Renault: a parceria está em crise desde a prisão de Ghosn em Tóquio (Vincent Kessler/Reuters)
Reuters
Publicado em 13 de janeiro de 2020 às 09h54.
Londres — As ações da Renault tocaram mínimas em seis anos nesta segunda-feira, após reportagem citando que a Nissan acelerou planos secretos de contingência para uma possível separação da montadora francesa, o mais recente sinal de que a queda do ex-presidente Carlos Ghosn está agitando a parceria de 20 anos
Às 09:00 (horário de Brasília), as ações recuavam 2,7%, A 70,72 euros. Na mínima, chegaram a 40,16 euros.
Os planos incluem a divisão total em engenharia e manufatura, bem como mudanças no conselho da Nissan, informou o jornal Financial Times no domingo citando várias fontes.
O plano de contingência da Nissan aumentou desde a dramática fuga de Ghosn, ex-presidente da aliança Renault-Nissan, do Japão no final de dezembro, informou o jornal.
A parceria está em crise desde a prisão de Ghosn em Tóquio, em novembro de 2018, por alegações de má conduta financeira, que ele nega. Ele estava aguardando julgamento no Japão, quando fugiu para o Líbano.
"Acreditamos firmemente que a relação entre (Renault e Nissan) e, portanto, a aliança está quebrada e provavelmente está além do ponto de reparo", escreveram os analistas Arndt Elinghorst e Chris McNally, da Evercore ISI, em nota divulgada nesta segunda-feira. Eles têm uma classificação de 'underperform' pata montadora francesa.
A Renault não estava disponível para comentários imediatos.