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Os melhores e os piores investimentos de janeiro

Tesouro Direto tem o melhor resultado do mês entre os investimentos menos arriscados


	Balanço de investimentos mostra ao investidor como rebalancear o portfólio
 (Getty Images)

Balanço de investimentos mostra ao investidor como rebalancear o portfólio (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo – No balanço de investimentos de janeiro, um dos títulos do Tesouro Direto, a NTN-B, registrou a maior alta. Os balanços mensais podem ajudar o investidor a monitorar seus investimentos e rebalancear sua carteira de aplicações. Mas, como performances passadas não são garantia de bons retornos no futuro, os resultados mensais não devem ser a única base para a decisão de investir em um produto ou não.

Entre os investimentos mais conservadores, de renda fixa, além do Tesouro Direto, os fundos que investem em diversos investimentos de renda fixa se destacaram. A poupança que vale pela regra antiga já não se destacou muito, mas rendeu mais que a poupança nova, que atualmente tem um dos piores rendimentos da renda fixa. E dos investimentos de renda variável (cujo rendimento é imprevisível) os fundos multimercados macro, que investem em diferentes ativos buscando a melhor estratégia do momento, tiveram o melhor resultado.

Confira na tabela abaixo o desempenho de cada aplicação, além dos índices de inflação (IPCA e IGP-M), o principal índice da Bolsa (Ibovespa) e as taxas básicas de juros (Selic e CDI):

Aplicação Desempenho no mês de janeiro / acumulado do ano Fechamento em
NTN-B Principal (vencimento em 15/05/2035) 3,40%* 31/01/2013
Fundos Multimercado Macro 1,04% 25/01/2013
Fundos de ações livres 1,03% 25/01/2013
IPCA (estimativa do Banco Central - boletim Focus) 0,85% jan/13
Fundos de Renda Fixa 0,67% 25/01/2013
NTN-B (vencimento em 15/05/2013) 0,63%* 31/01/2013
LFT (vencimento em 07/03/2013) 0,60%* 31/01/2013
LFT (vencimento em 07/03/2014) 0,58%* 31/01/2013
Selic 0,57% 30/01/2013
CDI 0,53% 29/01/2013
Fundos de ações Ibovespa Ativo 0,51% 25/01/2013
NTN-F (vencimento em 01/01/2014) 0,50%* 31/01/2013
Poupança antiga 0,50% 28/01/2013
IGP-M (estimativa do Banco Central - boletim Focus) 0,50% jan/13
Fundos referenciados DI 0,50% 25/01/2013
LTN (vencimento em 01/01/2014) 0,49% 31/01/2013
Fundos Multimercados Juros e Moedas 0,43% 25/01/2013
Poupança nova 0,41% 28/01/2013
Fundos Multimercado Multiestratégia 0,31% 25/01/2013
Fundos de ações dividendos 0,27% 25/01/2013
NTN-B (vencimento em 15/08/2050) 0,16%* 31/01/2013
NTN-B Principal (vencimento em 15/05/2015) 0,14% 31/01/2013
LTN (vencimento em 01/01/2016) -0,27%* 31/01/2013
NTN-F (vencimento em 01/01/2017) -0,56%* 31/01/2013
Fundos de ações Small Caps -1,57% 25/01/2013
Ouro BM&F -1,83% 30/01/2013
Ibovespa -1,95% 31/01/2013
Dólar comercial -2,84% 31/01/2013

Fontes: Banco Central, BM&FBovespa, Tesouro Nacional e Anbima.
(*) Últimos 30 dias até a data de fechamento


Renda fixa

Entre as aplicações de renda fixa - investimentos que têm sua forma de remuneração pré-definida –, as Notas do Tesouro Nacional série B Principal tiveram a maior alta do mês, de 3,40%. Esse título remunera o investidor com uma taxa prefixada mais a variação da inflação medida pelo IPCA. Os títulos podem ter diferentes vencimentos. No caso desse que mais se valorizou, o vencimento é em 2035, e o título está disponível para compra. No momento, sua remuneração é de 3,99% mais a inflação.

Esse é um dos investimentos mais recomendados para se investir para a aposentadoria. Como a NTN-B paga uma remuneração corrigida pela inflação na data de vencimento, essa é uma boa opção de investimento no longo prazo, já que há proteção contra os aumentos de preço, seja qual for a inflação.

