Os 10 maiores vacilos das marcas nas redes sociais em 2015
O ecossistema da web permite que um vacilo reproduzido por uma marca ganhe proporções sem precedentes em questão de minutos
Da Redação
Publicado em 28 de novembro de 2015 às 20h22.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h25.
São Paulo - Se esse foi o ano de consagração para profissionais, agências e anunciantes que trabalharam bem as redes sociais com a criação do primeiro prêmio Share de Social Media, por outro lado, é bem verdade que o aprendizado e a evolução natural da prática continua passando por alguns tropeços no caminho. O que impressiona mais é a velocidade e a capacidade de multiplicação desses erros, já que o ecossistema da web permite que um vacilo reproduzido por uma marca ganhe proporções sem precedentes em questão de minutos. É curioso e até contraditório analisar que a mesma internet que exige versatilidade e agilidade para não perder o timing das coisas, é aquela que pode detonar uma empresa com uma ação mal sucedida, onde a pressa atropela a estratégia. Confira abaixo algumas pisadas na bola que aconteceram neste ano. A lista foi gerada através de consulta e troca de ideias com alguns dos profissionais da área mais respeitados do momento. A ideia aqui não é apontar o dedo para o erro, mas fazer esse mercado ainda muito jovem refletir e evitar novas derrapadas no futuro das sinuosas curvas dessa estrada chamada social media:
Com o título #SemMimimi, a campanha para Novalfem tentou fazer uma releitura da sensação de desconforto que as dores causam nas mulheres por meio de um termo usado nas redes sociais e empregado em diversas situações do cotidiano. Muita gente, entretanto, entendeu que a marca empregou o termo "mimimi" como uma possível "frescura" com relação às sensações da mulher durante o período pré-menstrual.
Pegando carona na campanha protagonizada pela bailarina Aline Riscado, a "Verão", a Itaipava criou a hashtag #ficaverao para estimular a interação dos usuários da rede social e passou a responder cada um deles utilizando uma resposta automática. O problema? Nem todo mundo entrou na onda para pedir que o "Verão" continue.
Há alguns anos a Claro fechou uma parceria com Ronaldo. A ideia era que o ex-jogador, na época ainda em atividade, utilizasse o perfil @ClaroRonaldo no Twitter. Acontece que o tempo passou, a parceria a acabou e o perfil mudou de nome. O problema? Os tuites antigos não foram apagados, o que modifica hoje totalmente o contexto das postagens. A "gafe" ganhou mídia em vários veículos.
Em principio, parece interessante a ideia de falar sobre vídeos íntimos. O problema, segundo inúmeros consumidores, é a contradição de usar um suposto vídeo vazado para dizer que é errado vazar vídeos íntimos. Além disso, muita gente contestou a metáfora entre o "vazamento" na menstruação e o "vazamento" de imagens intimas.
Alguns usuários reclamaram do "excesso" de intimidade utilizado nas mensagens do Banco do Brasil no Dia dos Pais. Infelizmente a mensagem automática gerou alguns constrangimentos, como no tuite da imagem. Novamente a importância do contexto se mostra presente.
O post da Fast Shop promove uma "Oferta Especial Semana da Mulher" e traz uma máquina de lavar da Samsung como oferta. "Tenha mais tempo livre", diz o texto da peça. Nem é preciso dizer o quanto a peça repercutiu mal em meio ao público, principalmente no ápice da discussão sobre o empoderamento feminino e a igualdade de gêneros.
Uma imagem de Charles Chaplin em "Tempos Modernos" ilustrou uma postagem do Palácio do Planalto sobre um Plano de Proteção ao Emprego. Num cenário de desemprego crescente, a MP permite a redução da jornada de trabalho, com corte dos salários em até 30%, em momentos de crise. Acontece que a obra fazia uma crítica à alienação e a exploração do trabalhador industrial.
A jornalista Leka Peres foi até a lanchonete The Dog Haüs e elogiou a qualidade dos lanches e o atendimento do local, mas fez algumas críticas as placas da ambientação do espaço que ela considerou machista. O que ela não esperava, entretanto, era a resposta agressiva e uma troca de farpas tão intensa nas redes sociais.
O app "Patrulha da Noite", criado pela HBO, "torna" os usuários membros dos fictícios corvos da muralha, responsáveis por proteger os Sete Reinos dos perigos das terras selvagens. A campanha poderia ter arrebatado todos que acompanham GOT se a HBO não tivesse seguido a história ao pé da letra. Assim como acontece em "As Crônicas de Gelo e Fogo", onde a Patrulha da Noite é composta apenas por homens, o aplicativo, quando conectado ao Facebook, barra as mulheres que tentam acessá-lo, o que gerou muitas reclamações.
O Ministério da Justiça escreveu em seu perfil oficial no Facebook que os "Jihadistas" vêm ao Brasil "para trazer progresso ao nosso país" e, por isso, "merecem respeito". Precisa dizer mais alguma coisa?
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