Mercados

No radar: Fed, covid, ata do Copom e o que mais move o mercado nesta terça

Mercado europeu recupera parte das últimas perdas, mas ações relacionadas ao turismo estendem perdas com medo de se 2ª onda

Jerome Powell: presidente do Fed inicia sequência de audiências no Congresso americano (Kevin Lamarque/Reuters)

Jerome Powell: presidente do Fed inicia sequência de audiências no Congresso americano (Kevin Lamarque/Reuters)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 22 de setembro de 2020 às 07h02.

Última atualização em 22 de setembro de 2020 às 07h19.

O mercado inicia os trabalhos desta terça-feira, 22, em tom ligeiramente positivo, mas ainda com incertezas no radar. Depois de registrar a maior queda desde junho, com os temores de uma segunda onda de coronavírus, as bolsas europeias recuperam parte das perdas, enquanto os índices futuros americanos oscilam próximos da estabilidade.

Europa

Apesar do tom positivo no mercado europeu, as ações de empresas ligadas a atividades turísticas estendem as perdas para mais um pregão em meio ao ressurgimento de novos casos de coronavírus. As ações das companhias aéreas Lufthansa, Air France e IAG (British Airways) voltam a ser destaques negativos, com quedas superiores a 3%. O índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,6%.

Fed

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, volta a receber as atenções dos investidores nesta terça, quando, junto com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, irá testemunhar na Câmara americana sobre o pacote de 2,2 trilhões de dólares aprovados em março para atenuar os impactos econômicos da pandemia. Powell também participará de outras duas audiências no Congresso americano amanhã, 23, e quinta-feira, 24.

Há a expectativa de que Powell e Mnuchin promova a necessidade de mais estímulos por parte de parlamentares. No Congresso americano, os debates entre democratas e republicanos sobre um estímulo trilionário se arrastam a mais de um mês e, conforme as eleições presidenciais americanas se aproximam, reduzem as expectativas do mercado de que um novo seja aprovado.

Agenda econômica

Nos Estados Unidos, o dado econômico mais importante do dia será o de venda de casas usadas referentes ao mês de agosto, que deve ajudar a revelar o ritmo de recuperação do mercado imobiliário americano. A projeção é de que se confirme o terceiro mês seguido de recuperação, com 6 milhões de vendas ante 5,86 milhões. Se as expectativas se confirmarem, será o número mais forte desde 2009.

No Brasil, os investidores devem ficar atentos à ata do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a reunião da semana passada. O mercado deve procurar pistas sobre como a autoridade monetária tem avaliado um possível novo corte e a recente alta da inflação

Commodities

O preço do barril de petróleo voltou a subir nesta terça, acompanhando o tom de recuperação dos mercados, após cair mais de 4% na véspera. Para o fim do dia está marcada a divulgação sobre os estoques de petróleo nos Estados Unidos, que deve mexer com o preço da commodity. Já o minério de ferro voltou a fechar em queda na China.

Banco do Brasil

O Banco do Brasil anunciou que seu presidente Rubem Novaes apresentou carta de renúncia com efeitos a partir de hoje. Em seu lugar entrará o ex-HSBC André Brandão.

Enauta

A Enauta informou que Décio Oddone será o novo diretor presidente da companhia, substituindo Lincoln Guardado.

Retrospectiva

Pressionado pelos temores de uma segunda onda de contaminação e com notícias sobre envolvimento de bancos globais em transações suspeitas, o Ibovespa, principal índice da B3, caiu 1,32% na segunda-feira, 21, e encerrou em 96.990,72 pontos - a menor pontuação desde 3 de julho. O dólar subiu 0,4% e terminou sendo negociado a 5,40 reais na venda.

Acompanhe tudo sobre:IbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio

Novo Nordisk cai 20% após resultado decepcionante em teste de medicamento contra obesidade

Após vender US$ 3 bilhões, segundo leilão do Banco Central é cancelado