São Paulo – Assim como há pessoas que investem em aplicações atreladas ao dólar ou ao euro, é possível também investir em aplicações ligadas à moeda chinesa – o Renminbi, que é uma nomenclatura mais usada oficialmente, ou iuane, como é o nome da unidade da moeda e também o termo mais comumente usado.
De acordo com Bruno Martins, especialista na moeda chinesa do banco suíço Julius Baer, os investimentos atrelados ao iuane vêm se tornando atrativos em função do crescimento da importância da China no cenário econômico internacional.
Ele elenca três fatores principais para crer no fortalecimento da moeda: a vontade de o governo chinês transformar o Renminbi em uma moeda usada internacionalmente, tornando-a uma das principais moedas do comércio mundial, ao lado do dólar e do euro; a necessidade de transmitir confiança aos investidores estrangeiros na China, evitando uma depreciação artificial; e o estímulo do governo ao consumo interno, dotando a população de um maior poder de compra.
Outra vantagem é a baixa volatilidade: “O Renminbi não é uma moeda que está flutuando de maneira livre como o euro e o dólar. Quem estabelece seu valor é o banco central chinês. E o interesse do país, neste momento, é valorizar a moeda”, diz Martins.
Martins lembra que, desde que foi lançado em 2011, o iuane já se valorizou mais de 40% frente ao real. Mas embora a possibilidade de ganhar com a valorização da moeda exista, o investidor não deve esperar grandes ganhos.
Entre as aplicações atreladas ao iuane oferecidas pelo banco suíço estão, por exemplo, os depósitos a prazo e os certificados de depósitos. Aqueles emitidos pelo Banco Popular da China pagam 3% em 12 meses, mais a apreciação da moeda. “Um título semelhante nos Estados Unidos paga 0,3% ou 0,4% em um ano”, diz Martins.
Ele explica que os certificados de depósito são emitidos por bancos, para financiarem suas atividades, mais ou menos como acontece com os CDBs aqui no Brasil.
Outro tipo de investimento são as obrigações em Renminbi, emitidas por empresas como Caterpillar, America Movile e Santander Chile. “Se uma obrigação em dólar pagar 1,0% ou 1,5% ao ano, a obrigação em Renminbi paga o dobro”, diz Martins.
As obrigações são certificados de dívidas de empresas que querem investir na China. Nada mais são que investimentos em que o investidor financia o investimento da empresa em iuanes no país asiático.
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1. Os 24 melhores países para estrangeiros viverem
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1/25 (Getty Images)
São Paulo - Se você pretende fazer as malas e se mudar de vez para outro país, é hora de considerar a
Ásia como destino. Um
novo estudo do banco HSBC listou os melhores países para expatriados viverem e colocou a
China em primeiro lugar. Outras nações asiáticas também estão bem colocadas, como
Singapura,
Hong Kong e Qatar. O levantamento, que entrevistou sete mil estrangeiros que moravam e trabalhavam em outro país, levou em conta três critérios: economia, experiência e criação dos filhos. Em economia
, os critérios foram salário, rendimentos disponíveis (salário total menos os impostos locais) e o nível de satisfação com o trabalho e a economia local. Em experiência, o HSBC listou 29 itens, como chance de fazer amigos, cultura local, qualidade do transporte, oferta de cultura e entretenimento e acesso à saúde. Já em criação dos filhos, os pontos importantes foram o total de despesas com a criança e o acesso à escolas e hospitais de qualidade. Para a lista dos 24 melhores, o estudo calculou uma média do desempenho dos países em cada um dos três itens. Outros 13 países estudados ficaram de fora da lista por não terem dados suficientes no item sobre a criação dos filhos, como
Brasil,
Índia,
Argentina e
Japão.
Alguns dados curiosos: - Na Ásia, os expatriados ganham melhor. Em média, 15% a mais que em outros países: 74 mil dólares por ano, contra 64 mil dólares. Na Indonésia, a situação é melhor ainda: 22% ganham mais de 250 mil dólares anuais. - O Brasil está colaborando com o amor mundial como nenhum outro país. EM 2013, 62% dos expatriados que vieram morar aqui encontraram um parceiro para um relacionamento duradouro. A média mundial é de 40%. Além disso, 55% dos estrangeiros viajaram para cá justamente atrás de seu companheiro, que já morava por aqui. - Os países do Sudeste Asiático são os melhores para quem quer gastar pouco. A Tailândia é melhor destino nesse sentido. 68% dos estrangeiros disseram que gastam menos com impostos que em seus países, enquanto a média global é de 30%. Outros países também exigem menos do bolso alheio, como Indonésia, Índia e Taiwan.
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2. 1 - China
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2/25 (Getty Images)
Ranking geral: 1º Economia: 2º
Experiência: 3º
Criação dos filhos: 16º
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3. 2 - Alemanha
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3/25 (Wikimedia Commons)
Ranking geral: 2º Economia: 7º
Experiência: 11º
Criação dos filhos: 1º
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4. 3 - Singapura
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4/25 (Wikimedia Commons)
Ranking geral: 3º Economia: 9º
Experiência: 6º
Criação dos filhos: 2º
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5. 4 - Ilhas Cayman
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5/25 (Getty Images)
Ranking geral: 4º Economia: 5º
Experiência: 4º
Criação dos filhos: 15º
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6. 5 - Austrália
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6/25 (.)
