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Vale dispara após China aumentar importação de minério de ferro em 35%

Vendas para o país asiático correspondem a mais de 50% da receita da empresa com a commodity

Vale: ação da companhia acumula alta superior a 15% no ano (Denis Balibouse/Reuters)

Vale: ação da companhia acumula alta superior a 15% no ano (Denis Balibouse/Reuters)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 14 de julho de 2020 às 15h27.

Última atualização em 14 de julho de 2020 às 17h21.

As ações da Vale fecharam em alta de 7,04%, nesta terça-feira, 14, após a China, maior consumidora de minério de ferro do mundo, ter aumento a importação da commodity para o maior patamar em 33 meses, registrando a entrada de 101,68 milhões de toneladas do produto em junho.

O volume importado foi 16,84% superior ao mês de maio e 35,25% maior do que a importação de minério de ferro no mesmo período do ano passado. Em termos gerais, as importações chinesas cresceram 0,2% na comparação anual – o primeiro crescimento desde março.

A China é disparada o principal mercado consumidor da Vale. No primeiro trimestre, o país asiático foi responsável por 57,8% da receita líquida da Vale com vendas de minério de ferro, que corresponderam a 5,296 bilhões de dólares.

Na bolsa chinesa de Dalian, onde o futuro do minério de ferro é negociado, a commodity subiu mais 2,4%, encerrando próximo da marca de 120 dólares por tonelada.

“Quanto mais tempo acima de 100 dólares, mais as estimativas do segundo semestre são revisadas para cima, mais geração de caixa tem a empresa e mais rápido ela volta a pagar seus dividendos”, afirmou Bruno Lima, analista de renda variável da Exame Research.

Os dividendos da Vale estão suspensos desde março de 2019 devido ao passivo ambiental em decorrência do estouro da barragem de Brumadinho e de provisões.

Mesmo com a pandemia, as ações da Vale acumulam alta de 15,76% no ano, já considerando a valorização de hoje.

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