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Uso de celular muda a realidade dos serviços bancários

Os segmentos internet banking e mobile banking responderam em 2015 pela gorda fatia de 54% das operações e serviços realizadas pelos bancos

Celulares: em quatro anos, os aplicativos de celular passaram de zero para 21% do total de operações efetuadas (lzf/Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2016 às 11h00.

A digitalização dos serviços bancários tem ganhado cada vez a confiança dos clientes e já soma mais da metade das operações realizadas no ano passado.

Segundo dados da Federação Brasileira de Bancos ( Febraban ), os segmentos internet banking e mobile banking responderam em 2015 pela gorda fatia de 54% das operações e serviços realizadas pelos bancos.

Porém o dado que mais chama a atenção no levantamento da Federação é o crescimento exponencial do segmento mobile em comparação com as demais opções de serviços.

Em quatro anos, os aplicativos de celular passaram de zero para 21% do total de operações efetuadas. Entre 2014 e 2015, o total de transações efetuadas pelo celular mais que dobrou, passando de 4,7 bilhões para 11,2 bilhões de operações.

Essa migração para plataformas online já é vista como permanente pelo mercado. Segundo o presidente da agência de risco Austin, Erivelto Rodrigues, a tecnologia dos aplicativos para celular é uma tendência que veio para ficar.

“Hoje em dia você consegue fazer quase tudo pelo celular, desde pagamentos até pedidos de folhas de cheques. Trata-se de um movimento irreversível de digitalização dos serviços bancários”.

Os investimentos bancários nessas novas plataformas também ganham cada vez mais espaço dentro das instituições financeiras.

O relatório da Febraban de 2015 sobre tecnologias online aponta que o Brasil segue como o integrante do grupo de países emergentes Brics, formado por China, Rússia, Índia e África do Sul, com maiores investimentos em Tecnologia da Informação nos segmentos bancários.

Ainda segundo o relatório, o país ocupa a sétima colocação, entre as 10 maiores economias do mundo, em gastos com TI no setor. Em números absolutos, os bancos brasileiros investiram R$ 19 bilhões em tecnologia.

Para Erivelto Rodrigues, o grande destaque dos bancos está na divulgação de produtos e treinamento de funcionários para promover esses aplicativos mobile.

Investimento pesado em segurança

Outro grande destaque observado é o forte investimento em sistemas de segurança e criptografia para garantir o funcionamento dos aplicativos e plataformas.

O risco de fraudes e invasões de contas no ambiente online é muito maior do que os sistemas bancários convencionais e isso tornou-se um dos principais desafios para os bancos.

“Para acompanhar esse boom dos aplicativos que o Brasil vive hoje, os bancos se depararam com o desafio de ampliar cada vez mais os recursos de segurança para suportar essa demanda”, acrescenta Erivelto.

Agências físicas tendem a perder espaço; caixas eletrônicos devem manter participação

Nesse processo de digitalização bancária, o futuro das agências físicas parece estar cada vez mais ameaçado. O segmento perdeu espaço entre as opções de serviços oferecidos pelos bancos e voltou em 2015 ao mesmo patamar de números absolutos de agências observados três anos atrás.

Para o presidente da Austin, as agências ficarão sem utilidade e sofrerão cada vez mais com o processo de fechamento. “A tendência que vamos observar no futuro próximo será a tentativa dos bancos de disseminar a ideia do uso do mobile e do digital”, afirma.

“Trata-se de um movimento muito rápido de mudança, e o fluxo de clientes nas agências deve diminuir cada vez mais rápido”, acrescenta.

Apesar do fim pré-anunciado das agências físicas, o uso dos caixas eletrônicos deve perder boa parte do espaço que possui hoje, porém não deve ser extinto sobretudo pela necessidade de saques em dinheiro dos clientes.

Os pontos de autoatendimento nas agências perderam 7% de participação entre os serviços bancários em 4 anos. No ano passado, segundo a Febraban, os caixas eletrônicos eram responsáveis por 19% das transações efetuadas no país.

