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Os melhores e piores investimentos de novembro

Fundos de ações, fundos de renda fixa e títulos públicos lideram o balanço de investimentos de novembro


	Alta: Para o sócio-diretor da Easynvest, investidor deve manter distância da renda variável
 (ThinkStock/denphumi)

Alta: Para o sócio-diretor da Easynvest, investidor deve manter distância da renda variável (ThinkStock/denphumi)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2015 às 18h28.

São Paulo - Os fundos de ações indexados apresentaram o melhor rendimento do balanço de investimentos de novembro, uma alta de 4,92%. Em seguida, aparecem os fundos de ações small caps, com valorização de 4,58%. 

Os resultados dos fundos, no entanto, foram retirados do mais recente consolidado diário da Anbima, cujas rentabilidades são referentes ao fechamento do dia 24 de novembro. Assim, com a queda da bolsa nos últimos dias do mês, esses fundos podem deixar de estar entre os melhores investimentos de novembro quando for divulgado o relatório referente ao fechamento do dia 30.

Dentre os investimentos de renda fixa, que são mais conservadores, os fundos de renda fixa indexados apresentaram o melhor resultado do balanço, uma alta de 1,88% (também até o dia 24 de novembro).

O Tesouro Prefixado com vencimento em 2016 apresentou o segundo melhor desempenho da renda fixa, uma valorização de 1,06%. Esse título público paga ao investidor uma taxa de juro, que é conhecida no momento da aplicação.

Veja, na tabela a seguir, as variações de alguns dos principais índices e investimentos do mercado em novembro e no acumulado do ano:

Aplicação Desempenho em novembro Desempenho em 2015
Fundos de Ações Indexados 4,92% -3,70%
Fundos de Ações Small Caps* 4,58% -5,57%
Fundo de Ações Dividendos* 3,68% -0,59%
Fundos de Ações Livre* 2,52% 1,33%
Fundos Renda Fixa Indexados* 1,88% 10,44%
Fundos de Investimentos Imobiliários (Ifix) 1,52% 8,62%
Fundos Multimercados Macro* 1,28% 20,29%
IGP-M (estimativa do Banco Central)** 1,22% 9,68%
CDI* 1,10% 11,92%
Tesouro Prefixado 2016 (LTN) 1,06% 11,57%
Selic* 1,05% 11,95%
Fundos Renda Fixa Simples 1,05% 12,39%
Fundos Multimercados Juros e Moedas* 1,03% 11,63%
Tesouro Selic 2017 (LFT) 1,03% 11,89%
Tesouro IPCA+ 2035 (NTN-B Principal) 1,01% -3,90%
IPCA (estimativa do Banco Central)** 0,92% 9,52%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTN-B) 0,86% 2,89%
Tesouro Selic 2021 (LFT) 0,85% -
Tesouro Prefixado 2021 (LTN) 0,82% -
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 (NTN-B) 0,77% 3,70%
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2017 (NTN-F) 0,74% 9,20%
Poupança antiga* 0,73% 7,32%
Poupança nova* 0,73% 7,32%
Dólar comercial 0,61% 46,18%
Fundos Renda Fixa Investimento no Exterior 0,61% 13,65%
Tesouro IPCA+ 2019 (NTN-B Principal) -0,11% 10,93%
Fundos Multimercados Investimento no Exterior -1,37% 17,95%
Ibovespa -1,63% -9,77%
Fundos de Ações Investimento no Exterior -3,08% 28,53%
Ouro BM&F -8,02% 27,22%

(*) O desempenho mensal se refere aos últimos 30 dias até a data de fechamento. Fontes: Anbima, Banco Central, BM&FBovespa e Tesouro Nacional

(**) Expectativa de inflação para o mês de novembro e para o ano de 2015, segundo os Indicadores Econômicos Consolidados do Banco Central.

Os rendimentos de todos os fundos da tabela são referentes ao fechamento do dia 24 de novembro. As expectativas sobre o IGP-M e o IPCA foram fechadas no dia 20 de novembro. Já os dados sobre a poupança e o CDI são relativos ao dia 29. As rentabilidades do dólar, dos títulos públicos, da Selic, do Ibovespa e do Ifix tiveram como base o fechamento do dia 30. O rendimento do ouro BM&F é relativo ao fechamento do dia 27.

