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El-Erian diz que mercados superestimam cortes do Fed

Os mercados exageraram na precificação do ritmo e da quantidade de cortes de juros do Federal Reserve

Mohamed El-Erian: Acho que chegamos à virada, mas em relação ao que o mercado espera, não será tão rápido nem tão profundo (Bloomberg/Getty Images)
Bloomberg

Agência de notícias

Publicado em 19 de janeiro de 2024 às 13h52.

Os mercados exageraram na precificação do ritmo e da quantidade de cortes de juros do Federal Reserve , e ignoram uma inflação persistente, disse o economista e ex-CEO da Pimco, Mohamed El-Erian.

“Acho que chegamos à virada, mas em relação ao que o mercado espera, não será tão rápido nem tão profundo”, disse El-Erian, presidente do Queens’ College de Cambridge e colunista da Bloomberg Opinion.

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El-Erian, um dos nomes mais respeitados no mercado de renda fixa americano, disse que o Fed pode começar a cortar mais tarde do que os operadores esperam, provavelmente em meados do ano, “e não ficaria surpreso se terminarmos o ano com uma redução mais próxima do que o Fed sinalizou, que é de 75 pontos-base, em vez do que o mercado precificou”.

Os juros futuros americanos atualmente sinalizam cerca de 140 pontos-base de flexibilização este ano, abaixo do pico recente de cerca de 175 pontos-base, após críticas do diretor do Fed Christopher Waller às apostas em cortes agressivos edados de vendas no varejoque superaram as previsões.

Os mercados subestimam a inflação do setor de serviços, que ainda é superior à inflação de bens e terá de descer muito mais rapidamente, disse El-Erian em uma conferência do UBS Global Wealth Management em Hong Kong.

“Se você é um banco central que cometeu vários erros de política monetária nos últimos anos, a última coisa que você quer fazer é dar a impressão de que vai mudar sua meta, então não espere nenhuma mudança na meta de inflação”, disse El-Erian, um dos críticos mais contundentes da demora do Fed em começar seu ciclo de aperto monetário.

Os títulos do Tesouro americano de 10 anos podem terminar o ano negociados a taxas mais próximas de 4,5% do que de 3,5%, e o crescimento do PIB dos EUA pode chegar a cerca de 1% a 2%, disse El-Erian.

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