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Ações da Netflix despencam 10% com queda no número de novos assinantes

No segundo trimestre, a empresa teve lucro líquido de 271 milhões de dólares ante os 384 milhões de dólares no mesmo período do ano passado

As expectativas para o terceiro trimestre são positivas, graças às novas temporadas de Stranger Things e The Crown (Netflix/Divulgação)

As expectativas para o terceiro trimestre são positivas, graças às novas temporadas de Stranger Things e The Crown (Netflix/Divulgação)

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Natália Flach

Publicado em 17 de julho de 2019 às 20h02.

Última atualização em 17 de julho de 2019 às 20h04.

São Paulo - Séries como Black Mirror e Billions atraíram menos fãs no segundo trimestre. É o que mostram os resultados da provedora global de conteúdo Netflix que reportou, na noite desta quarta-feira, 17, uma queda de 64% no número de novos assinantes. Entre janeiro e março, cerca de 7,9 milhões de pessoas assinaram a plataforma de streaming, enquanto de abril a junho apenas 2,8 milhões contrataram os serviços.

A diminuição brusca teve reflexos nas ações. Os papéis despencaram cerca de 10% na sessão estendida do mercado (after market), nesta quarta.

Analistas de Wall Street já esperavam uma queda no número de novos assinantes. A expectativa era de algo em torno de 5,3 milhões de clientes, sendo 4,8 milhões de fora dos Estados Unidos, de acordo com a empresa de dados financeiros FactSet. Mal sabiam que seria a metade das projeções.

"Não acreditamos que a competição tenha sido um fator (para a queda), já que não houve uma mudança significativa no cenário competitivo durante o segundo trimestre", escreveram executivos da Netflix, que previam aumento de 5 milhões de assinantes. "Em vez disso, achamos que a lista de conteúdo gerou menos adições do que prevíamos."

As expectativas para o terceiro trimestre, porém, são positivas, graças às novas temporadas de Stranger Things e The Crown, segundo Eric Haggstrom, analista da eMarketer, em entrevista ao site MarketWatch. A própria Netflix prevê um aumento de 7 milhões de assinantes entre julho e setembro.

Resultados

No segundo trimestre, a empresa teve lucro líquido de 271 milhões de dólares, o equivalente a 60 centavos de dólar por ação, ante os 384 milhões de dólares, ou 85 centavos de dólar por ação, no mesmo período do ano passado. Já a receita cresceu para de 3,9 bilhões de dólares para 4,92 bilhões de dólares em um ano.

 

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