Mercado Imobiliário

Esta capital do Nordeste liderou aumento nos preços de aluguel em maio; entenda o porquê

Levantamento do FipeZap mostrou resultados acima da inflação para os preços de aluguel no último mês

Farol de Itapuâ em Salvador: capital baiana teve alta de 2,96% nos preços de aluguel no último mês (Leandro Fonseca/Exame)

Farol de Itapuâ em Salvador: capital baiana teve alta de 2,96% nos preços de aluguel no último mês (Leandro Fonseca/Exame)

Beatriz Quesada
Beatriz Quesada

Repórter de Invest

Publicado em 18 de junho de 2024 às 12h18.

Última atualização em 18 de junho de 2024 às 16h06.

A cidade de Salvador foi a capital que registrou a maior alta nos preços de aluguel de imóveis residenciais em maio. As informações são do Índice FipeZap, que analisa mensalmente a dinâmica de preços em 25 cidades selecionadas – entre elas, 11 capitais.

A capital baiana registrou um aumento de 2,96% nos preços de aluguel no último mês e foi seguida por outras capitais do Sul e Sudeste: Belo Horizonte vem em segundo lugar, com alta de 1,96%, seguida por Curitiba, com avanço de 1,88%.

A média do Índice FipeZap foi de um avanço de 1,25% – leve desaceleração na comparação com a alta de 1,38% em abril. O resultado ficou acima dos dois principais índices de inflação observados pelo mercado imobiliário. O IGPM/FGV subiu 0,89% no mês, enquanto a prévia da inflação (IPCA-15) avançou 0,46%.

Das 25 cidades analisadas, apenas uma não registrou alta nos preços: São José do Rio Preto (SP), com redução de 0,83%. No acumulado do ano, no entanto, a cidade apresenta uma alta de 7,97%.

No acumulado do ano, Salvador também é a capital com a maior alta, com avanço de 11,83%. Na sequência, Brasília avançou 10,8%, e Curitiba teve alta de 9,65%.

Por que os preços subiram em Salvador?

A variação mensal registrada em Salvador é a maior em mais de um ano. Segundo o FipeZap, o avanço é resultado da melhora do mercado de trabalho local no primeiro trimestre deste ano.

"De acordo com dados da PNADC/IBGE trimestral, a taxa de desocupação caiu 0,5 ponto percentual entre o 1º trimestre do ano passado, quando era de 16,7%, e o mesmo trimestre deste ano. Essa queda não foi acompanhada por um aumento do rendimento real para a média geral. Contudo, os trabalhadores de menor nível de escolaridade (até o ensino médio completo) tiveram aumento real de renda advinda do trabalho", afirmou, em nota, Paula Reis, economista DataZAP.

Barueri (SP) é cidade mais cara para aluguel

Entre as 25 cidades brasileiras analisadas, a cidade de Barueri (SP) mantém a liderança nos preços de aluguel, com cobrança de R$ 60,11 por metro quadrado. 

Vizinha à capital paulista, a cidade é conhecida principalmente pelo segmento de alto padrão em Alphaville, bairro nobre do município que dá nome também a condomínios de luxo erguidos na região.

Barueri ultrapassou o preço do metro quadrado de São Paulo em setembro do ano passado, e foi a cidade onde o aluguel ficou mais caro no acumulado de 2023. A capital é a segunda colocada em preços, cobrando R$ 54,37 por metro quadrado. Em terceiro lugar, Florianópolis cobra R$ 53,14 por metro quadrado.

O preço médio do aluguel de imóveis residenciais calculado pelo índice foi de R$ 45,29 por metro quadrado.

 Metodologia do Índice FipeZAP de Locação Residencial

O Índice FipeZAP de Locação Residencial avalia os preços de locação residencial em 25 cidades brasileiras.  Os preços considerados se referem a anúncios para novos aluguéis. 

O índice não incorpora em seu cálculo a correção dos aluguéis vigentes, cujos valores são reajustados periodicamente de acordo com o especificado em contrato. Segundo o FipeZAP, isso permite que o índice capte de forma mais dinâmica a evolução da oferta e da demanda por moradia ao longo do tempo.

Acompanhe tudo sobre:aluguel-de-imoveisImóveisindice-fipezapSalvadorBahiaBaruerisao-paulo

Mais de Mercado Imobiliário

CMN regulamenta utilização de imóvel como garantia em mais de uma operação de crédito imobiliário

É possível comprar um apartamento ganhando só um salário mínimo?

Como funciona um feirão de imóveis?

Londres aprova construção de arranha-céu de 309 metros