Economia

Vendas de imóveis novos em SP sobem em maio

No mês, os lançamentos chegaram a 2.239 residências, uma variação positiva de 38% em relação a abril

Jardins, em São Paulo: por outro lado, o volume de lançamentos ao longo do ano apresentou um recuo acentuado (Germano Lüders/EXAME)

Jardins, em São Paulo: por outro lado, o volume de lançamentos ao longo do ano apresentou um recuo acentuado (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2012 às 10h16.

São Paulo - O mercado de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo apresentou elevação das vendas em maio, mantendo a trajetória de crescimento verificada nos últimos meses, de acordo com dados divulgados pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP). Por outro lado, o volume de lançamentos ao longo do ano apresentou um recuo acentuado, levando a entidade a diminuir as projeções para novos projetos em 2012.

Entre janeiro e maio, foram lançadas 7.496 unidades na cidade de São Paulo, um recuo de 31,4% em relação ao total apurado nos cinco primeiros meses de 2011, de acordo com dados levantados pela Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp). Em maio, entretanto, os lançamentos chegaram a 2.239 residências, uma variação positiva de 38% em relação a abril.

Com a retração no volume de novos projetos nos primeiros meses do ano, o Secovi-SP diminuiu em 17% as projeções de lançamentos para 2012. Antes, eram esperadas 36,2 mil novas unidades. Agora, esse número deve ficar em torno de 30 mil, segundo o presidente da entidade, Cláudio Bernardes. O novo montante também representa uma queda de 20,4% ante o total de 37,7 mil unidades lançadas em 2011. "Consideramos modificar nossa previsão quanto aos lançamentos, que devem totalizar aproximadamente 30 mil unidades este ano", informou Bernardes, em nota.

Segundo ele, a revisão das projeções também se deve à maior demora para aprovação de novos projetos na cidade de São Paulo. Isso vem ocorrendo, na sua avaliação, devido à "maior dificuldade na formação de terrenos aptos à incorporação e por causa dos exagerados prazos nos processos de licenciamento de edificações, que foram significativamente majorados nos últimos tempos".

Segundo dados da Embraesp, o total de unidades aprovadas na capital paulista vem caindo desde setembro no ano passado. Entre aquele mês e abril, o número mensal de aprovações despencou 18,7%.

Vendas

As vendas, por sua vez, mantiveram trajetória de crescimento. Em maio, foram vendidas 2.728 unidades na capital paulista, volume 35,9% acima do total de abril de abril (2.007 unidades) e 14,6% acima do registrado em maio de 2011 (2.380 unidades). Nos primeiros cinco meses de 2012, o número de imóveis vendidos atingiu 10.135 unidades, um crescimento de 13,1% em relação ao comercializado no mesmo período do ano passado.


O valor global das vendas chegou a R$ 1,37 bilhão em maio, alta de 51,9% ante abril e de 3,7% ante o mesmo mês de 2011, considerando valores já atualizados pelo INCC. Entre janeiro e maio, o valor global das vendas atingiu o montante de R$ 5,08 bilhões, equivalente a um aumento de 6% ante o mesmo período de 2011.

As unidades de dois e três dormitórios continuaram liderando as vendas. Em maio, imóveis de dois quartos representaram 59% do total comercializado, com 1.610 unidades, enquanto o segmento de três dormitórios respondeu por 26,6% e 726 unidades vendidas.

A velocidade das vendas (total de unidades vendidas no mês ante o total de unidades disponíveis) foi de 13,7%. Isso significa que 137 imóveis novos foram vendidos a cada 1 mil ofertados no mês. O desempenho foi melhor que o de abril, quando esse patamar ficou em 10,2%, mas está abaixo dos 15,1% verificados em maio de 2011.

Para o presidente do Secovi-SP, o bom desempenho das vendas permite confirmar as estimativas de encerrar 2012 com 31 mil unidades vendidas, um aumento de 10% em relação ao ano passado.

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