São Paulo - A Nasdaq rejeitou em maio a listagem da rede social para usuários da cannabis MassRoots. A decisão freou o plano da empresa de ser a primeira cujo principal negócio é a maconha a ter ações na Bolsa americana.
Mas muito antes disso já tinha gente ganhando com a compra e venda de papéis desse setor. São investidores que apostam no potencial de crescimento do mercado, já que a expectativa é de que mais estados americanos liberem o consumo da planta nos próximos anos.
Ilegal no Brasil, o consumo medicinal da cannabis é permitido no Canadá e em 23 estados americanos, além do Distrito de Columbia, o DF dos Estados Unidos.
Em cinco deles, incluindo Washington, o uso recreacional da maconha também é liberado. Contudo, em nível federal, a planta ainda é ilegal nos EUA.
Mesmo assim, já existem empresas que vendem produtos relacionados ao consumo da cannabis por lá. São fornecedores de equipamentos e serviços a usuários da substância.
Algumas companhias têm capital aberto, mas a maioria delas têm suas ações negociadas em mercado de balcão, com baixa liquidez.
Diferente das empresas listadas em Bolsa, que têm de cumprir uma série de exigências dos órgãos reguladores, muitas dessas companhias não divulgam resultados auditados, o que eleva o risco aos investidores.
Para compilar o desempenho desses papéis e dimensionar o tamanho do setor, foi criado em 2013 o “Marijuana Index”.
A ideia era demonstrar às autoridades que o setor movimenta uma quantia considerável de dinheiro e, com isso, pressionar para a liberação do uso da maconha em nível federal.
Segundo a consultoria especializada New Frontier, as vendas legais de maconha nos EUA cresceram 17% em 2015, para US$ 5,4 bilhões. A expectativa é de que em 2016 haja um salto de 25%, a US$ 6,7 bilhões.
Para a ArcView Market Research, outra consultoria especializada, as vendas legais de maconha nos EUA devem movimentar até US$ 21,8 bilhões em 2020.
“Eu acho que vamos ver em 2016 uma nova onda de investidores, de dirigentes de empresas e de pessoas que até então só estavam observando ou se arriscando bem pouco no setor, mas que agora começarão a passar por baixo da cerca e levá-lo realmente a sério”, disse o diretor da ArcView, Troy Dayton, à revista americana Fortune.
Isaac Dietrich, co-fundador da MassRoots, acredita que a rejeição da Nasdaq à listagem da empresa pode atrasar esse movimento.
“Isso vai tornar mais difícil para os empreendedores da cannabis levantarem recursos e vai desacelerar o processo de legalização da planta nos Estados Unidos”, afirmou em entrevista à CNN Money.
Volatilidade
O “Marijuana Index” é bastante volátil, já que compila o desempenho das ações de grandes indùstrias até pequenas startups, listadas em Bolsa ou negociadas em mercado de balcão. Ao todo, são 168 papéis no índice.
A maior empresa é a GW Pharmaceuticals, cujo valor de mercado é de cerca de US$ 2 bilhões. A companhia, que é listada na Nasdaq, produz entre outras coisas medicamentos a partir de canabinóides.
Em 2016, o “Marijuana Index” acumulava alta de 0,51% até a última quinta-feira (2). No mesmo período, o índice Dow Jones subia 2,36%, enquanto o S&P 500 ganhava 3,39%. Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, mostrava valorização em torno de 16%.
-
1. Oráculo de Omaha
zoom_out_map
1/47 (Daniel Acker/Bloomberg)
São Paulo - A
Berkshire Hathaway, do megainvestidor
Warren Buffett, informou nesta semana que
comprou 9,81 milhões de ações da Apple no primeiro trimestre deste ano, o equivalente a US$ 1,07 bilhão. A decisão surpreendeu o mercado, já que Buffett sempre evitou ter muita exposição a ações de tecnologia e por várias vezes declarou sua preferência pela
IBM no setor. A mudança de visão deixou muitos operadores em alerta, já que Buffett é uma espécie de guru da Bolsa e suas decisões influenciam outros investidores. Navegue pelas fotos e veja em quais ações Buffett investe, através da Berkshire Hathaway, segundo relatório do primeiro trimestre arquivado pela empresa na
SEC (órgão regulador do mercado americano).
