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Zukerman mira novos públicos e quer mudar a cara dos leilões

Objetivo da leiloeira é humanizar o leilão online, aumentar oferta de crédito e oferecer assessoria jurídica para imóveis ocupados

André Zukerman, CEO da Zukerman Leilões: ambição é ser opção para a pessoa física revender imóveis (Zukerman/Divulgação)

Marília Almeida

Publicado em 11 de novembro de 2022 às 12h55.

A Zukerman Leilões mudou sua marca para Zuk e busca modernizar a imagem das leiloeiras e aumentar sua fatia no mercado.

Para isso, a estratégia é descomplicar a modalidade de leilão online, encurtando processos sem deixar o atendimento humanizado de lado. Na hora dos lances, a ideia é que a sala virtual seja mais amigável, com possibilidade de abrir câmera e visualizar a platéia, por exemplo.

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“Nossa proposta é aproximar o público das possibilidades e vantagens que os leilões permitem”, diz André Zukerman, CEO da leiloeira.

A leiloeira também quer ser cada vez mais vista como uma plataforma. Além de crescer na oferta de crédito imobiliário, irá oferecer assessoria jurídica, venda direta e outros serviços.

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O apoio de advogados na compra de imóveis em leilão é importante, pois a maioria das unidades à venda nos certames continuam ocupadas. "Iremos oferecer opções de contratação de profissionais especializados em desocupar unidades na plataforma . É um processo que dura, em média, de 3 a 6 meses e poderá ser acompanhado por lá".

Para guiar o processo de mudança da marca, a empresa fechou uma parceria, em novembro de 2020, com a agência Ana Couto, que trabalha com nomes como Natura, Itaú e Coca-Cola. A opção foi por trabalhos de mídia com influenciadores digitais, assim como campanhas publicitárias online e offline.

A Zukerman vende, por mês, entre 100 e 120 imóveis. A estimativa é de que existam cerca de 2 mil leiloeiros no país. A companhia lidera o ranking, seguida pela Mega Leilões.

Revenda de imóveis de pessoas físicas e p2p lending

Para crescer, a companhia quer ser, no futuro, uma opção de revenda de imóveis também para a pessoa física.

"Para concretizar esse objetivo, precisamos investir em tecnologia para automatizar o processo e analisar documentos, como matrículas e certidões. Atualmente, por conta dessas barreiras, só conseguimos realizar leilões bancários e judiciais", diz Zukerman.

O executivo também estuda a criação de uma plataforma de p2p lending, na qual investidores possam emprestar dinheiro para quem deseja comprar um imóvel em leilões. Isso porque o crédito é uma trava importante para o crescimento do segmento.

"Atualmente a maior parte dos pagamentos têm de ser feitos à vista. Nos leilões judiciais, são poucos os casos nos quais há parcelamento, e quando há eles chegam a 30 meses. Nos leilões bancários, o financiamento vai até 80 meses".

Zukerman estima que apenas metade do público que busca os leilões são investidores: a outra parte é composta por pessoas físicas em busca de oportunidades com preços mais em conta.

Muitas mudanças dependem de atualização da lei que regula o segmento, datada de 1930.

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