Selic sobe para 7,5%; veja como ficam poupança e renda fixa
Com alta da taxa básica de juros, poupança, Tesouro Direto, CDBs e fundos DI passam a render um pouco mais
Da Redação
Publicado em 12 de julho de 2013 às 19h49.
São Paulo – Conforme já esperava o mercado, o Banco Central elevou a taxa básica de juros nesta quarta-feira. A Selic passou de 7,25% para 7,50% ao ano, melhorando a remuneração das aplicações de renda fixa atreladas aos juros, como a caderneta de poupança , os CDBs pós-fixados, fundos DI e Letras Financeiras do Tesouro, vendidas via Tesouro Direto .
Veja como fica a rentabilidade dessas aplicações a partir de agora:
Prazo de investimento | Velha poupança* | Nova Poupança* | CDB 90% do CDI | Fundo DI com taxa de 1,0% a.a. | Tesouro Direto** |
---|---|---|---|---|---|
6 meses | 3,04% | 2,59% | 2,56% | 2,47% | 2,73% |
12 meses | 6,17% | 5,25% | 5,38% | 5,20% | 5,74% |
18 meses | 9,39% | 7,98% | 8,46% | 8,21% | 9,04% |
24 meses | 12,72% | 10,78% | 11,47% | 11,17% | 12,27% |
25 meses | 13,28% | 11,25% | 12,35% | 12,03% | 13,21% |
(*) A TR foi considerada zero, pois varia de acordo com a data de aniversário da aplicação e, atualmente, a taxa média mensal tem se aproximado de zero.
(**) Foi considerado o investimento por meio de corretoras que não cobram taxa de administração para aplicações no Tesouro Direto.
As rentabilidades da tabela estão líquidas de Imposto de Renda, cobrado a todas as aplicações de renda fixa, com exceção da poupança. É por isso que a caderneta, mesmo sob as novas regras que a remuneram em 70% da Selic mais TR, chega a render mais que as demais aplicações nos prazos mais curtos, quando incide sobre os rendimentos da renda fixa uma alíquota de IR maior.
A poupança não tem custos nem sofre a incidência de IR. Mas, no momento, CDBs devem pagar mais de 90% do CDI para serem tão ou mais rentáveis que a poupança, em função do imposto de renda. Já os fundos DI precisam cobrar no máximo 0,6% ao ano para serem mais vantajosos que a poupança em qualquer prazo.
Pelo mesmo raciocínio, para que as Letras Financeiras do Tesouro (LFTs) sejam mais vantajosas que a poupança em qualquer prazo, é preciso que a corretora não cobre mais que 0,3% ao ano de taxa de administração. Algumas chegam a “cobrar” taxa zero. Mas para quem está disposto a deixar o dinheiro aplicado por mais de um ano, a corretora pode cobrar uma taxa de até 0,3% ao ano que o Tesouro Direto mantém sua vantagem sobre a poupança. Isso porque o Tesouro Direto já tem um custo fixo, a taxa de custódia de 0,3% ao ano, cobrada pela Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC).
Outros títulos do Tesouro Direto vêm apanhando
A perspectiva de alta de juros vinha prejudicando a rentabilidade dos títulos do Tesouro Direto que se beneficiam da expectativa de queda na Selic. O aumento da pressão inflacionária se tornou uma ameaça para o ciclo de cortes nos juros iniciado em meados de 2011.
A maior parte dos títulos prefixados (LTNs e NTN-Fs) e dos títulos que tem parte da remuneração prefixada e a outra parte atrelada à inflação (NTN-Bs) acumulam quedas no ano. A NTN-B Principal com vencimento em 2035, por exemplo, teve queda de 6,25% em 2013. Já a LTN com vencimento em 2016 acumula uma queda mais modesta, de 0,09%. No ano passado, quando os juros ainda estavam em queda, a NTN-B com vencimento em 2050 chegou a valorizar 50%.
Isso não significa necessariamente que quem comprou esses títulos pelo Tesouro Direto vai perder dinheiro. A perda só ocorre se o investidor vender o título antes do vencimento em um momento de baixa. Caso carregue o título até o vencimento, o investidor vai receber exatamente a rentabilidade acordada no momento da compra.
