo religioso de mais de 3 mil membros, que prevê que o mundo acabará em 31 de dezembro e encoraja seus membros a viverem reclusos.

A polícia angolana informou que 13 membros da seita Luz do Mundo foram mortos durante o confronto e eram atiradores de elite pertencentes ao líder da seita, José Kalupeteka. Nove polícias também foram mortos, informou o departamento.

"A informação que temos... aponta para um balanço preliminar de 1.080 civis mortos. Homens, mulheres, idosos e crianças", disse em nota Raul Danda, líder parlamentar da Unita (União Nacional para Independência Total de Angola).

Não foi possível entrar em contato com o porta-voz da polícia Paulo Gaspar Almeida, que na última semana declarou que foram 13 civis mortos.

Kalupeteka foi capturado no confronto e permanece sob custódia da polícia em local não divulgado, de acordo com seu advogado, David Mendes, que disse à Reuters que autoridades do governo se recusaram a deixá-lo entrar em contato com seu cliente desde sua prisão, na quarta-feira da semana passada.

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