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Financiamento cresce pouco em abril

A relação crédito/PIB subiu de 25,8%, em março, para 26%, no mês passado, mas não chega perto da taxa nos Estados Unidos

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

O total de crédito do sistema financeiro brasileiro alcançou 425,7 bilhões de reais em abril, com expansão de 2,1%  em relação a março e de 13% em doze meses. Com esse resultado, a participação dos empréstimos sobre o Produto Interno Bruto (PIB) elevou-se de 25,8% em março para 26% em abril. Em termos percentuais, a relação empréstimos/PIB no país não chega à metade da registrada nos Estados Unidos  onde o indicador ultrapassa os 60%. As informações foram divulgadas hoje (25/5) pelo Banco Central (BC). De acordo com o relatório, destacaram-se os adiantamentos sobre contratos de câmbio (ACC), utilizados pelos exportadores, assim como os empréstimos destinados a pessoas físicas, especialmente o crédito pessoal.
As operações concedidas pelos bancos privados somaram 254,8 bilhões de reais, aumento de 2,5% no mês e 11,5% em doze meses, enquanto os financiamentos contratados com instituições financeiras públicas cresceram, respectivamente, 1,6%, e 15,3%, atingindo 170,8 bilhões de reais.

Os desembolsos efetuados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) cresceram 9,1% em abril, atingindo 3,6 bilhões de reais. O volume acumulado nos quatro primeiros meses do ano foi de 12,1 bilhões de reais, com expansão de 74,3% em relação a igual período de 2003. De janeiro a abril deste ano, as consultas junto ao BNDES envolveram recursos de 24,5 bilhões de reais, ante 7,9 bilhões em mesmo período de 2003.

A taxa média das operações de crédito registrou redução de 0,6 ponto percentual em abril, atingindo 44,7% ao ano. O spread bancário registrou decréscimo de 0,5 p.p., alcançando 29,5 p.p.

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No segmento de pessoas jurídicas, a taxa média foi de 29,9% ao ano, redução de 0,5 pontos percentuais em relação ao mês anterior. O custo dos contratos pactuados com encargos prefixados decresceu 0,4 p.p., com destaque para os decréscimos de 2 p.p. em conta garantida e de 0,6 p.p. em aquisição de bens. As taxas relativas às operações pactuadas com juros flutuantes e juros pós-fixados referenciadas em câmbio registraram retrações de 0,8 p.p. e 0,2 p.p., respectivamente (veja abaixo tabela com as taxas vigentes em abril nos últimos quatro anos). A inadimplência nas operações de crédito com pessoas jurídicas subiu 0,1 p.p.

Agregados monetários

Em abril, os saldos médios diários dos meios de pagamento (M1, a soma de papel-moeda em poder do público com o volume de depósitos à vista) atingiram 100,2 bilhões de reais, acréscimo de 1,3% no mês e 14,5% em doze meses. Em abril, os saldos de papel-moeda em poder do público expandiram 0,6% e os depósitos à vista, 1,8%. Considerando-se os últimos doze meses, esses componentes cresceram 11,9% e 16,2%, respectivamente.

Com relação aos meios de pagamento ampliados (M2, que inclui o M1 mais depósitos de poupança e títulos emitidos pelas instituições financeiras), houve evolução de 0,4% em abril. Contribuíram para esse resultado o comportamento dos depósitos a prazo e da caderneta de poupança, que registraram perdas de 1 bilhão de reais e 400 milhões de reais, respectivamente.

O conceito M3, que engloba o M2 mais cotas de fundos de renda fixa e títulos públicos federais, cresceu 0,7%, com alta de 0,9% nas cotas dos fundos de renda fixa. O conceito M4, incluindo o M3 e os títulos públicos de detentores não-financeiros, elevou-se 0,4% no mês, totalizando 1 trilhão de reais.

Taxas médias de juros no mês de abril  para Pessoas Jurídicas
(prefixados, % ao ano)

Ano

Capital de giro

Conta garantida

Aquisição de bens

Vendor

Hot money

Desconto duplicata

Desconto promissória

2001

33,57

57,18

30,77

22,39

45,62

45,46

48,66

2002

36,58

65,44

32,08

22,18

48,06

49,18

56,84

2003

45,76

79,35

41,68

34,24

60,5

58,75

71,82

2004

36,44

67,87

27,47

21,64

50,15

41,76

53,06

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