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Os melhores e piores investimentos de fevereiro

Ouro, Ibovespa e fundos de ações indexados lideram o balanço de investimentos de fevereiro


	Pilhas de moedas medidas com régua: ouro, Ibovespa e fundos de ações indexados lideram o balanço de investimentos do mês
 (eskaylim/Thinkstock)

Pilhas de moedas medidas com régua: ouro, Ibovespa e fundos de ações indexados lideram o balanço de investimentos do mês (eskaylim/Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de fevereiro de 2016 às 19h35.

São Paulo - O ouro foi a aplicação financeira que apresentou o melhor rendimento do balanço de investimentos de fevereiro, uma alta de 10,07%. Em seguida, aparece o principal índice de ações da bolsa, o Ibovespa, com valorização de 5,91%. 

Dentre os investimentos de renda fixa, que são mais conservadores, o Tesouro IPCA+ com vencimento em 2035, título público vendido pela plataforma Tesouro Direto, apresentou o melhor resultado do balanço, uma alta de 3,20%. Esse título rende a inflação medida pelo IPCA mais juros.

O Tesouro IPCA+ com juros semestrais e vencimento em 2035 apresentou o segundo melhor desempenho quando considerados os investimentos apenas de renda fixa, uma valorização de 2,46%. 

Veja, na tabela a seguir, as variações de alguns dos principais índices e investimentos do mercado em fevereiro:

Aplicação Desempenho em fevereiro
IGP-M (estimativa do Banco Central)** 11,75%
IPCA (estimativa do Banco Central)** 10,32%
Ouro BM&F 10,07%
Ibovespa 5,91%
Fundos de Ações Indexados 3,86%
Tesouro IPCA+ 2035 (NTN-B Principal) 3,20%
Fundos de Investimentos Imobiliários (Ifix) 2,95%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 (NTN-B) 2,46%
Fundos Renda Fixa Investimento no Exterior 1,83%
Tesouro Prefixado 2021 (LTN) 1,41%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTN-B) 1,36%
Tesouro IPCA+ 2019 (NTN-B Principal) 1,19%
Fundos Renda Fixa Indexados* 1,19%
Fundos de Ações Livre* 1,13%
Fundo de Ações Dividendos* 1,12%
Tesouro Prefixado 2017 (LTN) 1,09%
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2017 (NTN-F) 1,09%
Fundos Multimercados Juros e Moedas* 1,01%
Tesouro Selic 2017 (LFT) 0,98%
CDI* 0,94%
Selic* 0,94%
Fundos Renda Fixa Simples 0,93%
Fundos de Ações Investimento no Exterior 0,92%
Tesouro Selic 2021 (LFT) 0,80%
Fundos Multimercados Macro* 0,79%
Fundos de Ações Small Caps* 0,66%
Poupança antiga* 0,65%
Poupança nova* 0,65%
Fundos Multimercados Investimento no Exterior 0,04%
Dólar comercial -2,10%

Os rendimentos de todos os fundos da tabela são referentes ao fechamento do dia 29 de fevereiro. As expectativas sobre o IGP-M e o IPCA foram fechadas no dia 24 de fevereiro. Já os dados sobre a poupança e o CDI são relativos ao dia 28. As rentabilidades dos títulos públicos, da Selic, do Ibovespa e do Ifix tiveram como base o fechamento do dia 29. O rendimento do ouro BM&F e do dólar é relativo ao fechamento do dia 26.(**) Expectativa de inflação para o mês de fevereiro de 2016, segundo os Indicadores Econômicos Consolidados do Banco Central.(*) O desempenho mensal se refere aos últimos 30 dias até a data de fechamento. Fontes: Anbima, Banco Central, BM&FBovespa e Tesouro Nacional

Vale ressaltar que os rendimentos apresentados pelos títulos públicos da tabela são referentes ao mês de fevereiro. Assim, eles refletem o retorno que o investidor teria ao comprar os títulos em dezembro e vendê-los neste mês. Caso mantenha os títulos até o prazo de vencimento, ele terá exatamente a rentabilidade indicada na aquisição do título.

Ouro e índice de ações lideram na renda variável

Entre os investimentos de renda variável, considerados mais arriscados, o ouro continua a ser visto como um porto seguro diante de um cenário incerto na economia global.

Em momentos de aumento do risco e baixa rentabilidade na renda fixa, provocada por juros negativos que começam a ser praticados por alguns países, o ouro se valoriza. Como o metal é um ativo físico que lastreia a reserva de moedas de diversas economias, seu valor e demanda são garantidos. Ou seja, o dinheiro aplicado no metal tende a manter o seu valor ao longo do tempo, ao contrário de outras aplicações, que podem ter rentabilidade negativa agora.

O principal índice de ações da bolsa, o Ibovespa, também ficou entre os destaques positivos da renda variável no mês, com rentabilidade de 5,91%.

Mas, segundo Wagner Salaverry, diretor de renda variável da gestora Quantitas, a valorização do índice não foi homogênea. "Algumas ações tiveram altas expressivas, enquanto outras se desvalorizaram. O movimento foi muito mais um reflexo da safra de balanços financeiros das empresas do que uma tendência motivada por uma melhora da economia".

Portanto, continua valendo para o investidor a estratégia de selecionar ações na bolsa com base na evolução de cada negócio, além das empresas mais resilientes em tempo de crise econômica. 

Títulos indexados à inflação são destaques na renda fixa

Entre os investimentos mais conservadores, o Tesouro IPCA+, título público indexado à inflação, foi o destaque no mês.

A alta foi motivada pela decisão do Banco Central em manter a taxa Selic em 14,25% na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada em janeiro.

Quando o Banco Central não eleva os juros e não esfria a atividade econômica ao tornar o crédito mais caro, a expectativa é que haja aumento de preços. Como o título público é indexado a um índice inflacionário, sua rentabilidade aumenta.

Para Eduardo Longo, gestor de renda fixa e multimercados da Quantitas, a tendência é que o Banco Central continue a manter a Selic neste patamar, confiando que o enfraquecimento da economia será suficiente para controlar os preços de produtos e serviços. "Como há dúvidas de que isso aconteça, os títulos indexados à inflação devem continuar a apresentar uma boa rentabilidade nos próximos meses".

Confira quatro investimentos simples que rendem mais que a poupança

Veja, no vídeo a seguir, como a taxa Selic influencia a rentabilidade de diversos investimentos do mercado:

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