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CVC cai mais de 10% após balanço decepcionar

Lucro líquido no terceiro trimestre recuou 3,66% na comparação anual

Ações da CVC acumulavam perdas de 15% no ano até o fim do último pregão. Caso recente queda se confirme, perdas podem ultrapassar 20% (Foto/Divulgação)

Ações da CVC acumulavam perdas de 15% no ano até o fim do último pregão. Caso recente queda se confirme, perdas podem ultrapassar 20% (Foto/Divulgação)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 8 de novembro de 2019 às 12h59.

As ações da CVC chegaram a recuar 10,5% nesta sexta-feira (8), após a empresa reduzir o lucro líquido em 3,6% no terceiro trimestre. No ano, o lucro líquido soma perdas de 15,23%. Às 12h30, o papel se desvalorizavam 9,05% e era negociado por 47,13 reais.

O desempenho negativo tem se refletido na Bolsa. Neste ano, os papéis da CVC acumulam perdas de 15,25%. Caso a depreciação dos papéis se confirme ao fim do pregão, a queda acumulada será de mais de 20%. 

No balanço financeiro divulgado na véspera, a agência de turismo afirmou que está tendo um 2019 de “muitos desafios” e citou óleo no Nordeste, ambiente político e problemas com a Avianca.

A quebra da companhia aérea, que provocou uma onda de cancelamentos de voos, causou perdas milionárias para a CVC. O impacto disso na empresa de turismo foi de 82 milhões de reais no segundo trimestre. No terceiro, os gastos adicionais relacionados à Avianca custou 45,4 milhões de reais.

O lucro ajustado da CVC ficou em 97,5 milhões de reais - crescimento de 2,3% no trimestre se comparado com o mesmo período de 2018. No acumulado do ano, o incremento foi de 11%. O resultado, contudo, ignora o fator Avianca por não considerar despesas não recorrentes. 

Apesar da recente queda das ações, o BTG Pactual recomendou a compra das ações da CVC nesta sexta. O banco projeta um preço alvo em doze meses de 64 reais - valorização de 23,5% caso as perspectivas se confirmem.

O banco espera que a CVC tenha mais prejuízo com a questão Avianca no quarto semestre, algo entre 30 e 40 milhões de reais, mas vê o problema como temporário. Os analistas do BTG acreditam que a que a queda do preço de suas ações foi em ritmo desproporcional à realidade da companhia.

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