Mercados

No radar: Trump se declara vencedor, BC, Itaú e o que mais move o mercado

Bolsas sobem e dólar se valoriza no mundo, enquanto eleições americanas seguem incertas; contagem de votos continua

Donald Trump: antes de resultado, presidente afirma que já ganhou eleições e diz que vai levar decisão à Suprema Corte (Casa Branca/Reprodução)

Donald Trump: antes de resultado, presidente afirma que já ganhou eleições e diz que vai levar decisão à Suprema Corte (Casa Branca/Reprodução)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 4 de novembro de 2020 às 07h07.

Última atualização em 13 de novembro de 2020 às 11h11.

As bolsas internacionais seguem em alta na manhã desta quarta-feira, 4, à espera da contagem dos votos das eleições americanas. Entre os principais índices acionários, o Nasdaq futuro é o que apresenta a maior alta, chegando a subir mais de 2%. No mercado, investidores veem uma eventual vitória de Donald Trump como favorável às ações de tecnologia, devido a possibilidade de uma regulamentação menos duras sobre gigantes do setor. Mas ainda que o candidato republicano tenha vencido em estados-chave, como Flórida e Ohio, a disputa segue acirrada e as previsões são de que a vitória deve ser decidida por margens apertadas.

Ainda de madrugada, Trump chegou a afirmar que já havia vencido e sugeriu haver fraude na contagem de votos. “Nós vamos à Suprema Corte dos Estados Unidos. Nós queremos que toda a votação seja interrompida. Nós não queremos que eles encontrem cédulas às 4h da manhã e acrescentem isso à contagem”, disse. Seu adversário Joe Biden apenas disse que não cabia a ele ou ao Trump afirmar quem venceria, mas à população americana.

Apesar das declarações de Trump suscitarem os temores de contestação de resultados, elevando o nível de incerteza no mercado, os investidores aguardam novos desdobramentos.

Mas se as bolsas seguem otimistas com o virá a seguir, no mercado de câmbio, a busca é pela proteção do dólar, que se valoriza contra praticamente todas as principais moedas do mundo. O índice Dxy, que mede o desempenho da moeda americana perante seus pares desenvolvidos deve chegar a sua quinta alta dos últimos seis pregões. Entre os emergentes, o destaque negativo fica com o peso mexicano, que se desvaloriza mais de 2%.

Uber

Uma decisão para além da eleição também chamou atenção no setor empresarial: 58% dos moradores da Califórnia votaram a favor do Uber e decidiram que motoristas não devem ser classificados como empregados tradicionais. As ações da companhia subiam mais de 13% no pré-mercado.

 

Banner azul do BTG Pactual com letras brancas sobre deixar medo de investir de lado

(BTG Pactual Digital/Divulgação)

BC

No cenário interno os investidores devem repercutir também a aprovação da autonomia do Banco Central no Senado. O texto seguirá para a Câmara, onde pode ir á votação somente em 2021. O projeto, que visa blindar a instituição de interferência política, prevê que mandatos de quatro anos para os diretores do Banco Central, que serão descasados com o mandato presidencial.

Itaú

Terceiro dos quatro grandes bancos a apresentar resultado do último trimestre, o Itaú registrou lucro líquido recorrente de 5 bilhões de reais, cerca de 30% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado. Além do resultado, o banco informou na véspera que avalia a venda de uma fatia de 5% da XP.

Balanços

Banco ABC, Ultrapar, Profarma, d1000, São Carlos e Ecorodovias divulgam seus balanços do terceiro trimestre ainda hoje.

Retrospectiva

No último pregão, o Ibovespa subiu 2,16% para 95.979,71 pontos, enquanto o dólar subiu 0,42% e encerrou sendo vendido a 5,762 reais.

*Com colaboração de Carolina Riveira

EXAME Flash

Ouça um rápido resumo das principais notícias e destaques do Brasil e do mundo em uma curadoria especial do time da Exame.

Acompanhe tudo sobre:bolsas-de-valoresBTG PactualCâmbioDólarIbovespa

Mais de Mercados

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio

Novo Nordisk cai 20% após resultado decepcionante em teste de medicamento contra obesidade

Após vender US$ 3 bilhões, segundo leilão do Banco Central é cancelado