*Matéria atualizada em 12/07/2013 às 19h49.
São Paulo – Conforme já esperava o mercado, o Banco Central elevou a taxa básica de juros nesta quarta-feira. A Selic passou de 7,25% para 7,50% ao ano, melhorando a remuneração das aplicações de renda fixa atreladas aos juros, como a caderneta de poupança , os CDBs pós-fixados, fundos DI e Letras Financeiras do Tesouro, vendidas via Tesouro Direto .
Veja como fica a rentabilidade dessas aplicações a partir de agora:
Prazo de investimento | Velha poupança* | Nova Poupança* | CDB 90% do CDI | Fundo DI com taxa de 1,0% a.a. | Tesouro Direto** |
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6 meses | 3,04% | 2,59% | 2,56% | 2,47% | 2,73% |
12 meses | 6,17% | 5,25% | 5,38% | 5,20% | 5,74% |
18 meses | 9,39% | 7,98% | 8,46% | 8,21% | 9,04% |
24 meses | 12,72% | 10,78% | 11,47% | 11,17% | 12,27% |
25 meses | 13,28% | 11,25% | 12,35% | 12,03% | 13,21% |
(*) A TR foi considerada zero, pois varia de acordo com a data de aniversário da aplicação e, atualmente, a taxa média mensal tem se aproximado de zero.
(**) Foi considerado o investimento por meio de corretoras que não cobram taxa de administração para aplicações no Tesouro Direto.
As rentabilidades da tabela estão líquidas de Imposto de Renda, cobrado a todas as aplicações de renda fixa, com exceção da poupança. É por isso que a caderneta, mesmo sob as novas regras que a remuneram em 70% da Selic mais TR, chega a render mais que as demais aplicações nos prazos mais curtos, quando incide sobre os rendimentos da renda fixa uma alíquota de IR maior.
A poupança não tem custos nem sofre a incidência de IR. Mas, no momento, CDBs devem pagar mais de 90% do CDI para serem tão ou mais rentáveis que a poupança, em função do imposto de renda. Já os fundos DI precisam cobrar no máximo 0,6% ao ano para serem mais vantajosos que a poupança em qualquer prazo.
Pelo mesmo raciocínio, para que as Letras Financeiras do Tesouro (LFTs) sejam mais vantajosas que a poupança em qualquer prazo, é preciso que a corretora não cobre mais que 0,3% ao ano de taxa de administração. Algumas chegam a “cobrar” taxa zero. Mas para quem está disposto a deixar o dinheiro aplicado por mais de um ano, a corretora pode cobrar uma taxa de até 0,3% ao ano que o Tesouro Direto mantém sua vantagem sobre a poupança. Isso porque o Tesouro Direto já tem um custo fixo, a taxa de custódia de 0,3% ao ano, cobrada pela Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC).
Outros títulos do Tesouro Direto vêm apanhando
A perspectiva de alta de juros vinha prejudicando a rentabilidade dos títulos do Tesouro Direto que se beneficiam da expectativa de queda na Selic. O aumento da pressão inflacionária se tornou uma ameaça para o ciclo de cortes nos juros iniciado em meados de 2011.
A maior parte dos títulos prefixados (LTNs e NTN-Fs) e dos títulos que tem parte da remuneração prefixada e a outra parte atrelada à inflação (NTN-Bs) acumulam quedas no ano. A NTN-B Principal com vencimento em 2035, por exemplo, teve queda de 6,25% em 2013. Já a LTN com vencimento em 2016 acumula uma queda mais modesta, de 0,09%. No ano passado, quando os juros ainda estavam em queda, a NTN-B com vencimento em 2050 chegou a valorizar 50%.
Isso não significa necessariamente que quem comprou esses títulos pelo Tesouro Direto vai perder dinheiro. A perda só ocorre se o investidor vender o título antes do vencimento em um momento de baixa. Caso carregue o título até o vencimento, o investidor vai receber exatamente a rentabilidade acordada no momento da compra.
*Matéria atualizada em 12/07/2013 às 19h49.