-
2. Apple
zoom_out_map
2/47 (Justin Sullivan/Getty Images)
-
3. American Express
zoom_out_map
3/47 (Scott Eells/Bloomberg)
-
4. Axalta Coating Systems
zoom_out_map
4/47 (Brian Lawdermilk/Getty Images)
-
5. BNY Mellon
zoom_out_map
5/47 (Guy Calaf/Bloomberg)
-
6. Charter Communications Inc.
zoom_out_map
6/47 (Peter Newcomb/Bloomberg)
-
7. Costco Wholesale Corporation
zoom_out_map
7/47 (Luke Sharrett/Bloomberg)
-
8. Deere & Company
zoom_out_map
8/47 (Andrey Rudakov/Bloomberg)
-
9. NOW Inc.
zoom_out_map
9/47 (Thinkstock)
-
10. DaVita Healthcare Partners
zoom_out_map
10/47 (Thinkstock)
-
11. 21st Century Fox
zoom_out_map
11/47 (Reprodução)
-
12. General Eletric
zoom_out_map
12/47 (Divulgação/Facebook-GE)
-
13. Graham Holdings
zoom_out_map
13/47 (Dreamstime)
-
14. General Motors (GM)
zoom_out_map
14/47 (Bill Pugliano/AFO)
-
15. Goldman Sachs
zoom_out_map
15/47 (REUTERS/Brendan McDermid)
-
16. International Business Machines Corp. (IBM)
zoom_out_map
16/47 (Stan Honda/AFP)
-
17. Johnson & Johnson
zoom_out_map
17/47 (REUTERS/Lucas Jackson)
-
18. Kraft Heinz
zoom_out_map
18/47 (Scott Eells/Bloomberg)
-
19. Kinder Morgan
zoom_out_map
19/47 (David Paul Morris/Bloomberg)
-
20. Coca-Cola
zoom_out_map
20/47 (Reprodução)
-
21. Liberty Global (LBTYA)
zoom_out_map
21/47 (Andrew Cowie/AFP)
-
22. Liberty Global (LBTYK)
zoom_out_map
22/47 (Scott Barbour/Getty Images)
-
23. Lee Enterprises
zoom_out_map
23/47 (Thinkstock/Big Cheese Photo)
-
24. Liberty Media Group (LMCA)
zoom_out_map
24/47 (Matthew Staver/Bloomberg)
-
25. Liberty Media Corporation (LMCK)
zoom_out_map
25/47 (Divulgação)
-
26. MasterCard
zoom_out_map
26/47 (Andrew Harrer/Bloomberg)
-
27. Moodys Corporation
zoom_out_map
27/47 (Emmanuel Dunand/AFP)
-
28. Mondelez International
zoom_out_map
28/47 (Wikimedia Commons/Mike Mitchell)
-
29. Media General
zoom_out_map
29/47 (Getty Images)
-
30. M&T Bank Corporation
zoom_out_map
30/47 (Divulgação)
-
31. Procter & Gamble (P&G)
zoom_out_map
31/47 (Luciana Cavalcanti / Você S.A.)
-
32. Phillips 66
zoom_out_map
32/47 (Getty Images)
-
33. Restaurant Brands International
zoom_out_map
33/47 (Divulgação/Burger King)
-
34. Sanofi
zoom_out_map
34/47 (Eric Piermont/AFP)
-
35. Suncor Energy USA
zoom_out_map
35/47 (Wikimedia Commons)
-
36. Torchmark Corporation
zoom_out_map
36/47 (Alex E. Proimos/Creative Commons)
-
37. United Parcel Service
zoom_out_map
37/47 (Brendan McDermid/Reuters)
-
38. US Bancorp
zoom_out_map
38/47 (Bloomberg News)
-
39. USG Corporation
zoom_out_map
39/47 (Getty Images)
-
40. Visa
zoom_out_map
40/47 (Daniel Acker/Bloomberg)
-
41. Verisk Analytics
zoom_out_map
41/47 (Spencer Platt/AFP)
-
42. Verisign
zoom_out_map
42/47 (John Decker/Bloomberg)
-
43. Verizon
zoom_out_map
43/47 (Eric Thayer/Getty Images)
-
44. Wabco Holdings
zoom_out_map
44/47 (Alexander Demianchuk/Reuters)
-
45. Wells Fargo
zoom_out_map
45/47 (Justin Sullivan/Getty Images)
-
46. Wal-Mart
zoom_out_map
46/47 (Robert Sullivan/AFP)
-
47. Veja agora 19 empresas estrangeiras que são negociadas na Bovespa
zoom_out_map
47/47 (David Paul Morris/Bloomberg)