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Ibovespa sobe e volta a bater recorde após duas semanas

Bolsa acelerou em últimos instantes do pregão e encerrou em alta de 0,32%

Ibovespa: índice fecha em 118.861,63 pontos e bate recorde nominal (Cris Faga/Getty Images)

Ibovespa: índice fecha em 118.861,63 pontos e bate recorde nominal (Cris Faga/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 20 de janeiro de 2020 às 19h02.

Última atualização em 20 de janeiro de 2020 às 19h04.

Após passar o dia oscilando em torno do zero, o principal índice da bolsa paulista acelerou nos ajustes para atingir nova máxima de fechamento nesta segunda-feira, em dia de exercício de opções sobre ações e sem a referência de Wall Street.

O Ibovespa avançou 0,32%, a 118.861,63 pontos, na máxima do dia. O volume financeiro alcançou 28,53 bilhões de reais, inflado pelo exercício de opções, que totalizou quase 12,7 bilhões de reais.

Nos Estados Unidos, o mercado acionário esteve fechado em razão do feriado em homenagem a Martin Luther King, o que reduziu a liquidez no pregão brasileiro.

Para profissionais da área de renda variável, o Ibovespa refletiu um movimento de 'acomodação', após ganhos na última semana, sem novidades relevantes no noticiário e sem negócios nas bolsas em Nova York.

Na última sexta-feira, o Ibovespa fechou em alta de 1,52%, na máxima do dia, acumulando na semana passada alta de 2,58%.

Além da ausência do fluxo estrangeiro, o gestor Igor Lima, sócio na Galt Capital também destacou que investidores locais estão aguardando mais indicadores sobre o desempenho da economia no fim de 2019 e início de 2020.

"Os dados parecem desencontrados e justamente isso que deixa os investidores em modo de espera e mais cautelosos enquanto as novas evidências não apontarem, de forma clara, a aceleração da retomada da economia", avaliou.

Nesta segunda-feira, FMI revisou estimativas econômicas, incluindo do Brasil, elevando previsão para o crescimento do PIB do país este ano para 2,2%.

Pesquisa Focus também não mostrou contaminação por ora, com as estimativas no levantamento semanal do Banco Central nesta segunda-feira apontando crescimento de 2,31% em 2020 ante projeção de 2,3% na semana anterior.

Destaques

- BRADESCO PN caiu 1,95% e ITAÚ UNIBANCO PN cedeu 2,03%, após relatório Bank of America, com visão mais cautelosa com os grandes bancos brasileiros e cortando recomendações das ações para 'neutra' e 'underperform', respectivamente, além de revisões de preços alvos e projeções de resultados.

- SUZANO recuou 1,9%, engatando o terceiro pregão negativo, após acumular alta de mais de 13% nos dez primeiros pregões do ano. KLABIN UNIT teve alta de 0,67%.

- CIELO caiu 2,49%, também entre as maiores quedas. Analistas do Goldman Sachs cortaram a recomendação dos papéis para 'venda', avaliando que a intensa competição deve levar para perdas adicionais de participação de mercado. O preço-alvo ainda foi reduzido de 7 reais a 6 reais.

- B2W ON subiu 6,2% e MAGAZINE LUIZA valorizou-se 3,04%, mantendo destaque entre as maiores altas do Ibovespa em 2020. VIA VAREJO ON, que ocupa a primeira posição entre altas do Ibovespa neste ano, ganhou 2,04%.

- RD avançou 2,97%, a reais, tendo de pano de fundo melhora na recomendação dos papéis pelo Credit Suisse, de 'underperform' para 'neutra', bem como elevação do preço-alvo, de 54 para 125 reais. "Perspectiva saudável, embora não seja uma barganha", escreveram os analistas no relatório.

- VALE ON subiu 0,63%, na esteira da alta dos futuros do minério de ferro na China.

- PETROBRAS PN subiu 0,5% e PETROBRAS ON ganhou 0,41%, tendo de pano de fundo a alta de contratos futuros do petróleo no exterior.

- ÂNIMA EDUCAÇÃO ON avançou 2,16% após anunciar oferta primária de até 30,35 milhões de ações com esforços restritos, que deve ser precificada em 29 de janeiro. No setor, COGNA ON perdeu 1,2% e YDUQS ON ganhou 4%.

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