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Ibovespa sobe 0,6% amparada em Vale e Petrobras

O tom mais positivo da bolsa foi respaldando também por expectativas em relação as decisões de política monetária no Brasil e nos EUA, na quarta-feira

B3: a estimativa predominante é que os juros serão cortados novamente no Brasil (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: a estimativa predominante é que os juros serão cortados novamente no Brasil (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 24 de julho de 2017 às 18h41.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou em alta nesta segunda-feira, amparado em ganhos da Vale e da Petrobras, em uma sessão de volume reduzido com investidores evitando grandes apostas à espera da intensificação da temporada de balanços corporativos e em meio ao noticiário político mais esvaziado.

O Ibovespa fechou em alta de 0,64 por cento, a 65.099 pontos.

O volume financeiro somou apenas 4,9 bilhões de reais, entre os menores do mês. A média diária para julho até sexta-feira era de 6,35 bilhões de reais, já bastante inferior à média diária para o ano, de 8,06 bilhões de reais.

O tom mais positivo da bolsa no primeiro pregão desta semana foi respaldando também por expectativas em relação as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, na quarta-feira. A estimativa predominante é que os juros serão cortados novamente no Brasil, enquanto o Federal Reserve, banco central norte-americano, deve manter a taxa de juros inalterada.

"O movimento nesta semana deve se intensificar um pouco a partir de quarta-feira, com mais balanços, Copom e Fed. Fora isso, só depois de ter alguma definição (no quadro político)", disse o gerente de renda variável da H.Commcor Ari Santos.

No campo político, o Congresso Nacional continua em recesso, esvaziando o noticiário, mas com agentes financeiros de olho nas negociações de bastidores antes da votação em plenário da Câmara dos Deputados da admissibilidade de denúncia contra o presidente Michel Temer.

O mês de julho também é marcado pela retomada nos processos de abertura de capital na bolsa brasileira B3, com a Biotoscana iniciando as negociações na terça-feira, após precificar sua oferta inicial de recibos de ações (IPO, na sigla em inglês) na sexta-feira, apenas poucos dias após a estreia do Carrefour Brasil na bolsa paulista. Os próximos dias ainda devem trazer a precificação e início de negociações de pelos menos mais duas empresas, IRB Brasil Resseguros e Omega Geração.

Destaques

- VALE PNA teve alta de 2,51 por cento e VALE ON ganhou 2,21 por cento, na contramão dos contratos futuros do minério de ferro na China.

- PETROBRAS PN subiu 1,5 por cento e PETROBRAS ON avançou 1,05 por cento, em sessão de ganhos para os preços do petróleo no mercado internacional e após cair nos dois pregões anteriores. Apenas na sexta-feira, após o governo anunciar aumento da tributação sobre combustíveis, o papel preferencial da petroleira perdeu mais de 3 por cento.

- CYRELA ON engatou a quarta sessão seguida de alta e subiu 1,81 por cento, acumulando no período ganho de 9,37 por cento. A incorporadora divulgou na semana passada seus dados operacionais do segundo trimestre, com alta de 7 por cento nos lançamentos ante um ano antes.

- SANTANDER UNIT caiu 2,43 por cento, engatando o quarto pregão seguido de perdas, e liderando a ponta negativa do Ibovespa. No período, o papel acumulou queda superior a 6 por cento.

- TRIUNFO PARTICIPAÇÕES UNIT, que não faz parte do Ibovespa, caiu 17,21 por cento, tendo como pano de fundo o pedido de homologação de recuperação extrajudicial, em um movimento para ganhar mais tempo para finalizar projetos e reduzir seu porte gradualmente.

- VIA VAREJO UNIT, também de fora do Ibovespa, avançou 3,9 por cento. A empresa divulga ainda nesta segunda-feira seus números referentes ao segundo trimestre e a equipe do BTG Pactual espera melhora nos resultados na comparação anual.

 

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