Projeto cria hijabs de Barbies para celebrar a inclusão
Três mães de Pittsburg, nos EUA, inventaram o projeto “Hello Hijab”, no qual celebram a inclusão e a luta contra a islamofobia
Da Redação
Publicado em 29 de março de 2017 às 11h30.
Última atualização em 29 de março de 2017 às 15h04.
Os brinquedos são parte fundamental na formação dos paradigmas e modelos que as crianças terão no futuro.
Dessa forma, bonecas que fazem sucesso com a cabeça da criançada, como a Barbie , suas roupas, seu corpo e a história que lhe é atribuída são fortes elementos na construção do imaginário popular, assim como na maneira com que meninas e meninos se veem, olham seu corpo, sua própria história.
Pensando nisso, três mães de Pittsburg, nos EUA, inventaram o projeto “Hello Hijab”, no qual celebram a inclusão e a luta contra a islamofobia.
Tudo começou quando a mãe, Giselle Fetterman, percebeu que nenhuma boneca se parecia com as amigas muçulmanas de sua filha.
Então, para contribuir com um mundo por vir mais amigável e menos preconceituoso, ela percebeu que era importante que suas filhas brincassem com bonecas diferentes delas próprias – e que outras amiguinhas pudessem se identificar também com os brinquedos diretamente.
Ela então chamou Safaa Bokhari e Kristen Michaels, juntas, as três mães deram início ao projeto.
Desde a infância cristalizamos conceitos e padrões sobre diversos aspectos da vida na cabeça das nossas crianças.
Considerando este fato, a ideia de criar pequenos hijabs (aqueles capuzes que as mulheres muçulmanas costumam usar) adaptados às bonecas, abre a possibilidade de outras crianças se enxergarem nas bonecas e perceberem o mundo de uma forma mais abrangente e diversificada.
Assim, as Barbies deixam de representar somente um só tipo de criança, e passam a incluir outras características e refletir uma sociedade mais ampla e múltipla.
É por isso que a representatividade é tão importante, e precisa se estender também aos brinquedos.
Cada hijab custa 6 dólares, e estarão disponíveis a partir do dia 01 de abril.
Toda a renda será destinada para organizações que lutam pela inclusão e pelas comunidades multiculturais.
Este conteúdo foi publicado originalmente no site da AdNews .