Ranking geral: 5º Economia: 17º
Experiência: 5º
Criação dos filhos: 7º
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7. 7 - Rússia
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7/25 (Wikimedia Commons)
Ranking geral: 7º Economia: 20º
Experiência: 12º
Criação dos filhos: 10º
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8. 8 - Bélgica
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8/25 (Getty Images)
Ranking geral: 8º Economia: 25º
Experiência: 19º
Criação dos filhos: 6º
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9. 9 - Emirados Árabes
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9/25 (Wikimedia Commons)
Ranking geral: 9º Economia: 16º
Experiência: 26º
Criação dos filhos: 13º
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10. 10 - Hong Kong
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10/25 (Jerome Favre/Bloomberg)
Ranking geral: 10º Economia: 19º
Experiência: 25º
Criação dos filhos: 11º
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11. 11 - Turquia
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11/25 (Nikola Sarnavka/Divulgação)
Ranking geral: 11º Economia: 10º
Experiência: 22º
Criação dos filhos: 21º
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12. 12 - Estados Unidos
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12/25 (Getty Images)
Ranking geral: 12º Economia: 23º
Experiência: 23º
Criação dos filhos: 12º
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13. 13 - Qatar
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13/25 (Karim Sahib/AFP)
Ranking geral: 13º Economia: 3º
Experiência: 29º
Criação dos filhos: 23º
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14. 14 - Nova Zelândia
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14/25 (Getty Images)
Ranking geral: 14º Economia: 29º
Experiência: 18º
Criação dos filhos: 4º
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15. 15 - África do Sul
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15/25 (Wikimedia Commons)
Ranking geral: 15º Economia: 30º
Experiência: 14º
Criação dos filhos: 5º
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16. 16 - México
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16/25 (Wikimedia Commons)
Ranking geral: 16º Economia: 22º
Experiência: 17º
Criação dos filhos: 20º
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17. 17 - França
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17/25 (Franck Fife/AFP)
Ranking geral: 17º Economia: 33º
Experiência: 21º
Criação dos filhos: 3º
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18. 18 - Holanda
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18/25 (Getty Images)
Ranking geral: 18º Economia: 28º
Experiência: 33º
Criação dos filhos: 14º
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19. 19 - Arábia Saudita
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19/25 (Wikimedia Commons)
Ranking geral: 19º Economia: 15º
Experiência: 37º
Criação dos filhos: 22º
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20. 20 - Espanha
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20/25 (Getty Images)
Ranking geral: 20º Economia: 34º
Experiência: 34º
Criação dos filhos: 9º
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21. 21 - Kuwait
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21/25 (Wikimedia Commons)
Ranking geral: 21º Economia: 26º
Experiência: 34º
Criação dos filhos: 18º
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22. 22 - Reino Unido
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22/25 (Getty Images)
Ranking geral: 22º Economia: 32º
Experiência: 27º
Criação dos filhos: 19º
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23. 23 - Itália
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23/25 (AFP)
Ranking geral: 23º Economia: 37º
Experiência: 28º
Criação dos filhos: 17º
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24. 24 - Irlanda
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24/25 (SXC.Hu)
Ranking geral: 24º Economia: 36º
Experiência: 30º
Criação dos filhos: 24º
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25. Agora, veja quem tem melhor reputação
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25/25 (Divulgação)
Há ainda as opções de investir em fundos de investimento que aplicam em obrigações em Renminbi não acessíveis à pessoa física, que costumam ter retorno médio de 5% ao ano, e os produtos estruturados, que funcionam com um mecanismo de capital protegido.
Martins dá o exemplo de um produto estruturado que paga 8% ao investidor mais a apreciação do iuane, caso a moeda se valorize 1,5% frente ao dólar. Se não chegar a essa alta, o investidor recebe o dinheiro de volta. “Hoje, um produto desse tipo garante 98% ou 99% do capital investido de volta, devido à confiança no Renminbi”, diz Martins.
Embora possa ganhar com a valorização do iuane, o investidor que busca esse tipo de investimento em geral não busca altos retornos, mas diversificação internacional. Apesar do retorno baixo em relação a investimentos brasileiros (sem considerar a alta da moeda), a rentabilidade é mais alta do que a de investimentos similares em euro ou dólar.
“O investimento em Renminbi é para o investidor que já tem veículos diversificados em dólares americanos. Faz sentido para esse investidor ter uma pequena parcela na moeda chinesa”, diz o analista do Julius Baer.
Em relação aos riscos, Bruno Martins aponta a possibilidade de o governo chinês desvalorizar a moeda para compensar com exportações uma crise em algum setor econômico, como o imobiliário e o bancário; e o risco de acabar investindo em um dos setores mais arriscados da economia chinesa, como o imobiliário, o bancário e o de energia.
Esse tipo de investimento está disponível para o investidor pessoa física, mas é preciso ter uma conta internacional, para investir diretamente no exterior. E também é aconselhável que este não seja o único investimento no exterior, atuando como uma diversificação, portanto. Assim, acaba sendo um investimento voltado para investidores mais abastados.