Por Cristina Canas

São Paulo - O dólar comercial abriu em alta de 0,17% as negociações de hoje no mercado interbancário de câmbio, cotado a R$ 1,72. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar com liquidação à vista abriu em alta de 0,29%, a R$ 1,72. A taxação de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre emissão de DRs foi vista pelo mercado de câmbio como uma medida que visa atender a bolsa, impedindo distorções entre as negociações de ações feitas aqui e no exterior. Para o câmbio, num primeiro momento, a novidade é neutra e só acirra a expectativa por novas medidas que visem conter a valorização do real.

O mercado deve avaliar melhor a medida de ontem, que ainda está gerando muitas dúvidas entre analistas, gestores e operadores. Uma das interpretações é de que, indiretamente, a novidade poderia até pressionar o dólar para baixo. Isso porque ao igual a tributação de IOF entre as negociações de ações aqui e de DRs no exterior, a medida traria de volta a vantagem do estrangeiro em negociar no mercado doméstico.

"O mais importante para o dólar, por enquanto, é que persiste a perspectiva de que o governo apresentará outras regras para tentar conter o câmbio. A incerteza continua sendo um componente dos negócios, que retrai volumes e oscilações", avalia um profissional de mercado.

No exterior, o dia é de cautela e alta do dólar ante a maioria das moedas. Por isso, não está descartada uma aceleração da valorização registrada na abertura. Principalmente, se os indicadores dos Estados Unidos não tiverem força para melhorar o ambiente internacional de negócios. O Departamento do Trabalho divulga às 11h30 os pedidos de auxílio-desemprego na semana até 14 de novembro. A Conference Board divulga, às 13 horas, o índice de indicadores antecedentes de outubro. Às 13 horas, o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, vai depor em uma audiência do Comitê Econômico Conjunto do Congresso sobre a revisão do cenário regulatório financeiro.