“As NTN-Bs foram muito bem porque a inflação está elevada e porque as taxas de juros pagas por esses ativos caíram mais um pouco”, afirma Michael Viriato, planejador financeiro certificado pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF). Com a Selic menor, as taxas dos títulos são reduzidas para se ajustar aos juros do mercado. Assim, as NTN-Bs que foram vendidas com taxas mais altas antes se valorizam agora.

Um título que pagará ao investidor 1.000 reais no vencimento, por exemplo, e é vendido atualmente a 600 reais precisa pagar uma determinada taxa por mês para que no vencimento o investidor receba esses 1.000 reais. Por isso, se essa taxa diminui, para que no futuro sejam recebidos os mesmos 1.000 reais, o preço desse título, que era de 600 reais, precisa aumentar um pouco, valorizando o título.

Os fundos de renda fixa, que são aqueles que investem em vários ativos de renda fixa, também tiveram bons resultados. Esses fundos podem render mais que a poupança ou outras aplicações de renda fixa porque eles sempre buscam os investimentos com mais potencial dentre as opções da renda fixa. “O bom rendimento dos fundos de renda fixa é um reflexo positivo do investimento em títulos atrelados à inflação”, diz Viriato.

A poupança antiga, que sempre remunera 0,5% ao mês mais Taxa Referencial, acabou ganhando de outras aplicações conservadoras. Mas, a poupança nova, que rende 70% da Selic mais TR, teve um dos menores rendimentos já que com a taxa Selic baixa, sua rentabilidade também é pequena.

Sobre os outros títulos do Tesouro Direto, a Letra Financeira do Tesouro (LFT), título que rende de acordo com a Selic, não teve um desempenho brilhante pelo mesmo motivo, a Selic baixa. Já as Letras do Tesouro Nacional (LTN) e as Notas do Tesouro Nacional-série F (NTN-F) tiveram desvalorização. Embora também paguem uma taxa de juro prefixada, esses papéis não repõem a inflação, como a NTN-B. Em função disso, têm sido menos buscados.

Dos títulos mostrados na tabela, estão disponíveis para compra a NTN-B Principal, com vencimento em 2035 e a NTN-B, com vencimento para 2050.


Renda variável

Os fundos de ações livres e os fundos multimercados macro tiveram o melhor resultado entre os investimentos mais arriscados, de renda variável (cujo rendimento é imprevisível).

Michael Viriato acredita que os fundos de ações livre, que investem em qualquer tipo de ações, podem ter obtido um bom retorno no mês por fugir das ações que tiveram mau desempenho. “Esses resultados podem ter sido alcançados eventualmente pelo fato de os gestores terem focado em ações do setor de consumo, que tiveram boa performance, fazedo alocações fora do Ibovespa”, afirma.

O Ibovespa, principal índice de referência da Bolsa, teve queda no mês. Para Viriato, isso é reflexo da desvalorização da Vale e principalmente pela queda da Petrobras, uma vez que os investidores ficaram desapontados com o reajuste da gasolina, que foi menor que o esperado. Como as duas ações têm forte peso no Ibovespa, quando elas se desvalorizam, forçam o índice para baixo.

Os multimercados já são fundos ainda mais livres para escolher seus ativos. Geralmente, eles investem tanto em renda variável quanto em renda fixa e aplicam nos investimentos com mais potencial no momento. “Os fundos multimercados são uma alternativa interessante para o investidor. Sempre buscando as melhores alternativas, eles tiveram retornos positivos, que podem ser resultado de boas alocações em ações, em investimentos ligados à inflação e eventualmente tiveram ganho positivo vendendo dólar antes de o governo pressionar o câmbio”, diz.

O dólar teve uma das maiores quedas devido à atuação do Banco Central no sentido de impulsionar a valorização do real para controlar a inflação. E o ouro também teve maus resultados por conta das altas das bolsas internacionais. Por funcionar como uma reserva de valor, já que o metal é um ativo real, investidores recorrem a ele em momentos de crise, mas buscam outras aplicações quando aumenta a confiança do investidor e o movimento é de alta nos mercados.

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