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Governo e empresas escolhem melhor quando captar recursos no exterior

"Acabou a correria de 2003", diz Carlos da Costa André, diretor executivo da BB Securities, corretora do Banco do Brasil

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

O governo e as empresas brasileiras captaram quase 8 bilhões de dólares no mercado externo neste ano até agosto, por meio da emissão de título de dívida. É o menor nível para o período desde 1998, último ano pesquisado pela Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), que faz o levantamento. Ao contrário do que se poderia supor, porém, desta vez a pequena captação internacional não é um dado ruim para o país. Significa que as empresas e o governo estão sendo mais seletivos, diz Carlos da Costa André, diretor executivo da BB Securities, corretora do Banco do Brasil no exterior. "Não é preciso correr para aproveitar uma janela que pode se fechar logo e, por isso, aceitar qualquer condição do mercado", afirma. "Acabou a correria de 2003".

No ano passado, empresas e governo correram ao exterior para rolar dívidas e captar novos recursos em dólar. Foram emitidos 24 bilhões de dólares em títulos na Europa e nos Estados Unidos, o maior volume desde 2000, segundo a Anbid.

Isso aconteceu depois da ressaca de 2002. Com medo do resultado da eleição presidencial, o mercado internacional fechou as portas para o Brasil. "No ano seguinte, quando houve a confirmação dos bons fundamentos da economia, os investidores voltaram a olhar para o país e o governo e as empresas aproveitaram", diz Raquel Fleury, analista da Tendência Consultoria Integrada.

A volta do Brasil ao mercado internacional depois de um ano de jejum, no entanto, teve um custo. Empresas e governo tiveram de pagar juros mais altos para conseguir vender seus títulos. Um título de 1,3 bilhão de dólares com prazo de resgate de oito anos emitido pelo governo brasileiro em junho de 2003, por exemplo, ofereceu ao investidor juro anual de 10,25%. Agora, as taxas estão menores. Um bônus de 1 bilhão com prazo maior, de 15 anos, lançado em outubro deste ano pelo governo, pagou menos de 9% de juro anual.

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