Gafes? 10 ações de marketing que saíram pela culatra em 2014
O outdoor de Suárez não está sozinho. Confira os produtos e campanhas saíram do roteiro para as marcas em 2014 - até agora
Da Redação
Publicado em 27 de junho de 2014 às 14h45.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h08.
São Paulo - “Teria a Adidas previsto a mordida de Suárez?”, pergunta um usuário no Twitter. O motivo é o outdoor da marca com o jogador uruguaio posando de dentes escancarados, e que desde a mordida que o retirou da Copa virou ponto turístico e cenário de brincadeiras para torcedores no Rio.A coincidência foi inesperada para a patrocinadora do atleta, que antes disso havia anunciado a suspensão de toda a publicidade com o jogador até o fim do mundial, numa tentativa de desassociar sua imagem à do atacante. Mas o barulho já acontecia espontaneamente nas ruas, e a medida saiu tarde demais - para o bem ou para o mal da empresa, pois há quem diga que o episódio ajudou a promover o anúncio da marca.Nem sempre as ações de marketing saem como o roteiro planejou, e a empresa de artigos esportivos é só a mais recente de uma lista grande casos duvidosos ao longo de 2014. Relembre alguns nas imagens a seguir.
Não deu tempo: no mesmo dia em que a Adidas anunciou que suspenderia as campanhas com Suarez, jogador do qual é patrocinadora, um outdoor com o atleta virou ponto de peregrinação no Rio. O anúncio com o uruguaio, que ironicamente aparece com os dentes escancarados, tornou-se cenário para torcedores que fingem serem abocanhados no braço ou no pescoço em Copacabana. Há quem diga, por outro lado, que o episódio garantiu exposição muito além do esperado para a marca.
Em maio o McDonald’s introduziu Happy, o novo mascote da rede inspirado na caixinha do McLanche Feliz. A surpresa foi a reação negativa imediata que o personagem gerou no público adulto - as redes sociais se encheram de protestos contra o visual do desenho. Assustador, material para pesadelos e e apavorante foram características apontadas. Apesar da reação, a marca anunciou que não irá aposentar o mascote.
Ocorrida em abril, a ação dividiu opiniões e dominou conversas no Brasil inteiro. Quando Neymar publicou uma foto, ao lado de seu filho, em apoio ao jogador vítima de racismo Daniel Alves, críticos acusaram a ação criada pela agência Loducca de “falta de espontaneidade”. O saldo ficou dividido entre uma enxurrada de críticas e a repercussão internacional através de prêmios, como no festival de publicidade Cannes Lions, que ocorreu neste mês.
Em sua página no Facebook, a marca BomNegócio.com publicou um post que deveria ser inocente - um casal de usuários que supostamente havia enviado uma fotografia em que comemoravam o carro novo comprado através do site. O problema? A foto foi retirada de bancos de imagens como Getty Images e ShutterStock. Imediatamente, a gafe virou meme e material para piada internet afora.
Era para ser só mais uma conversa costumeira de relacionamento com o cliente no Twitter. Mas a publicação no perfil oficial da US. Airways gerou o caos. Uma consumidora que reclamava de um voo atrasado foi respondida com uma imagem pornográfica e o erro da empresa, é claro, não foi perdoado pela internet. Alguns dias negros se seguiram para a imagem da marca, que ainda demorou mais de uma hora para apagar o tuíte original.
A Adidas também passou por maus bocados com o lançamento de uma coleção sobre o Brasil no começo deste ano. Acusadas de incentivar o turismo sexual, as camisas tinham estampas como "Looking to score", que pode ser traduzida por "em busca dos gols", mas também é uma gíria que significa "pegar garotas". Ao lado, um desenho de uma mulher de biquíni. Por conta da recepção negativa, as vendas foram suspensas.
A grife CoolCat, da Holanda, precisou encaixotar uma linha de camisetas com a estampa da bandeira do Brasil ao lado da palavra "merda", em caixa alta. O lançamento virou alvo de protestos azedos de brasileiros nas redes sociais. Além do Brasil, outros países também ganharam estampas polêmicas. A bandeira da Inglaterra recebeu a inscrição "bastards", e a da Espanha foi associada à palavra "putas". A empresa se retratou em comunicado.
O tema da campanha Quilinhos, da Avon, era a conversa de uma mulher com sua imagem no espelho. Equilibrando broncas e elogios, a personagem discute os efeitos do exagero na comida na noite anterior. A marca não contava com a reação das internautas, que criticaram as cobranças e o que chamaram de “incentivo a paranoia feminina”. A Avon pediu desculpas e o vídeo foi retirado do ar.
Depois de revistas e anúncios, a Target aumentou a lista de e-commerce que erram a mão do Photoshop. A loja de departamento distorceu de maneira vergonhosa a silhueta de uma modelo. Para alongar as pernas de uma jovem que aparece vestida de biquíni em sua loja virtual, a rede decidiu cortar entre as pernas da imagem. O erro gerou tanta repercussão que a empresa apagou o link e se retratou publicamente.
Um anúncio da Apple no jornal americano New York Times acabou protagonizando uma gafe com o acidente de avião da Malásia no começo deste ano. A versão para tablet do veículo destacou uma propaganda da marca com um homem usando o iPad Air embaixo d’água. Na mesma página, a notícia do desaparecimento do avião da Malaysia Airlines no mar acabou gerando desconforto, apontado por internautas. Ambas as marcas pediram desculpas.
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