São Paulo - Ontem (9), a Apple lançou o tão esperado iPhone 6 - e sua versão Plus (além do Apple Watch). Não podia ser diferente: uma comoção mundial.

Como sempre, o lançamento foi ansiosamente aguardado por milhões e coberto pela mídia internacional com afinco.

Em 30 anos, tudo mudou em termos de comunicação e tecnologia. A Apple, claro, não é mais a mesma.

Mas uma coisa não mudou: a mística em torno da empresa, o modo como o marketing da Apple veste os seus produtos com um manto futurístico, quase de ficção científica. "O futuro chegou", parecem dizer.

1984

Veja, por exemplo, esse icônico vídeo de 1984, quando um jovem Steve Jobs apresenta o Macintosh - fato que mudou para sempre a história dos computadores.

Nele, é possível ver o discurso de Jobs, que explica as revoluções do novo computador pessoal, entre uma piada e outra. A plateia vai ao delírio.

Depois, vem a propaganda (a partir dos 8'55). Repare no tom robótico e lacônico do narrador, a filmagem misteriosa do aparelho sendo revelado aos poucos, a música de fundo vinda direto de um filme de ficção científica.

Qualquer semelhança com o filme "2001: Uma Odisseia No Espaço" (Stanley Kubrick, 1968), do famoso robô HAL-9000, não é mera coincidência. É um filme do futuro, sobre um produto vindo do espaço.

Não é à toa que o Macintosh "fala" em determinado momento na apresentação de Jobs. E a plateia vê diante de si o século 21 - parecido com um episódio de "Os Jetsons".

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2014

Agora veja a propaganda de 2014, três décadas depois, dos novos smartphones.

A campanha é feita pelo cantor Justin Timberlake e pelo comediante Jimmy Fallon.

Eles nem aparecem no vídeo. Apenas cantarolam. O quê? Sim, a famosa música clássica de "2001: Uma Odisseia No Espaço". Essa aqui.

"O futuro chegou". E o monolito negro e misterioso que perturba os primatas no filme de Kubrick, aparentemente, é o novo iPhone.

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