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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
A agência de classificação Standard & Poor's colocou em em perspectiva negativa os ratings (avaliação de risco) de crédito corporativo de longo prazo da Cosan, a maior empresa de açúcar e álcool do Brasil. Atualmente a agência atribui o rating "BB-" à empresa. A reavaliação veio em resposta ao anúncio da companhia de um acordo para a compra da Nova América.
O acordo fechado pela Cosan transformará a holding Rezende Barbosa, dona da Nova América, em uma de suas principais acionistas, com participação de 11%. O negócio será realizado por meio de troca de ações, sem implicar em desembolso de caixa por parte da Cosan.
A equipe reforçou que a Nova América possui uma capacidade de moagem de açúcar estimada de 10,6 milhões de toneladas em quatro usinas. A empresa ainda detém a marca União, líder no mercado nacional de açúcar refinado. Porém, a Cosan herda também um endividamento somado em 1,145 bilhão de reais de sua recém-adquirida.
"A Cosan está atualmente em etapa avançada de renegociação dos termos de refinanciamento de uma grande parcela desse endividamento com os credores da Nova América, visando a extensão do prazo dos vencimentos para até cinco anos, o que reduziria pressões imediatas de fluxo de caixa", explicou a S&P.
Para a agência, a revisão do rating é uma forma de refletir o risco de rebaixamento da classificação da companhia por causa do aumento de sua alavancagem ao assumir a dívida da Nova América, além da potencial deterioração nas condições de crédito do cenário incerto e seus efeitos nas margens da Cosan.
Às 14h30, as ações ordinárias da companhia (CSAN3) operavam em leve alta de 0,28%, negociadas a 10,62 reais.