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Os melhores investimentos de 2015 para quem não quer risco

Títulos públicos e títulos emitidos por bancos indexados à taxa de juros são os investimentos mais indicados para o 2015

Homem segura cofre: Títulos públicos e títulos emitidos por bancos indexados à taxa de juros são os investimentos mais recomendados para o ano (Divulgação/Imovelweb)
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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2015 às 15h09.

São Paulo - Para o investidor que não quer correr muito risco em 2015, especialistas recomendam aplicações em títulos públicos e títulos emitidos por bancos indexados a taxas de juros .

A expectativa é de que a taxa básica de juros, a Selic , continue a subir neste ano, o que amplia a rentabilidade desses investimentos .

Os papéis mais recomendados são as Letras Financeiras do Tesouro (LFTs), títulos públicos pós-fixados que acompanham a Selic, além de títulos bancários que pagam um porcentual do Certificado de Depósitos Interbancários ( CDI ), como as Letras de Crédito Imobiliário ( LCIs ) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs).

O CDI é uma taxa que tem comportamento semelhante ao da Selic.

Instituições financeiras estimam que a Selic, hoje em 11,75%, termine o ano a 12,5%, um aumento de 0,75 ponto porcentual.

Segundo as projeções do mais recente Relatório Focus do Banco Central, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar 2014 a 6,56%, acima do teto da meta de inflação estipulada pelo governo, de 6,5%.

Diante desse cenário de aumento de juros e inflação elevada, a orientação para quem investe na poupança é migrar os recursos para outras aplicações de renda fixa em 2015.

A poupança rende 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR) apenas quando a taxa básica for menor ou igual a 8,5% ao ano. Acima desse patamar, o rendimento congela em 0,5% ao mês mais a TR. Ou seja, fica limitado.

A caderneta foi considerada o pior investimento de renda fixa de 2014. No ano, seu rendimento foi de 6,43%, e praticamente deve empatar com a inflação projetada pelo Boletim Focus para o período, de 6,39%.

Mesmo sem a cobrança de taxas e imposto de renda, a poupança tem gerado um retorno inferior ao de outros investimentos de renda fixa.

Quem investe, por exemplo, em um título público pré-fixado, que paga 13% ao ano e tem vencimento em 2018, terá um retorno de 11% ao ano, descontadas taxas e impostos, compara Roberto Indech, analista da corretora Rico. “Ou seja, o rendimento ainda é 60% maior do que o da poupança.”

Segundo quatro especialistas ouvidos por EXAME.com, títulos públicos que têm taxas pré-fixadas, como as Letras do Tesouro Nacional (LTNs), devem ser evitados por investidores que queiram fugir de riscos esse ano.

Caso esses títulos sejam vendidos antes do vencimento e taxa Selic estiver aumentando, seus preços cairão e o investidor pode ter prejuízos.

A falta de detalhes sobre a política econômica no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff torna mais difícil prever como a economia deve se comportar esse ano, diz o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Samy Dana. “Ainda não há confiança de que o governo será transparente sobre as medidas que deve adotar para melhorar a economia.”

Os Certificados de Depósito Interbancário ( CDBs ), outro investimento de renda fixa muito popular, são uma boa alternativa apenas para investidores que precisam de liquidez diária. “Dependendo do banco, a remuneração oferecida pode não compensar o investimento nos CDBs, que competem com as LCIs e LCAs, títulos que são isentos de imposto de renda ”, diz Roberto Indech.

Fundos referenciados DI e de renda fixa também são considerados menos atrativos pelos especialistas porque as taxas de administração cobradas costumam ser altas quando o valor investido é baixo.

O cenário econômico mais fraco torna mais arriscados os investimentos na bolsa e em fundos de investimento que investem em ações . Sem perspectivas claras sobre os rumos da economia, a tendência é de que essas aplicações oscilem mais agora.

Confira a seguir os investimentos conservadores mais indicados para o ano segundo os especialistas consultados por EXAME.com:

1) Letra Financeira do Tesouro (LFT)

O provável aumento da taxa Selic beneficia a aplicação em Letras Financeiras do Tesouro (LFT), títulos públicos pós-fixados que acompanham a variação da taxa de juros.

A compra do título é indicada para investidores mais conservadores e que têm pouco dinheiro para investir. A parcela mínima de compra dos títulos públicos é de 10% do valor do título, desde que esses 10% não sejam inferiores a 30 reais.

