São Paulo – Na esteira da recente queda da Selic para 9% ao ano, o Sofisa Direto lançou uma Letra de Crédito Imobiliária (LCI) prefixada. A aplicação está disponível para prazos de seis meses, um ano e dois anos, com rentabilidade superior à dos CDBs equivalentes oferecidos pela instituição. A liquidez, porém, é apenas no vencimento.

As LCIs são semelhantes a CDBs, com a vantagem de serem isentas de Imposto de Renda para o investidor pessoa física. Apesar de lastreadas em imóveis financiados, o risco de crédito da LCI é do banco emissor, e não do mutuário do imóvel. Ainda assim, o risco de crédito é baixo para quem investir até 70.000 reais, mesmo em um banco médio como o Sofisa. Até esse valor, os papéis de renda fixa privada são garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), a mesma garantia da caderneta de poupança.

Além de isentas de IR, as LCIs – assim como os CDBs – também são isentas de taxas. Segundo Bazili Swioklo, diretor do banco Sofisa Direto, elas são indicadas para quem acredita que a Selic continuará em queda ou então pelas pessoas já têm uma despesa planejada para aquele prazo e desejam resgatar exatamente a quantia necessária. “De qualquer forma, o investidor precisa ter um bom planejamento financeiro e não precisar do dinheiro aplicado até o vencimento”, explica.

A rentabilidade fixada atualmente para a LCI de seis meses do Sofisa Direto é de 7,80% ao ano. Para obter esse retorno livre de IR com um CDB pré, seria preciso aplicar em um CDB que pagasse 9,75% ao mês. No Sofisa Direto, o CDB pré com esse prazo está remunerando uma taxa de 8,65% no vencimento, sendo que esse percentual ainda não teve o IR descontado. Líquida, a remuneração seria de apenas 6,70%.

Para o prazo de um ano, a remuneração da LCI pré é de 7,85%, o equivalente a um CDB pré de 9,52%; já para dois anos, o retorno da LCI chega a 8,90%, o equivalente a um CDB pré de 10,47%. Porém, a taxa dos CDBs pré com esses prazos está fixada em 8,80% e 9,80% no Sofisa Direto.

“Essa é a rentabilidade para qualquer quantia aplicada, sem negociação de taxas”, afirma Bazili Swioklo. As aplicações prefixadas são menos comuns e menos populares no universo do crédito privado, mas o momento atual da economia, com a queda na taxa de juros, as favorece.

“No atual cenário, o prefixado deve ganhar força, tanto na forma dos papéis prefixados quanto daqueles atrelados ao IPCA”, diz Swioklo. O diretor do banco Sofisa Direto refere-se às aplicações que remuneram um percentual prefixado mais a inflação pelo IPCA. No Sofisa, elas tomam a forma de CDBs atrelados ao IPCA, cujas taxas pré giram hoje entre 4% e 5%.