Apesar da baixa audiência, grandes marcas vão anunciar durante o Oscar
Intervalos do Oscar custam entre 2 e 2,3 milhões de dólares para as marcas anunciantes
Guilherme Dearo
Publicado em 23 de fevereiro de 2019 às 06h00.
Última atualização em 23 de fevereiro de 2019 às 06h00.
São Paulo - A rede televisiva americana ABC, que vai transmitir a cerimônia do Oscar amanhã (24), já tem a expertise de décadas: é responsável por televisionar a premiação mais aguardada da indústria do cinema desde 1960. Mas 2019, quando o Oscar completa 91 anos, foi especialmente problemático e trouxe dificuldades nos meses que antecederam a fatídica noite.
Histórico de queda de audiência, crise na Academia para encontrar um anfitrião (no fim, não haverá um, somente apresentadores para cada prêmio) e críticas pesadas por conta da decisão, depois revertida, de transmitir a premiação de quatro categorias durante os comerciais (historicamente, todas as premiações são ao vivo e recebem igual tratamento durante a cerimônia) foram alguns dos problemas que deixaram a ABC menos confortável do que de costume.
Mesmo assim, não houve dificuldades em arranjar marcas parceiras para anunciar nos intervalos comerciais.Apesar da audiência em queda (em 2018, foram 26,5 milhões de espectadores, o pior número da história recente - neste século, as boas audiências beiravam os 45 milhões), grandes empresas continuam interessadas no espaço nobre da ABC durante o Oscar. O contrato da ABC com o Oscar vai até 2026.
O espaço de 30 segundos no intervalo comercial da premiação custa entre US$ 2 milhões US$ 2,3 milhões. Em outros anos, a emissora arrecadou cerca de US$ 120 milhões dos anunciantes. É um dos intervalos mais caros da televisão, mas ainda longe do preço do campeão Super Bowl, onde 30 segundos passam dos US$ 5 milhões.
Em 2019, haverá comerciais de Cadillac,Google, Rolex, Verizon, Walmart, Budweiser, McDonald’s,Paramount e Walt Disney Studios, entre outras marcas. Estas sabem que a audiência televisiva, se está em queda, parte se deve ao fenômeno da divisão da transmissão: muitas pessoas assistem aos prêmios online e em serviços on demand, o que não acontecia 15 anos atrás. A cerimônia atrai desde marcas populares entre os americanos, como Bud e McDonald's, até aquelas mais de luxo e segmentadas, como Cadillac e Rolex, que ficam de olho em um público de maior poder aquisitivo.
Mas, para os brasileiros que preferem ver a versão com a sempre atrapalhada tradução simultânea na TNT, os comerciais serão diferentes. Na TNT, haverá comerciais de Stella Artois, Colgate, Nespresso, Samsung, Ford e Advil, entre outras marcas.