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Os melhores e os piores investimentos de agosto

Bolsa é o grande destaque do mês e títulos do Tesouro Direto têm o melhor retorno na renda fixa, que concentra aplicações mais conservadoras


	Escada e flecha vermelha: Ibovespa recupera fôlego e deixa renda fixa no chinelo
 (Stock.xchng)

Escada e flecha vermelha: Ibovespa recupera fôlego e deixa renda fixa no chinelo (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2014 às 09h39.

São Paulo – O Ibovespa, principal índice de referência da Bolsa, liderou o ranking de investimentos do mês de agosto, pela segunda vez consecutiva.

O índice fechou o mês com uma alta expressiva de 9,78%, fazendo outros investimentos comerem poeira.

A aplicação que chegou mais perto do Ibovespa foi a Nota do Tesouro Nacional série B Principal (NTN-B Principal), com vencimento em 2035.  

O título do Tesouro Direto, que paga juros mais a variação da inflação medida pelo IPCA, fechou o mês em alta de 6,24%. 

Veja na tabela a seguir o ranking do desempenho de algumas das principais aplicações do mercado em agosto e no acumulado de 2014: 

Aplicação Desempenho em agosto Desempenho no ano
Ibovespa 9,78% 18,98%
NTN-B Principal (vencimento em 15/05/2035)* 6,24% 30,32%
NTN-B (vencimento em 15/08/2050)* 4,10% 22,06%
NTN-B (vencimento em 15/05/2035)* 3,39% 19,56%
NTN-F (vencimento em 01/01/2025)* 3,13% -
Fundos de ações Ibovespa Ativo* 1,90% 6,82%
Fundos de ações dividendos* 1,65% 11,94%
Fundos Multimercado Multiestratégia* 1,28% 6,08%
Fundos de ações livre* 1,12% 6,11%
NTN-B Principal (vencimento em 15/05/2015)* 1,10% 7,80%
NTN-B (vencimento em 15/05/2015)* 1,09% 7,76%
LTN (vencimento em 01/01/2018)* 1,06% -
Selic* 0,99% 6,97%
LFT (vencimento em 07/03/2015)* 0,94% 6,86%
CDI* 0,94% 6,86%
Fundos referenciados DI* 0,92% 6,81%
LTN (vencimento em 01/01/2015)* 0,92% 6,77%
Fundos Multimercados Juros e Moedas* 0,91% 6,64%
Fundos de Renda Fixa* 0,90% 7,48%
LFT (vencimento em 07/03/2017)* 0,87% 6,77%
Fundos Multimercado Macro* 0,83% 3,91%
Fundos de Investimento Imobiliário (IFIX) 0,71% 2,78%
NTN-F (vencimento em 01/01/2017)* 0,70% 9,70%
Poupança antiga* 0,61% 4,59%
Poupança nova* 0,61% 4,51%
Fundos de ações Small Caps* 0,61% -0,06%
IPCA (estimativa do Banco Central)** 0,22% 3,98%
IGP-M (estimativa do Banco Central)** -0,30% 1,52%
Ouro -0,43% 2,32%
Dólar -0,77% -3,96%

Fontes: Banco Central, BM&FBovespa, Tesouro Nacional e Anbima.

(*) O desempenho mensal se refere aos últimos 30 dias até a data de fechamento.

(**) Expectativa de inflação para o mês de agosto e para o acumulado em 2014 até agosto, segundo o Banco Central.

À exceção dos fundos de investimento imobiliário, os resultados dos rendimentos de todos os fundos da tabela foram fechados no dia 25 de agosto.

As expectativas sobre o IGP-M e o IPCA foram fechadas no dia 27.

Os dados sobre a poupança nova e antiga, taxa Selic, CDI, ouro, dólar foram fechados no dia 28 de agosto. E as rentabilidades do Ibovespa, do IFIX e dos títulos públicos são referentes ao fechamento do dia 29 de agosto.

Renda fixa

Dentre os investimentos de renda fixa, que são mais conservadores, os títulos do Tesouro Nacional atrelados à inflação, as NTN-Bs foram o grande destaque.

Também tiveram bom desempenho as Letras do Tesouro Nacional (LTNs), títulos públicos cuja taxa de juros é definida no momento da aplicação, também chamados de títulos prefixados.

Ainda que os rendimentos desses títulos sejam atraentes, o retorno apresentado só seria obtido se o investidor tivesse comprado o papel no final de julho e o vendido em agosto, o que pode ser muito mais arriscado do que levar o título até o vencimento.

Se o investidor ficar com o título até o final do prazo, ele recebe exatamente o que foi prometido inicialmente. As LTNS, por exemplo, prometem pagar atualmente cerca de 11% ao ano e as NTN-Bs cerca de 5,5% ao ano mais o IPCA.

A alta significativa dos títulos no intervalo de um mês é fruto do processo de marcação a mercado, que mostra diariamente quanto os títulos renderiam se fossem vendidos na data apurada.

Com as expectativas de mudanças da taxa de juro básica da economia no futuro, os títulos ficam mais ou menos atraente, já que a Selic influencia na remuneração oferecida por esses papéis. De acordo com essas expectativas, portanto, seu preço oscila no presente, tal como ocorreu em agosto. 

Na lanterna dos investimentos de renda fixa aparece a poupança. Tanto na modalidade nova quanto na antiga, a caderneta paga atualmente 0,5% mais a Taxa Referencial, uma remuneração baixa se comparada às outras aplicações de renda fixa.

A remuneração das duas modalidades de poupança só se diferencia quando a taxa Selic é menor ou igual a 8,5%. Nesse caso, a nova poupança passa a render 70% da taxa básica de juros.

Com a Selic aos 11%, outras aplicações que acompanham a alta da taxa ficam mais vantajosas, enquanto a poupança perde a vantagem porque seu rendimento deixa de ser atrelado aos juros básicos depois que eles passam dos 8,5% ao ano.

Dentre os títulos mostrados na tabela, estão disponíveis para compra: NTN-B Principal (15/05/2035), NTN-B (15/05/2035), NTN-B (15/08/2050), LFT (07/03/2017), LTN (01/01/2018).

Renda variável

Com o melhor desempenho para o mês de agosto desde 2003, a Bolsa, representada pelo Ibovespa, liderou com folga o ranking dos investimentos neste mês.

Com a forte participação de estrangeiros na Bovespa e a consolidação de um cenário mais difícil para a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), o índice recuperou o fôlego e teve alta expressiva de 9,78%.

Na esteira da alta do Ibovespa, fundos de investimento em ações também brilharam no mês, com destaque para os fundos de ações Ibovespa ativo e fundos de ações dividendos.

Enquanto o primeiro fundo busca superar a rentabilidade do Ibovespa investindo nas ações que compõem sua carteira, os fundos de dividendos aplicam em ações de empresas com maior estabilidade, as chamadas ações defensivas

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