Em 2011, esse percentual era de 26%. “A necessidade do saque em cash é o que vai sustentar o uso dos caixas eletrônicos no futuro. Esse segmento deve perder espaço para o online, mas sem correr o risco de extinção total”.

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A digitalização dos serviços bancários tem ganhado cada vez a confiança dos clientes e já soma mais da metade das operações realizadas no ano passado.

Segundo dados da Federação Brasileira de Bancos ( Febraban ), os segmentos internet banking e mobile banking responderam em 2015 pela gorda fatia de 54% das operações e serviços realizadas pelos bancos.

Porém o dado que mais chama a atenção no levantamento da Federação é o crescimento exponencial do segmento mobile em comparação com as demais opções de serviços.

Em quatro anos, os aplicativos de celular passaram de zero para 21% do total de operações efetuadas. Entre 2014 e 2015, o total de transações efetuadas pelo celular mais que dobrou, passando de 4,7 bilhões para 11,2 bilhões de operações.

Essa migração para plataformas online já é vista como permanente pelo mercado. Segundo o presidente da agência de risco Austin, Erivelto Rodrigues, a tecnologia dos aplicativos para celular é uma tendência que veio para ficar.

“Hoje em dia você consegue fazer quase tudo pelo celular, desde pagamentos até pedidos de folhas de cheques. Trata-se de um movimento irreversível de digitalização dos serviços bancários”.

Os investimentos bancários nessas novas plataformas também ganham cada vez mais espaço dentro das instituições financeiras.

O relatório da Febraban de 2015 sobre tecnologias online aponta que o Brasil segue como o integrante do grupo de países emergentes Brics, formado por China, Rússia, Índia e África do Sul, com maiores investimentos em Tecnologia da Informação nos segmentos bancários.

Ainda segundo o relatório, o país ocupa a sétima colocação, entre as 10 maiores economias do mundo, em gastos com TI no setor. Em números absolutos, os bancos brasileiros investiram R$ 19 bilhões em tecnologia.

Para Erivelto Rodrigues, o grande destaque dos bancos está na divulgação de produtos e treinamento de funcionários para promover esses aplicativos mobile.

Investimento pesado em segurança

Outro grande destaque observado é o forte investimento em sistemas de segurança e criptografia para garantir o funcionamento dos aplicativos e plataformas.

O risco de fraudes e invasões de contas no ambiente online é muito maior do que os sistemas bancários convencionais e isso tornou-se um dos principais desafios para os bancos.

“Para acompanhar esse boom dos aplicativos que o Brasil vive hoje, os bancos se depararam com o desafio de ampliar cada vez mais os recursos de segurança para suportar essa demanda”, acrescenta Erivelto.

Agências físicas tendem a perder espaço; caixas eletrônicos devem manter participação

Nesse processo de digitalização bancária, o futuro das agências físicas parece estar cada vez mais ameaçado. O segmento perdeu espaço entre as opções de serviços oferecidos pelos bancos e voltou em 2015 ao mesmo patamar de números absolutos de agências observados três anos atrás.

Para o presidente da Austin, as agências ficarão sem utilidade e sofrerão cada vez mais com o processo de fechamento. “A tendência que vamos observar no futuro próximo será a tentativa dos bancos de disseminar a ideia do uso do mobile e do digital”, afirma.

“Trata-se de um movimento muito rápido de mudança, e o fluxo de clientes nas agências deve diminuir cada vez mais rápido”, acrescenta.

Apesar do fim pré-anunciado das agências físicas, o uso dos caixas eletrônicos deve perder boa parte do espaço que possui hoje, porém não deve ser extinto sobretudo pela necessidade de saques em dinheiro dos clientes.

Os pontos de autoatendimento nas agências perderam 7% de participação entre os serviços bancários em 4 anos. No ano passado, segundo a Febraban, os caixas eletrônicos eram responsáveis por 19% das transações efetuadas no país.

Em 2011, esse percentual era de 26%. “A necessidade do saque em cash é o que vai sustentar o uso dos caixas eletrônicos no futuro. Esse segmento deve perder espaço para o online, mas sem correr o risco de extinção total”.

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