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Número investidoras cresce ano após ano, mas ainda há discrepâncias entre gêneros

Quantidade de mulheres na B3 cresce 375% desde 2019, mas ainda são um terço dos homens que investem em bolsa

Investidoras: 35% das mulheres afirmam ter alguma aplicação financeira  (getty images/Getty Images)

Investidoras: 35% das mulheres afirmam ter alguma aplicação financeira (getty images/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 8 de março de 2024 às 06h28.

O maior acesso à informação e a queda das taxas de juros durante a pandemia impulsionaram a busca por educação financeira nos últimos anos. A bolsa, que ficou décadas até bater um milhão de contas, já está próxima de bater 6 milhões. Com uma taxa de crescimento maior que a dos homens no mundo dos investimentos, as mulheres ganharam vêm ganhando espaço a cada ano.

A participação de mulheres com alguma aplicação financeira era de 35% no fim do ano passado, de acordo com pesquisa da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). A quantidade é 2 pontos percentuais (p.p.) maior que em 2022 e 7 p.p. acima da registrada em 2021. Apesar do aumento contínuo, o percentual ainda é abaixo dos 40% dos homens que afirmam ter alguma aplicação.

Discrepâncias ainda mais gritantes ocorrem em investimentos em bolsa, em que elas já são 375% a mais do que eram em 2019.  Apesar de toda a entrada de mulheres na bolsa nos últimos anos, a proporção do sexo feminino na B3 cresceu apenas 1,6 ponto percentual para 24,91%. Em termos nominais, são 4.403.454 homens para 1.460.809 mulheres na bolsa. 

Parte dessa diferença se deve às características de investimentos. De acordo com a pesquisa da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), 4% dos homens investem em ações contra 1% das mulheres.

Em criptoativos, com riscos ainda mais altos que o do mercado de ações,5% dos homens possuem alguma participação, contra 1% das mulheres. As mulheres também são proporcionalmente menos representativas em fundos (3% contra 6% dos homens) em títulos privados (3% contra 5%), compra e venda de imóveis (3% contra 5%) e em Tesouro Direto (1% contra 2% dos homens). O investimento preferido das mulheres, assim como o dos homens, é a poupança, que tem aplicação de 26% de ambos os gêneros.

Principal meio de informação

A pesquisa da Anbima mostra ainda que, apesar da menor participação em ativos, as mulheres investidores preferem falar pessoalmente com um gerente ou assessor financeiro antes de fazer uma aplicação. A proporção é de 28% das mulheres contra 19% dos homens. Elas também preferem falar com amigos e familiares (20% contra 18% dos homens).

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