Como a única LFT disponível para compra atualmente custa 6.551,62 reais, o investimento mínimo nesse título seria de 655,16 reais.

Ao final do prazo, ou na venda antecipada do título, o investidor recebe então o valor investido corrigido pela variação da taxa Selic.

A aplicação é recomendada para quem pretende investir no curto prazo, uma vez que esses títulos não geram prejuízos caso sejam vendidos antes do vencimento.

A alta liquidez da LFT também pode atrair investidores que possam precisar resgatar o dinheiro antes do vencimento do título. "Os títulos públicos podem ser vendidos semanalmente", diz Paulo Nepomuceno, estrategista de renda fixa da corretora Coinvalores.

2) Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito Agrícola (LCA)

Títulos privados, como Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI), também são indicados pelos especialistas para esse ano.

Oferecidos por bancos e corretoras, ambas pagam um porcentual fixo do CDI.

As LCIs e LCAs são recomendadas a investidores que não necessitem resgatar a aplicação antes do prazo de vencimento, pois alguns bancos não permitem o saque antecipado.

E os títulos são indicados para quem deseja investir no curto e no médio prazo. “O prazo de vencimento desses títulos varia entre três meses a dois anos”, diz Indech, da Rico.

A maioria dos bancos exige um valor de investimento mínimo nas LCIs e LCAs superior ao exigido na aplicação em títulos públicos. No entanto, alguns bancos médios já aceitam aportes menores. O Banco Sofisa, por exemplo, permite que o investidor aplique em LCIs e LCAs com apenas um real.

Ambos os investimentos são isentos do pagamento de imposto de renda, o que torna a rentabilidade desses títulos mais atrativa.

O economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Samy Dana, recomenda buscar títulos que paguem ao menos 85% do CDI em grandes bancos. “Caso aceite um pouco mais de risco, o investidor pode ter retornos de 100% do CDI em bancos menores”.

Em qualquer um dos casos, o investimento deve ser de até 250 mil reais. Esse é o valor máximo garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito ( FGC ) no caso de falência da instituição financeira.

Para minimizar riscos, Dana também recomenda a compra de títulos privados em mais de uma instituição financeira. "É necessário verificar antes se as taxas pagas por cada banco pelas aplicações compensam o investimento", diz.

A taxa obtida pelo investidor nas LCIs e LCAs depende do valor e prazo da aplicação. Quanto maior o valor investido e mais longo o tempo da aplicação, maiores são as chances de o investidor obter uma boa remuneração.

3) Notas do Tesouro Nacional série B (NTN-Bs)

O investimento em Notas do Tesouro Nacional Série B (NTN-Bs) com vencimentos mais longos é indicado para o planejamento da aposentadoria ou para quem não pretende utilizar o valor aplicado durante muito tempo.

Esses títulos públicos pagam uma taxa de juro pré-fixada mais a variação da inflação no período do investimento. “É possível encontrar títulos com vencimento até 2023 que pagam taxas de quase 6% mais a variação da inflação, e, a partir de 2023, de mais de 6% mais a variação dos índices inflacionários. São remunerações consideradas atrativas”, diz Nepomuceno, da Coinvalores.

As NTN-Bs com prazos de vencimentos a partir de cinco anos também podem ser uma opção para quem busca aplicações de médio prazo, diz Indech, da Rico.

Antes de investir nas NTN-Bs, no entanto, o investidor deve estar certo de que não precisará resgatar seus recursos antes do vencimento. O saque antecipado pode gerar prejuízos e o investidor pode acabar resgatando um montante menor do que o aplicado inicialmente.

São Paulo - Exemplos para aplicadores em todo o mundo, oito grandes investidores têm em comum um longo caminho de sucesso em suas aplicações financeiras. Não à toa, alguns aparecem constantemente na lista global dos mais ricos . Esses nomes lendários não construíram suas fortunas com base na sorte e especulação, e tiveram de lidar com os altos e baixos do mercado financeiro.A partir de suas trajetórias pessoais, ensinam conceitos importantes que servem como base para qualquer investimento . Conheça as principais lições:
  • 2. Tenha um objetivo sustentável

    2 /10(REUTERS/Rick Wilking)

  • Veja também

    Com foco no longo prazo, o megainvestidor americano Warren Buffet não costuma investir em aplicações populares. Prefere aplicar sua fortuna em negócios tradicionais ou consolidados em um pequeno mercado e que podem render bons e constantes lucros no futuro. Dessa forma, seu patrimônio não flutua ao sabor da economia. Além disso, quando Buffet acerta o alvo, a margem de ganho é maior, pois a aplicação foi feita antes da expansão ou valorização do investimento.
  • 3. Use os altos e baixos a seu favor

