A parcela de consumidores endividados na cidade de São Paulo que possuem contas atrasadas passou de 37% em agosto para 35% em setembro. Com isso, a inadimplência no município caiu ao menor patamar desde dezembro de 2004, segundo pesquisa realizada com 1 000 entrevistados pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio).

O endividamento, no entanto, ficou estável em setembro, no patamar de 55%. Houve melhora no indicador em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o endividamento estava em 66%. "A melhora generalizada dos indicadores é algo natural. Após um ciclo ascendente de endividamento no fim de 2005 e início deste ano, houve uma reversão no quadro", afirma o presidente da Fecomercio, Abram Szajman.

Outro indicador da melhora da inadimplência é a redução do comprometimento da renda com o pagamento de dívidas. Enquanto em agosto a média era de 39% da renda dos consumidores comprometida com os débitos, em setembro a parcela caiu a 36%.

Além disso, 72% dos consumidores afirmaram que tentarão quitar total ou parcialmente as contas em atraso, frente a uma porcentagem de 67% em agosto. Também caiu a quantidade de consumidores que declararam que não poderão honrar seus compromissos: passou de 32% em agosto para 27% em setembro.

A pesquisa também analisou o prazo de endividamento dos consumidores. Para 21% deles, as dívidas vencem em até três meses. Outros 45% responderam que terão de pagar os débitos dentro de três meses a um ano, enquanto outros 33% têm pagamentos a vencer em prazo superior a 12 meses.