Marketing

Uso de 'ad blocks' cresce 41% e preocupa anunciantes

Já são 198 milhões de usuários no mundo. E o número, para desespero dos anunciantes, vai crescer


	Smartphone: uso de programas que bloqueiam propaganda na internet fará as empresas anunciantes perderem quase 22 bilhões de dólares em 2015
 (thinkstock)

Smartphone: uso de programas que bloqueiam propaganda na internet fará as empresas anunciantes perderem quase 22 bilhões de dólares em 2015 (thinkstock)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 10 de agosto de 2015 às 16h39.

São Paulo - O uso de "ad blocks", programas que bloqueiam as propagandas e anúncios na internet, cresceu 41% no último ano.

O número deixou os anunciantes da mídia online bem preocupados.

Atualmente, são 198 milhões de usuários ativos no mundo, segundo a PageFair and Adobe. Em 2010, eram apenas 21 milhões.

Em 2015, o uso desses programas custará cerca de 21,8 bilhões de dólares às empresas anunciantes. Isso é cerca de 14% do faturamento global do segmento.

Em 2016, a previsão é ainda pior: perda de 41,4 bilhões em receita ao redor do globo.

Vantagens

O Adblock é a mais popular extensão de browser do tipo que existe atualmente.

Ele bloqueia todos os anúncios da internet que aparecem nas páginas que o usuário acessar. Já foi baixado mais de 300 milhões de vezes.

Gratuito, diz que bloqueia banners, pop-ups e vídeos.

Para os usuários da internet, "ad blocks" são seus melhores amigos. Para empresas como Google e outros anunciantes, uma grande dor de cabeça.

Inclusive, um escândalo recente revelou que gigantes do meio estavam tentando "burlar" o sistema mediante pagamentos.

O uso desses programas cresceu lentamente até janeiro de 2013. Naquele momento, contudo, o crescimento foi acelarado.

Afetados

Segundo a pesquisa, sites de games são os mais afetados pelos bloqueadores de propaganda: 26,5%. Depois vêm os sites de redes sociais (19,1%), sites sobre tecnologia e internet (17%) e sites de educação (16,9%).

Na lista, ainda aparecem sites de esporte, sites de finanças e sites sobre automóveis, entre outros.

Os americanos respondem pela maior parte dos usuários desses programas: 45 milhões de usuários.

No Brasil, a penetração desses programas é baixa: apenas 6%. Nos EUA e Argentina, é de 15%. Já em países como Grécia e Polônia, passa dos 35%.

Celulares

Apenas 1,6% dos bloqueios acontece em sites acessados via mobile. Todo o restante vem dos acessos de desktop (apesar de 38% dos acessos da internet no mundo já acontecerem pelo smartphone).

Essa realidade pode estar prestes a mudar. Segundo o site Business Insider, a Apple poderia permitir, no iOS9, o desenvolvimento de aplicativos de ad block para iPhone e iPad.

Isso causaria um impacto tremento no mundo da publicidade, já que o Safari, da Apple, representa 52% dos acessos de browser mobile.

Mas, claro, atualizar o celular para o novo iOS9 não significaria nada. Os usuários ainda teriam de ter interesse e iniciativa para baixar seus apps de ad block.

Acompanhe tudo sobre:Anúncios publicitáriosAppleEmpresasEmpresas americanasempresas-de-tecnologiaIndústria eletroeletrônicaInternetPublicidadeSmartphonesTecnologia da informação

Mais de Marketing

Morre aos 80 anos Jaques Lewkowicz, fundador da agência Lew'Lara

Os times de futebol mais valiosos do Brasil e do mundo em 2024

As 10 marcas mais inclusivas do mundo, segundo pesquisa; Google lidera ranking

Igor Puga é o novo CMO da Zamp, dona do Burger King e Popeyes

Mais na Exame