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Plataforma do GuiaBolso explica por que você não consegue crédito

Just ajuda o consumidor que teve o crédito negado ou aprovado na plataforma a resolver o endividamento a partir de informações de sua própria conta

Tela do GuiaBolso: executivos acreditam que é possível emprestar dinheiro e educar ao mesmo tempo (GuiaBolso/Divulgação)

Marília Almeida

Publicado em 11 de maio de 2017 às 17h28.

Última atualização em 11 de maio de 2017 às 17h40.

São Paulo - A Just, plataforma de crédito do aplicativo GuiaBolso , fornecerá, a partir de junho, dicas sobre a situação financeira de quem teve o crédito aprovado ou negado no site, baseada em dados da própria conta do consumidor no banco. O objetivo é responder por que o crédito foi negado na plataforma ou o que está levando a pessoa a se endividar.

A plataforma, que oferece crédito pessoal a taxas mais baixas do que os bancos tradicionais, em média de 3,7% ao mês, fará uma análise mostrando a renda e despesas feitas pelo consumidor nos últimos meses, quantos dias ficou negativado, se for o caso; quanto eventualmente pagou de juros no cheque especial ou no rotativo do cartão de crédito no período e quanto dos seus gastos está concentrado no cartão de crédito, diz Bruno Poljokan, diretor do Just. "Além de fornecer os dados, daremos algumas dicas. Se ele tiver muitos gastos no cartão, vamos dizer o que ele pode fazer para melhorar".

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A Just já informava, em uma etapa anterior à da simulação de crédito, se o CPF do consumidor tinha alguma pendência e qual era ela, além de quantas empresas tinham consultado o seu CPF, e quando, graças a uma parceria com o bureau de crédito Boa Vista.

Nesta semana, a plataforma também passou a incluir, na tela de proposta de crédito, qual a renda do consumidor, quanto que o dinheiro oferecido irá comprometer da sua renda (a plataforma não empresta um valor maior do que 20% da renda do consumidor) e sugere qual dia é melhor para que o pagamento das parcelas seja feito com base nas despesas recorrentes do cliente ao longo do mês.

As informações sobre a conta bancária do consumidor são fornecidas na hora do pedido de crédito na Just. Assim como no GuiaBolso, a tecnologia permite coletar informações da conta do consumidor sem, contudo, torná-la alvo de fraudes. O acesso que o GuiaBolso e a Just tem da conta dos consumidores é somente de leitura. Ou seja, a plataforma não consegue realizar qualquer movimentação de posse dos dados.

A partir de janeiro, a plataforma de crédito, antes fechada para quem usava o aplicativo, passou a ser aberta para qualquer consumidor que busque crédito. O crédito oferecido varia entre mil reais e 50 mil reais, e o tempo do empréstimo varia entre seis meses e 24 meses.

Pesquisas indicaram necessidade de educar

A Just baseou a necessidade de dar mais informações na hora de emprestar dinheiro em pesquisas feitas pelo GuiaBolso, a partir de dados coletados no próprio aplicativo. Entre as informações que apontaram para a necessidade de conscientizar os consumidores que pegam dinheiro emprestado, está a de que muitos não consideram o cheque especial ou cartões de crédito como dívidas, e de que a maioria superestima a renda em 8%. "Geralmente as pessoas acreditam que ganham mais do que, efetivamente, recebem. Por conta disso, acabam gastando mais do que têm", conta Thiago Alvarez, fundador do GuiaBolso.

É essa aliás a vantagem da Just em relação aos concorrentes, outros sites que buscam emprestar dinheiro mais barato do que os bancos tradicionais. "Ter informações coletadas das contas bancárias dos clientes nos permite ter análise de crédito mais precisa. Consequentemente, conseguimos cobrar taxas menores, pois sabemos melhor qual é o risco de cada operação", diz o executivo.

Conflito de interesses?

Sobre um potencial conflito de interesse entre educar financeiramente o consumidor em uma plataforma que oferece crédito, os executivos do GuiaBolso acreditam que tirar o consumidor de dívidas mais caras, como o cheque especial e o rotativo do cartão de crédito, e atrai-lo para uma dívida mais barata, como o crédito pessoal, é uma forma de ajudá-lo a organizar suas finanças. "Cobrar taxas altas em empréstimos não estimula bons pagadores a tomarem crédito e resolver o seu endividamento. E quando eles pegam dinheiro emprestado, estão pagando mais pelos maus pagadores. Não é justo", diz Alvarez.

Além de cobrar menos juros aos consumidores, diferente dos grandes bancos a Just busca divulgar para os clientes as informações que consegue obter na análise de crédito com o intuito é ajudá-lo a ter consciência de onde está errando e impedi-lo de cometer o mesmo erro novamente, explica o executivo.

 

 

 

 

 

 

 

 

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