Mercados

No radar: Trump, estímulos e o que mais move o mercado nesta quarta

Presidente americano sinaliza recuo sobre fim de conversas sobre pacote de estímulos; dúvidas permanecem

Donald Trump: presidente sinaliza recuo e volta a falar sobre estímulos econômicos (Win McNamee/Getty Images)

Donald Trump: presidente sinaliza recuo e volta a falar sobre estímulos econômicos (Win McNamee/Getty Images)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 7 de outubro de 2020 às 07h17.

Última atualização em 7 de outubro de 2020 às 07h23.

Os índices futuros americanos iniciam esta quarta-feira, 7, indicando um pregão de recuperação. Na véspera, os índices S&P 500 e o Nasdaq caíram mais de 1%, após o presidente Donald Trump ordenar o fim das negociações com líderes democratas sobre um novo pacote de estímulo.

Trump

Depois de ter mandado sua equipe encerrar as conversas, o próprio Trump voltou a tocar no assunto horas depois. Em sua conta no Twitter, o presidente americano afirmou que aceitaria de forma imediata uma proposta que estímulo de pagamentos de 1.200 dólares. Mas, de acordo com a Associated Press, a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, estaria mais afeita a uma proposta robusta, sem interesse por uma proposta fragmentada. Pouco antes do novo tweet, Trump havia afirmado que deixaria as conversas sobre estímulos para depois das eleições.

Atrás do candidato democrata Joe Biden nas pesquisas eleitorais, as ações de Donald Trump têm sido vistas como eleitorais. “A gente sabe que tem um peso político em cima disso. Como ele está atrás das pesquisas eleitorais, acho que ele vai endurecer as negociações e usar questões com viés político. É algo extremamente preocupante para o mercado, mas ainda pode ser revertido”, afirma Gustavo Bertotti, economista da Messem.

Fed Boys

Para hoje, estão previstos pronunciamentos de membros do Federal Reserve (Fed), entre eles, John Williams, Neel Kashkari, Charles Evans (presidente do Fed de Chicago) e Thomas Barkin (presidente do Fed de Richmond). A expectativa é de que o tom dos discursos siga a linha do presidente do Fed, Jerome Powell, que voltou a falar sobre a necessidade de estímulos econômicos por parte do governo na véspera.

Braskem

A Braskem informou que bateu recorde de vendas de resinas no mercado brasileiro no mês de setembro ao vender 365 mil toneladas do produto. No Estados Unidos, a companhia vendeu mais de 140 mil toneladas de polipropileno.

Sanepar

A Sanepar aderiu ao chamamento público que trata sobre “Restaurar as populações da flora ameaçadas de extinção do bioma mata atlântica no Estado de Catarina". Em setembro, a companhia foi multada por explorar águas subterrâneas do Aquífero Karst sem licença ambiental. A multa ficou em 47,9 milhões de reais, mas caiu 60% com a ajuda da companhia ao projeto em prol da flora catarinense, passando para 19 milhões.

Biomm

A biofarmacêutica Biomm aprovou o aumento de capital que deve ficar entre 70 milhões de reais a 130 milhões de reais, com emissão de 4,313 milhões de ações a 8,010 milhões de ações. O preço da emissão foi fixado em 16,23 reais, menos de 2% abaixo da cotação de fechamento de terça-feira.

Retrospectiva

No último pregão, o Ibovespa, principal índice da B3, caiu 0,49% e encerrou e 95.615,03 pontos, após Trump afirmar ter posto um fim às conversas sobre estímulos. Por aqui, a queda só não foi maior devido ao otimismo com a reaproximação entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. O dólar subiu 0,52% e fechou cotado a 5,595 reais.

Acompanhe tudo sobre:bolsas-de-valoresCâmbioIbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio

Novo Nordisk cai 20% após resultado decepcionante em teste de medicamento contra obesidade

Após vender US$ 3 bilhões, segundo leilão do Banco Central é cancelado