Ivanka Trump: a filha mais velha do presidente americano, que assim como o pai é tanto uma marca quanto uma pessoa, lançou uma campanha legal internacional para proteger seu nome (Carlo Allegri/Reuters)
Da Redação
Publicado em 19 de abril de 2017 às 16h36.
Nova York - Ivanka Trump é uma das mulheres mais famosas do planeta. E certamente é a Ivanka mais famosa. Ao acompanhar a chegada de seu pai à Casa Branca, o destaque dela, inclusive, gerou um aumento do número de bebês chamados Ivanka.
A filha mais velha do presidente dos EUA esculpiu cuidadosamente sua imagem desde que se converteu em figura pública como juíza do reality show do pai.
Agora, com cargo no governo dele, a enorme fama dessa mulher de 35 anos popularizou rapidamente seu primeiro nome, Ivanka -- como no caso de Oprah e Cher.
Mas, neste caso, toda essa publicidade não é necessariamente boa. Ivanka, que assim como o pai é tanto uma marca quanto uma pessoa, lançou uma campanha legal internacional para proteger seu nome. Inclusive seu primeiro nome.
Na China, onde ela é considerada modelo de sucesso em alguns setores, os empreendedores locais estão correndo para usar a marca registrada Ivanka Trump. Eles esperam ter sucesso em todo tipo de produto, desde absorventes íntimos até gomas de mascar com a marca Ivanka.
Como parte de sua estratégia de propriedade intelectual, a empresa de Trump entrou com uma série de pedidos para transformar apenas a palavra Ivanka em marca comercial na China. Abigail Klem, presidente da marca Ivanka Trump, disse que “o aumento dos pedidos de registro de marca por terceiros sem relação com ela” levou a empresa a se mexer rapidamente para garantir seus direitos “em regiões onde a violação das marcas registradas é comum”.
Nos EUA, Ivanka Trump também está tomando providências para impedir qualquer pessoa de lucrar com seu nome.
Em dezembro, sua empresa holding de propriedade intelectual, a Ivanka Trump Marks, registrou a marca comercial “Ivanka” para itens de moda que vão de vestidos e saias a lenços e ponchos.
Nos últimos cinco anos, a empresa procurou colocar a marca comercial em categorias como jaquetas, bolsas, óculos e uma série de itens domésticos, desde fronhas até potes para bolachas.
Um porta-voz afirmou que por enquanto a marca não tem planos imediatos de retirar o sobrenome Trump dos produtos existentes. Mas a obtenção de marca registrada apenas para seu primeiro nome dará a ela essa opção.
Com uma fama maior, a capacidade de Ivanka de defender suas marcas comerciais será reforçada. Mesmo que sua marca não deixe o sobrenome Trump de lado, ficará cada vez mais difícil, por exemplo, que uma designer de moda em ascensão também chamada Ivanka venda produtos com esse nome.
“Realmente nunca tivemos uma primeira família tão interessada em explorar seus nomes como consequência do grau de exposição inerente à presidência”, disse Michelle Mancino Marsh, advogada de propriedade intelectual da Arent Fox especializada em moda. “É provável que Ivanka atualmente seja considerada uma marca famosa.”