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Mais americanos planejam se aposentar após os 70 anos

Os trabalhadores americanos estão mais confiantes de que poderão se aposentar algum dia. Mas não antes do aniversário de 70 anos

Idoso ao telefone: cerca de 23 por cento dos americanos empregados disseram que planejam continuar trabalhando quando virarem septuagenários (Thinkstock)

Idoso ao telefone: cerca de 23 por cento dos americanos empregados disseram que planejam continuar trabalhando quando virarem septuagenários (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2016 às 21h52.

Os trabalhadores americanos estão mais confiantes de que poderão se aposentar algum dia. Mas não antes do aniversário de 70 anos.

Cerca de 23 por cento dos americanos empregados disseram que planejam continuar trabalhando quando virarem septuagenários, contra 16 por cento em 2009, segundo a consultoria de recursos humanos Willis Towers Watson.

Apesar do trabalhador médio calcular que se aposentará aos 65 anos, como parte de um grupo ele coloca em 50 por cento as chances de ainda estar trabalhando aos 70 anos.

Se o amor ao trabalho é o que mantém uma pessoa trabalhando até os 70 ou além, tudo bem. (Ou até depois dos 80, como Buffett e Bogle).

Mas a pesquisa realizada com 5.100 trabalhadores dos EUA e um total de 30.000 em 19 países apontou que os trabalhadores que esperavam trabalhar mais tempo tinham “menos saúde, eram mais estressados e tinham uma probabilidade maior de ficarem presos aos seus empregos do que aqueles que esperavam se aposentar mais cedo”.

O termo sugestivo e um tanto assustador usado para definir essas pessoas é “aposentados ocultos”. Um resultado ainda menos feliz da pesquisa é que 40 por cento daqueles que planejam trabalhar na casa dos 70 anos se sentem presos aos seus empregos. Entre os que planejam se aposentar aos 65 ou antes, cerca de 28 por cento se sentem dessa maneira.

“O declínio dos planos de benefícios definidos e dos subsídios do empregador para aposentadoria precoce removeu uma ferramenta que encorajava essa taxa ordenada de aposentadoria dos trabalhadores”, disse Steve Nyce, economista sênior da Willis Towers Watson.

Contudo, existem algumas boas notícias na pesquisa: nos EUA, e ao redor do mundo, o nível de preocupação financeira a curto prazo caiu.

A pesquisa tem outros destaques:

Os trabalhadores dos EUA estão mais pessimistas quanto à possibilidade de sua geração estar “em situação muito pior na aposentadoria” em comparação com a geração de seus pais.

Nos EUA, 76 por cento concordaram ou concordaram veementemente com essa afirmação. Globalmente, 66 por cento concordaram. “Reino Unido, Japão e EUA -- as economias mais desenvolvidas -- tendem a ser menos otimistas em relação à próxima geração”, disse Nyce.

Uma porcentagem significativamente menor de mulheres do que de homens se sente confiante quanto a ter economias suficientes para viver confortavelmente por 25 anos após a aposentadoria. As maiores diferenças entre gêneros foram observadas entre aqueles que estão nas faixas entre 20 a 29 anos e 50 anos ou mais.

A porcentagem de homens com 65 anos ou mais que se mantêm trabalhando nos EUA foi de 22 por cento no ano passado, contra 15 por cento em 2003. As taxas de participação no mercado de trabalho em idades avançadas deverão subir um pouco mais nos próximos 10 ou 20 anos, disse Nyce. Nos anos 1960, a taxa de participação de trabalhadores idosos no mercado de trabalho era de 25 por cento, disse ele.

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