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A hora do vinho na bolsa: clube de assinatura Wine pede registro para IPO

Criada há 12 anos, a Wine tem como sócios a Orbeat, fundo da família Sirotsky, dona do grupo de mídia RBS, e a Península, fundo da família de Abilio Diniz

Vinho: no primeiro semestre, a Wine teve receita líquida de 146,3 milhões de reais, aumento de 26,4% sobre um ano antes (David Epperson/Getty Images)

Vinho: no primeiro semestre, a Wine teve receita líquida de 146,3 milhões de reais, aumento de 26,4% sobre um ano antes (David Epperson/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 3 de setembro de 2020 às 17h53.

Última atualização em 3 de setembro de 2020 às 18h17.

O clube de assinatura e comércio eletrônico de vinhos Wine pediu registro para oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), ilustrando como o recente boom do mercado de capitais no Brasil está atraindo empresas de setores cada vez mais diversos.

Criada há 12 anos, a Wine tem como sócios a Orbeat, fundo da família Sirotsky, dona do grupo de mídia RBS, e a Península, fundo de participações da família do empresário Abilio Diniz. Ambos os veículos serão vendedores na oferta secundária de ações da Wine, cujo nome oficial é W2W E-Commerce de Vinhos.

A operação, que será coordenada por Itaú BBA, Bank of America, BTG Pactual, XP e Banco ABC Brasil, também envolve a venda de ações novas, cujos recursos a Wine planeja usar para investir em marketing, tecnologia, logística, além de expandir lojas físicas e comprar outras empresas.

No primeiro semestre, a Wine teve receita líquida de 146,3 milhões de reais, aumento de 26,4% sobre um ano antes. A margem Ebitda ajustada passou de -4,5% para 8,5% no período. Segundo a Wine, as compras feitas por sócios representam 78,6% da receita.

A companhia aposta que o consumo de vinhos no Brasil, hoje de 2 litros por pessoa por ano, suba para níveis mais próximos dos de países europeus, de até 50 litros por ano.

O movimento mostra como empresas de novos setores da economia estão rapidamente buscando listagem na bolsa de valores como forma de captar recursos para expansão dos negócios, na esteira do juro básico na mínima recorde de 2% ao ano no país.

Dentre as empresas que aguardam aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para vender ações pela primeira vez no mercado estão rede de produtos para pets, bureau de informações de crédito, fabricante de equipamentos para geração de energia renovável, produtora de biocombustíveis e até um brechó online.

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