    3 /10(Simon Dawson/Bloomberg)

  • Enquanto muitos investidores temem oscilações em suas aplicações financeiras, o empresário e megainvestidor húngaro-americano George Soros , de perfil agressivo, sempre viu oportunidades na volatilidade dos investimentos. Para isso, acompanha bem de perto a evolução de dados sobre a economia que possam ter impacto futuro nas aplicações e empresas nas quais investe. Dessa forma, consegue migrar recursos de uma aplicação financeira para outra antes de perder dinheiro, ou passar a investir em segmentos que tenham potencial de valorização após mudanças no cenário macroeconômico.
  • 4. Esteja à frente de recomendações

    4 /10(Divulgação/ Site templeton.org)

    O empresário e filantropo John Templeton realizava investimentos na direção contrária da que o mercado apostava. Seu lema era: pense por si mesmo. Para selecionar aplicações financeiras, criou suas próprias ferramentas, e não seguia recomendações e tendências. Enquanto os olhos da maioria dos investidores estavam geralmente voltados para determinada empresa ou aplicação financeira, ele garimpava investimentos não convencionais, com maior oportunidade de ganhos.
  • 5. Saiba administrar os riscos

    5 /10(Divulgação/Columbia Archives)

    O investidor americano Benjamin Graham foi professor de Warren Buffet e um exemplo para o megainvestidor. Pai do conceito de investimento em valor, um dos ensinamentos de Graham é de que o investidor não dever temer o risco, mas, sim, administrá-lo. Como não é possível fugir totalmente das perdas ao investir, Graham definia um nível máximo de riscos para sua carteira de aplicações e se mantinha dentro dessa margem de segurança. Caso seu nível de risco ultrapassasse essa margem, o investidor não aplicava seu dinheiro, pois passaria a especular e ter grandes chances de perdas.
  • 6. Diversifique na medida certa

    6 /10(Wikimedia Commons)

    O economista britânico John Maynard Keynes, criador da macroeconomia moderna, também era um investidor. Um dos conceitos que seguia era o da diversificação inteligente, que consiste em diminuir os riscos das aplicações financeiras ao optar por produtos com comportamento opostos ou ao menos diferentes. Isso não se resume a ter na carteira uma parte de investimentos em renda fixa e outra porção em renda variável ( entenda os conceitos ), mas, dentro das opções de aplicações em renda variável, investir em ativos que tenham reflexos diferentes diante de uma mesma situação. Dessa forma, o patrimônio não fica refém de mudanças na economia.
  • 7. Seja racional

    7 /10(Getty Images)

    Braço direito do megainvestidor Warren Buffet , Charles Munger é conhecido por mapear comportamentos que influenciam de forma negativa nas decisões de investimento, e fugir deles. Racional, acredita que investir consiste em se preparar, ter paciência, disciplina e objetividade. Para Munger, situações de estresse, atitudes defensivas, temor a perdas e a inveja de quem está ganhando muito dinheiro têm o poder de destruir fortunas.
  • 8. Fique atento a taxas

    8 /10(Scott Eells/Bloomberg)

    O investidor americano John Clifton "Jack" Bogle, fundador do grupo financeiro Vanguard, defende a simplicidade nas aplicações financeiras para investidores individuais de perfil conservador e, principalmente, a redução de gastos com taxas, que costumam afetar rendimentos de aplicações passivas, que acompanham índices de mercado e oferecem menor risco.
  • 9. Seja discreto ao investir

    9 /10(Chris Hondros/Getty Images)

    Sempre no topo da lista de mais ricos do mundo, o empresário mexicano Carlos Slim é discreto ao investir. Tem uma carteira de aplicações variada, mas não entra em detalhes sobre onde aloca seus recursos, pois tem consciência de sua influência. Slim tem a cautela de não induzir investidores a apostarem em seus alvos para evitar uma redução em sua margem de ganhos caso os investimentos se valorizem de forma artificial após muitos aplicadores passarem a investir. Por conta da grande quantidade de dinheiro que aplica no mercado financeiro e em empresas, Slim apenas anuncia quando deixa de investir ou migra recursos aplicados quando é obrigado por lei.
  • 10. Agora, veja os livros que podem ajudar a investir melhor

    10 /10(4FR/Getty Images)

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