Economia

Recuperação econômica é decepcionante, diz Fed

Vice-presidente do Fed citou setor imobiliário, fraqueza do crescimento econômico mundial e política fiscal como fatores que restringiram o crescimento dos EUA


	Stanley Fischer: o Fed mantém a taxa básica de juros dos EUA próxima a zero há cinco anos e meio, levando economistas a alertarem sobre risco excessivo
 (Reuters/Gil Cohen Magen)

Stanley Fischer: o Fed mantém a taxa básica de juros dos EUA próxima a zero há cinco anos e meio, levando economistas a alertarem sobre risco excessivo (Reuters/Gil Cohen Magen)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2014 às 06h31.

São Paulo - O papel da política monetária na recuperação da economia americana ainda é relevante e pode prevenir um declínio permanente do crescimento potencial do país, afirmou Stanley Fischer, vice-presidente do Federal Reserve (Fed).

Ele citou o setor imobiliário, a fraqueza do crescimento econômico mundial e a política fiscal como fatores que restringiram o crescimento dos EUA e tornaram a recuperação econômica decepcionante.

Segundo ele, a autoridade monetária, no entanto, precisa levar em conta a "estabilidade financeira" para decidir sobre a taxa de juros. Fischer deu a declaração falando de maneira geral sobre a atuação dos bancos centrais.

O Fed mantém a taxa básica dos EUA próxima a zero há cinco anos e meio, levando alguns economistas a alertarem sobre um risco excessivo.

Em conferência em Estocolmo nesta segunda-feira, ele admitiu que pode haver um declínio demográfico da força de trabalho nos EUA e uma redução da capacidade produtiva da economia.

Fischer ressaltou, todavia, que é cético em relação a uma diminuição permanente do crescimento econômico nos Estados Unidos. A teoria foi aventada pelo economista Lawrence Summers, presidente da Universidade de Harvard e ex-secretário do Tesouro norte-americano.

O economista número dois do Fed disse que as economias avançadas têm crescido abaixo da expectativa e, mais recentemente, os países emergentes também tiveram resultados fracos.

"Ano após ano nós temos que explicar porque o crescimento tem sido abaixo do previsto", disse. "Essas quebras de expectativas levaram a reduções das previsões de crescimento no curto e no longo prazo", explicou.

Com informações da Market News International e Dow Jones Newswires.

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