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Rio Bravo lança fundo de crédito para infraestrutura com foco em ESG

A carteira do fundo será composta majoritariamente por ativos incentivados, como as debêntures incentivadas

Victor Tâmega, da Rio Bravo: Há uma crescente oportunidade de investimento no setor devido à redução do financiamento estatal subsidiado, ao grande pipeline de projetos, aos leilões disputados (Rio Bravo/Divulgação/Divulgação)

Karla Mamona

Publicado em 23 de junho de 2022 às 13h29.

A Rio Bravo Investimentos anunciou nesta quinta-feira, 23, um fundo de crédito para infraestrutura com foco em ESG. A captação do do Rio Bravo ESG FIC de FI Infra foi de R$ 31,147 milhões. A distribuição pública primária de cotas teve a Warren como coordenadora líder. O fundo tem previsão de início de listagem hoje, sob o ticker RBIF11. A cota começa a ser negociada em um patamar de 100 reais e é aberto para investidores em geral.

A carteira do fundo será composta majoritariamente por ativos incentivados, como as debêntures incentivadas, que se enquadrem na Lei nº 12.431. Victor Tâmega, gerente sênior de Infraestrutura da Rio Bravo e gestor do RBIFF11, explica que o momento é singular para investimentos em infraestrutura. “Há uma crescente oportunidade de investimento no setor devido à redução do financiamento estatal subsidiado, ao grande pipeline de projetos, aos leilões disputados e ao desenvolvimento do mercado de capitais no financiamento da infraestrutura.”

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De acordo com a gestora, o fundo RBIF11 surge como uma opção de investimento em crédito orientado para ESG, com critérios bem definidos e objetivos, com a liquidez de fundos listados em bolsa. Para acompanhar a qualidade do crédito na carteira, os ativos investidos deverão ter um rating mínimo, atribuído por agência classificadora de risco especializada e independente. O objetivo do fundo é ter papéis atrelados ao IPCA, visando proteção contra a inflação no longo prazo. O RBIF11 terá distribuição trimestral, podendo ser mensal, a critério do gestor.

A gestão ativa do fundo está a cargo da Rio Bravo, que fará seleção, alocação, monitoramento e desinvestimento dos ativos por meio de alocação estratégica (foco no longo prazo) e gestão tática (possíveis ganhos de capital intermediários). “Queremos valorizar as empresas que estão ativamente evoluindo na adoção de políticas sustentáveis”, afirmou Evandro Buccini, diretor de Renda Fixa e Multimercados da Rio Bravo.

No fundo, serão utilizados critérios de elegibilidade e categorização de riscos para determinar os ativos e qualificar os emissores. Após o processo de elegibilidade do ativo, o filtro positivo avalia a sua adicionalidade socioambiental, como a mensuração de possíveis faixas de emissões de carbono e de outros gases de efeito estufa, medidas de adaptação às mudanças climáticas e envolvimento em atividades controversas, como o desmatamento. Do ponto de vista social, serão mensurados potenciais impactos positivos ao desenvolvimento das comunidades locais, como acesso a bens e serviços e empregos, incluindo comparativo de índice de desenvolvimento humano (IDH).

Por outro lado, estão excluídas as companhias com atividades que não atendam à taxonomia do RBIF11 (classificação que impõem limites máximos e mínimos de alocação em segmentos de infraestrutura), incluindo a geração de energia elétrica de origem fóssil, à exceção do gás natural e hidrelétricas que não sejam a fio d’água, que também terão limitação na composição da carteira do RBIF11, pois representam riscos de grande impacto negativo para o meio ambiente ou para o meio social.

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