Flavia Rosário, general manager da Manychat no Brasil, e Monique Evelle, nova embaixadora da plataforma (Divulgação)
Editora-assistente de Marketing e Projetos Especiais
Publicado em 16 de outubro de 2024 às 21h03.
A ManyChat, plataforma americana que atua como uma ferramenta de automação de chat marketing, está expandindo sua operação no Brasil, agora com foco na crescente economia criativa do país, que já é o seu segundo maior mercado.
Fundada em 2015 e presente em mais de 180 países, a empresa desembarcou oficialmente no Brasil no início deste ano. Atualmente, o país conta com 200 mil usuários de uma base global que ultrapassa 1 milhão de clientes.
A operação local, em São Paulo, dobrou de tamanho nos últimos meses, passando de 10 para 20 profissionais, e se integra a outras quatro unidades da ManyChat no mundo: Estados Unidos, Espanha, Holanda e Armênia. Globalmente, são 150 funcionários.
Inicialmente focada em pequenos negócios, a empresa enxergou nas parcerias com celebridades e criadores de conteúdo uma oportunidade para crescer no Brasil. E não à toa: os brasileiros geram mais conversas na plataforma do que em qualquer outra parte do mundo.
Entre janeiro e julho de 2024, a ManyChat registrou mais de 250 milhões de interações no país, superando, por exemplo, a Europa e a Ásia. “De todos os setores, o de criadores de conteúdo é de longe o que mais aproveita o poder da automação de conversas. O volume é até cinco vezes maior do que de outros tipos de usuários", diz Flavia Rosário, general manager da Manychat no Brasil.
De acordo com estudo de 2023 da Meta, divulgado pela consultoria Youpix, dos 300 milhões de criadores no mundo, cerca de 20 milhões são brasileiros. Desde 2011, a economia criativa movimenta mais de R$ 30 bilhões no país. Globalmente, o setor gera anualmente cerca de US$ 250 bilhões, com projeções de alcançar US$ 480 bilhões até 2027, conforme relatório do Goldman Sachs.
Basicamente, a ferramenta de chat marketing da empresa – que é parceira oficial da Meta - integra robôs a canais como Instagram, Facebook, e-mail, SMS e WhatsApp, facilitando as interações de pequenos negócios com seus consumidores e de influenciadores com suas comunidades.
Entre os usuários da ferramenta estão nomes como Mario Sergio Cortella, Giovanna Antonelli, Monja Cohen, Alice Salazar e Monique Evelle, que recentemente se tornou embaixadora oficial da marca. Muitos deles já conheciam a empresa antes de sua chegada ao Brasil.
"É super relevante estarmos presentes em um país com uma economia criativa forte e vibrante, onde cerca de 15 milhões de pessoas já operam negócios nesse setor. Queremos estar próximos dessas referências e apoiar quem deseja abrir seus próprios empreendimentos, ajudando-os a se profissionalizarem", afirma Rosário.
A missão da plataforma é oferecer uma maneira simples e intuitiva de automatizar o engajamento com o público nas redes sociais, permitindo que influenciadores e empreendedores se concentrem na criação de conteúdo e na construção de suas marcas.
“A ferramenta cuida de tarefas operacionais, como crescimento de base e atendimento ao cliente. Dessa forma, esses profissionais ganham tempo e energia para se dedicarem ao que realmente importa: criar conteúdo de qualidade”, destaca a executiva.
Desde que começou a usar a ManyChat, antes de se tornar embaixadora da marca, Monique Evelle percebeu um aumento significativo nas vendas e no engajamento de sua comunidade online. Ela usa a plataforma para gerenciar o contato com seus seguidores, automatizar o envio de mensagens e promover seus cursos e eventos.
“Consegui definir uma estratégia mais personalizada, ou seja, é a Monique falando, sem perder a essência, e aumentei em 40% as vendas do meu curso. Antes, estava perdendo potenciais clientes por não conseguir responder a todas as mensagens, mesmo com uma equipe para ajudar”, lembra Evelle, que, além de jornalista, empresária e influenciadora, integra o Shark Tank Brasil.
Para ela, a ferramenta auxilia na profissionalização da creator economy ao permitir criar um canal de comunicação direto, automatizado e personalizado com os seguidores, transformando audiências em comunidades. “Isso se reflete em maior engajamento e geração de novos negócios”, diz. “Muitos creators ainda não compreendem que existem diversas formas de monetização. Por um tempo, a jornada se concentrou na famosa 'publi', mas esse modelo não garante a sustentabilidade de um negócio”, complementa.
Um dos fatores que a levaram a apostar na ManyChat foi a simplicidade e facilidade de uso da ferramenta, bem como a integração com outras plataformas como a Hotmart. A empresa opera por meio de um sistema de assinatura com um apelo 'freemium'. A comunicação é gratuita para até 1.000 clientes. Para um número maior, é cobrada uma taxa de 15 dólares por mês, equivalente a aproximadamente R$ 80 na cotação atual.
"As pessoas podem ir além do chatbot. Com esse engajamento de marketing, é possível transitar de um texto simples no WhatsApp até o uso de imagens e vídeos", afirma a general manager, que projeta a expansão da plataforma com as novas funcionalidades.
A estratégia de expansão da ManyChat no Brasil envolve o lançamento de novos recursos, como a inteligência artificial (IA), para tornar a plataforma ainda mais poderosa e personalizada.
Entre as novidades anunciadas durante o Instagram Summit’24, no último dia 2, em São Paulo, estão o suporte em português e a ManyChat AI, um recurso adicional que os usuários do plano PRO podem assinar por 29 dólares por mês. O pacote inclui soluções que oferecem automação mais inteligente para conversas mais relevantes, com o objetivo de aumentar o engajamento e promover mais conversões.
A empresa americana também tem buscado parcerias com plataformas relevantes para a economia criativa no Brasil e investido em eventos como o Web Summit e o Hotmart Fire para aumentar o reconhecimento da marca e educar o mercado sobre as vantagens da automação.
"A ideia é continuar investindo em produtos que atendam às necessidades do público brasileiro. Temos buscado entender como eles utilizam as redes sociais e o que é necessário para que possam criar mais engajamento e vender por meio da plataforma, incorporando essas informações ao desenvolvimento de produtos”, finaliza Rosário.