golden phone with IPO stocks purchase app on the screen on wooden table in office (Getty/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 18 de agosto de 2022 às 17h21.
O processo de abertura de capital de uma empresa na Bolsa de Valores, chamado de IPO, é um dos principais eventos para qualquer companhia.
Mas, apesar da sua importância, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre como funciona essa operação.
Neste artigo, vamos entender o que é IPO e como ele funciona. Além disso, vamos apresentar o passo a passo para quem deseja investir no lançamento das ações.
IPO é a sigla para “initial public offering”, ou “oferta pública inicial” em português. Na prática, ele corresponde ao processo pelo qual uma empresa passa a ter suas ações listadas em Bolsa.
Nesse caso, a companhia de capital fechado finalmente se torna uma companhia de capital aberto, recebendo novos sócios através de uma oferta de ações no mercado. Essa é uma grande conquista para a empresa, que agora poderá crescer ainda mais com o apoio dos investidores.
Vale destacar que o IPO é um processo complexo e regulamentado que envolve vários agentes.
Entre eles estão bancos contratados para coordenar a oferta, advogados especializados em questões regulatórias e contábeis, além da Bolsa de Valores onde as ações serão listadas.
Uma das principais funções dos bancos contratados para coordenar o IPO é organizar o “roadshow”. Isso consiste em uma série de apresentações da empresa realizadas por seus executivos e representantes dos bancos para investidores institucionais em potencial.
Sendo assim, o objetivo do roadshow é divulgar o negócio da companhia e atrair investidores interessados na compra das suas ações.
O processo de abertura de capital pode demorar um ano inteiro para ser concluído e os custos podem chegar à casa dos milhões de reais.
As empresas fazem uma oferta pública inicial a fim de levantar capital para expandir seus negócios, lançar novos produtos ou serviços, ou para reduzir sua dívida.
Além disso, ao realizar um IPO, a empresa acaba por aumentar a visibilidade e a liquidez de suas ações.
Cabe destacar ainda que ao abrir o capital, uma empresa se torna mais transparente com relação aos seus processos internos.
Isso significa que os investidores passam a ter acesso detalhado ao que acontece na empresa. Isso normalmente leva a dois resultados: um ganho de credibilidade e um maior reconhecimento público.
Ao elevar o nível de transparência sobre suas operações, a empresa demonstra que está preparada para crescer e se expandir. Em um ambiente de negócios mais transparente, o investidor sente mais confiança e segurança para realizar aportes.
Investir em IPO pode ser uma ótima maneira de obter acesso a uma empresa em crescimento antes que ela deslanche no mercado. Isso representa uma grande oportunidade para o investidor obter lucro significativo, caso as ações da companhia se valorizem após seu lançamento no mercado.
No entanto, é importante lembrar que nem todos os IPOs são bem-sucedidos e há riscos envolvidos.
Muitas vezes, as expectativas são altas demais e a empresa não consegue cumpri-las. Isso pode levar à queda no preço das ações e possíveis perdas para os investidores.
Além disso, existem outros riscos envolvidos na compra de ações em um IPO, incluindo o fato de que as informações disponíveis sobre a empresa podem ser limitadas. Logo, a venda de ações para o público em geral representaria um risco, já que você pode não ter uma visão clara de como a empresa opera e de seus planos para o futuro.
Além disso, os preços das ações podem cair rapidamente após o IPO, dependendo da percepção dos investidores sobre a nova companhia. Por isso, é importante avaliar cuidadosamente todos os riscos envolvidos antes de decidir investir.
Sendo assim, antes de investir em um IPO, é importante fazer sua própria pesquisa e consultar um gestor de investimento para avaliar se o risco vale o potencial de retorno.
Após a estreia da empresa na bolsa, os investidores podem negociar as ações no mercado secundário.
Isso significa que eles podem comprar e vender ações de uma empresa que já está listada na Bolsa de Valores.
Dessa forma, o mercado secundário é importante para o funcionamento da economia, pois movimenta grandes quantias de dinheiro e traz liquidez para os ativos.
Se você ficou interessado em participar de um IPO, apresentamos abaixo o passo a passo necessário para comprar ações no mercado primário.
Em primeiro lugar, é necessário que você tenha conta em uma corretora de valores. É essa instituição que irá fazer a intermediação dos negócios durante os IPOs.
Antes de investir em uma empresa que está realizando um IPO, é importante consultar os sites da CVM, da B3 ou junto à sua corretora para saber todos os detalhes sobre a companhia.
Essa é uma decisão importante e que deve ser tomada com consciência e atenção. Procure analisar as perspectivas dos negócios da empresa para ver se ela é viável e lucrativa no longo prazo.
Solicite junto a sua corretora os documentos necessários para realizar um pedido de reserva de ações. No formulário, indique o valor financeiro que pretende investir nas ações e espere as próximas etapas do processo acontecerem.
Pode ser necessário depositar uma garantia para assegurar sua participação no IPO. Após isso, aguarde o resultado do pedido e confirme sua participação no IPO.
Ao final do processo de bookbuilding você será informado sobre o preço final dos papéis e também sobre o número exato que conseguiu adquirir. Transfira os recursos para sua conta para que o pagamento aconteça.
Com esse procedimento, você garante a aquisição de um pacote de ações da empresa e se torna, de fato, um acionista da mesma.
Após realizar a compra dos ativos é essencial acompanhar o desempenho dos papéis negociados na B3.
Isso lhe dará uma visão clara da performance da empresa e dos rumos que ela está tomando. Assim você consegue ter uma ideia melhor do que esperar dela no futuro e poderá tomar as melhores decisões para o seu dinheiro.
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