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No radar: rali da vacina, vendas no varejo e o que mais move o mercado

Após migração para setores que sofreram mais com a pandemia, investidores buscam oportunidades em ações que caíram nos últimos dias

Casas Bahia: mercado espera forte alta de vendas no varejo; Via Varejo apresenta resultado nesta quarta (Exame/Exame)

Casas Bahia: mercado espera forte alta de vendas no varejo; Via Varejo apresenta resultado nesta quarta (Exame/Exame)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 11 de novembro de 2020 às 06h51.

Última atualização em 11 de novembro de 2020 às 09h01.

Os mercados globais seguem em clima de otimismo nesta quarta-feira, 11, ainda apoiados nos resultados preliminares de vacinas contra o coronavírus. O movimento iniciado na segunda-feira, 9, após a Pfizer informar que sua potencial vacina atingiu 90% de eficácia, já levou alguns dos principais índices de ações, como o DAX, da Alemanha, a acumular mais de 5% de alta. O espanhol Ibex-35 já subiu mais de 10% somente entre segunda e terça-feira. No Brasil, o Ibovespa já avançou mais de 4%.

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Durante os primeiros dias da semana, as notícias positivas sobre vacinas vieram acompanhadas de rotação de posições para ações de setores mais afetados pela pandemia. O movimento, que se deu no mundo inteiro, chegou a fazer papéis ligados aos setores de viagens, petróleo e consumo cíclico dispararem, enquanto investidores se desfaziam de posições em tecnologia e e-commerce - refúgios durante o período de quarentenas mais rígidas.

Embora a vacina siga estimulando as compras de ações nesta quarta, investidores já começam a realizar lucros sobre os papéis que mais subiram no início da semana e retomam alguma busca por aqueles que sofreram nesses últimos dois dias.

Ainda nas primeiras horas da manhã desta quarta, o índice Nasdaq futuro, com maior concentração de ações de tecnologia, subia 0,8%, enquanto os futuros dos índices Dow Jones e S&P 500, cerca de 0,6%. No pré-mercado, ações de big techs, como Apple, Microsoft e Amazon apontam para uma abertura em alta, depois de dois pregões de perdas. Já na Europa, ações de companhias aéreas passam por realização de lucros, chegando a cair mais de 4%.

No mercado brasileiro, a aversão aos papéis de e-commerce foi tão grande na véspera que até as ações da Magazine Luiza caíram mesmo depois de a empresa ter apresentado recorde de vendas no terceiro trimestre em balanço considerado positivo por todo o mercado. As ações da B2W afundaram mais de 8%.

Vendas no Varejo

Além de um esperado efeito rebote sobre os papéis de e-commerce nesta quarta, o setor também deve ser influenciado pelos dados de vendas no varejo de setembro, que serão divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ainda nesta manhã. A estimativa é de que as vendas no varejo tenham alta anual de 8,6% e as vendas do varejo ampliado cresça 7,9%. Na última divulgação, as vendas alcançaram patamares recordes, impulsionadas principalmente pelo auxílio emergencial.

Balanços

Via Varejo, Quero-Quero, Enauta, Aliansce Sonae, Locaweb, Rumo, Ambipar, Metal Leve, Fras-le, MRV e CCR divulgam balanços do terceiro trimestre nesta quarta, após o encerramento do pregão. Na noite de ontem, BR Distribuidora, Carrefour, Sinqia, Banrisul e Santos Brasil apresentaram resultados. Confira o resumo deles aqui.

Retrospectiva

No último pregão, o Ibovespa subiu 1,5% e encerrou em 105.066,96 pontos – próximo do maior patamar desde o início da pandemia, alcançado no fim de julho, quando o índice fechou em 105.605 pontos. O dólar fechou praticamente estável pelo segundo dia seguido, cotado a 5,393 reais.

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