Mundo

1.500 morreram ao tentar cruzar o Mediterrâneo em 2011

Segundo a agência da ONU que cuida de refugiados, 58 mil pessoas concluíram a travessia com vida e chegaram a Europa

Refugiados em Lampedusa, na Itália: problemas na Tunísia e na Líbia aumentaram o fluxo de refugiados na região (Marco Di Lauro/Getty Images)

Refugiados em Lampedusa, na Itália: problemas na Tunísia e na Líbia aumentaram o fluxo de refugiados na região (Marco Di Lauro/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2012 às 16h50.

Mais de 1.500 pessoas morreram ou desapareceram ao tentar cruzar o Mediterrâneo em 2011, ano em que caíram os regimes líbio e tunisiano, embora mais de 58.000 pessoas tenham conseguido chegar à Europa por esta via, indicou nesta terça-feira a agência da ONU para os refugiados (Acnur).

"Com isso, 2011 é o ano mais mortífero para a região desde que a Acnur começou a registrar esses datos, em 2006", indicou em uma entrevista coletiva à imprensa a porta-voz da Acnur, Sybella Wilkes, que não descartou que os números reais possam ser superiores às estimativas desta agência das Nações Unidas.

A porta-voz também afirmou que 58.000 pessoas chegaram à Europa pelo Mediterrâneo no ano passado, o que também representa um recorde.

"Os barcos chegaram com maior frequência em 2011, após a queda dos regimes da Tunísia e da Líbia", acrescentou.

O recorde anterior tinha sido registrado em 2008, quando chegaram 54.000 pessoas a Grécia, Itália e Malta, causando uma intensificação dos controles fronteiriços.

No ano passado, a maioria das pessoas chegou à Itália (56.000), 28.000 das quais provenientes da Tunísia, em muitos casos pela ilha de Lampedusa, considerada por estos migrantes como possível porta de entrada para a União Europeia (UE).

Em meados de janeiro, o novo regime de Trípoli lamentou a "retomada" da chegada de imigrantes em situação irregular à Líbia, provenientes de países africanos, como a Nigéria, ou do Oriente Médio, como a Síria, e pediu que a UE ajudasse seu país a impedir a entrada desses imigrantes no país norte-africano.

Segundo Trípoli, a retomada da imigração se deve às falhas na vigilância das fronteiras que aumentaram durante o conflito armado que terminou com a queda do regime de Muamar Kadhafi.

Acompanhe tudo sobre:ImigraçãoOceanosONU

Mais de Mundo

Há comida nos mercados, mas ninguém tem dinheiro para comprar, diz candidata barrada na Venezuela

Companhias aéreas retomam gradualmente os serviços após apagão cibernético

Radiografia de cachorro está entre indícios de esquema de fraude em pensões na Argentina

Trump conversa com Zelensky e promete "negociação" e "fim da guerra" na Ucrânia

Mais na Exame