Dentre os títulos públicos mostrados na tabela, atualmente estão disponíveis para compra o: Tesouro Selic 2021, Tesouro Prefixado 2021, Tesouro IPCA+ 2019, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035, Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 e Tesouro IPCA+ 2035.

Momento é de cautela com investimentos de renda variável

Ainda que investimentos de renda variável tenham apresentado os melhores resultados do ranking de novembro, as aplicações de renda fixa são as mais indicadas neste momento, na opinião de Marcio Cardoso, sócio-diretor da Easynvest.

“Com a alta taxa de juros que temos hoje, não faz sentido investir na bolsa e em outras aplicações mais agressivas e correr o risco de perder dinheiro diante de um cenário político tão conturbado”, afirma Cardoso.

Ele diz que a crise política deixa a bolsa e outros investimentos de renda variável extremamente instáveis. Assim, por mais que essas aplicações possam garantir alguns ganhos em períodos curtos de tempo, de maneira geral elas têm gerado prejuízos.

Como pode ser observado na tabela, fundos de renda fixa e títulos públicos, vendidos pela plataforma Tesouro Direto, mostram que é possível obter rendimentos superiores a 1% ao mês mesmo em aplicações conservadoras.

Como os investimentos de renda fixa seguem, de maneira geral, o comportamento dos juros básicos da economia, medidos pela taxa Selic, vale a pena aproveitar o patamar elevado da taxa básica, hoje em 14,25% ao ano, para obter rentabilidades satisfatórias e bem superiores às apresentadas pela poupança (veja três investimentos fáceis que rendem mais que a caderneta).

Bolsa é derrubada pela crise política

Conforme explica o sócio-diretor da Easynvest, a bolsa vinha apresentando trajetória de alta até o início da semana passada, já que o Congresso Nacional sinalizava que algumas propostas que integram o pacote de ajuste fiscal estavam caminhando rumo à aprovação.

No entanto, as prisões do senador Delcício do Amaral e do banqueiro André Esteves, na semana passada, eliminaram qualquer possibilidade de calmaria no mercado e a bolsa fechou o mês em queda de 1,64%.

Com isso, os fundos de ações que apresentavam alta, podem seguir o mesmo caminho do Ibovespa e fechar o mês em baixa. “O melhor lugar para estar em um cenário conturbado e estressado como esse é na renda fixa”, afirma Cardoso, que acrescenta que em dezembro novos desdobramentos no cenário político podem manter o mercado volátil.

Ele afirma ainda que em dezembro empresas multinacionais costumam realizar remessas de dólares para suas sedes em outros países, o que deve trazer volatilidade também ao câmbio.

Cuidado com as especulações

Vale ressaltar que os rendimentos apresentados pelo Tesouro Prefixado e por outros títulos públicos da tabela são referentes ao mês de novembro. Assim, eles refletem o retorno que o investidor teria ao comprar os títulos em outubro e vendê-los em novembro.

Na giría do mercado, o ato de comprar e vender de títulos em um curto período de tempo é chamado de especulação. Ainda que esse tipo de movimento possa gerar ganhos para investidores e profissionais que conhecem muito bem o mercado, eles podem trazer grandes perdas também. 

Isso ocorre porque, por mais que os títulos públicos paguem ao investidor exatamente o rendimento acordado no início da aplicação se forem levados até o vencimento, caso o investidor queira resgatar o dinheiro antes do prazo, ele se sujeita a vender os títulos pelo preço que o mercado está disposto a pagar.

Assim sendo, em um momento em que as taxas do seu título estão mais atraentes do que aquelas oferecidas em outros títulos à venda no mercado, o investidor pode conseguir vender seu papel antes do prazo com ágio, obtendo ganhos. No entando, se o momento for ruim, o oposto pode ocorrer e a venda antecipada do título pode gerear perdas.

Apenas o título Tesouro Selic não apresenta esse tipo de risco. Como ele paga exatamente a variação da taxa Selic, seus juros sempre estão em linha com as taxas praticadas no mercado, que seguem o comportamento da Selic. O título, portanto, é o mais indicado para quem não admite riscos e ainda assim quer aproveitar os juros em alta.

Veja, no vídeo a seguir, como a taxa Selic influencia a rentabilidade de diversos investimentos do mercado:

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